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Na manhã seguinte, Kurt decidiu contar sua decisão para quem realmente importava

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Na manhã seguinte, Kurt decidiu contar sua decisão para quem realmente importava. Ele poderia muito bem ter usado o telefone, mas algo dentro de si apelava para algo mais físico.

Em frente à porta da casa de Nash, ele respirou fundo antes de tocar a campainha. Durante a curta espera do lado de fora, ele ajeitou a camisa e o cabelo, buscando por uma melhor impressão.

A chave na fechadura girou, e seu estômago deu um giro junto. Com o som seco que a tranca da porta provocou, Kurt endireitou a coluna, tomando postura. Todo o discurso que tinha preparado repassou de novo em sua mente, em questão de segundos. Mas quando a porta se abriu, ele se viu encarando outra pessoa, que não Nash.

Era a mesma mulher loira que Nash havia apontado no porta-retrato como sendo sua irmã. Kurt já tinha visto seu rosto nos jornais antes, ao lado do governador do Estado, vestindo seus ternos femininos de linho e maquiagem natural. Mas a prévia não o havia preparado para o quanto ela era estonteante pessoalmente.

Ele só percebeu que estava encarando mudo quando ela ergueu uma das sobrancelhas bem delineadas.

— Já nos vimos antes? — Ela inquiriu, numa maneira educada de perguntar o porquê ele estava encarando.

Kurt sacudiu a cabeça.

— Não, eu... me desculpa. Vim falar com o Nash... Nathan, quero dizer.

Se ela estranhou a troca de nomes, não demonstrou. No lugar disso, ela puxou a porta aberta e disse:

— Ah, então ele tem uma lista de espera. — Vendo a confusão no rosto de Kurt, ela esclareceu: — Entre, querido. Nathan não está, mas você pode esperar por ele comigo.

Kurt teve 5 segundos para pensar na proposta. Ao final do tempo, ele ainda não tinha se decidido. Mas estava tão nervoso, que acabou dando um passo para dentro da casa no automático, porque não queria parecer um bobo paralisado no lugar.

A mulher fechou de novo a porta e se afastou, seus saltos de bico fino e solado vermelho batendo contra o porcelanato, até que se sentou no banco alto da ilha de mármore entre a sala e a cozinha.

— Sente-se, por favor. Não queremos Nathan reclamando que não sei receber seu convidado. — Ela apontou para o sofá.

Ainda sem jeito, Kurt apenas se escorou no braço do móvel, meio em pé, meio sentado. Uma posição acostumada com a ideia de fuga a qualquer instante.

— Então... — A irmã de Nash começou, mas fez uma longa pausa, analisando as unhas pintadas. — Eu não ouvi o interfone tocar. O funcionário da portaria não disse nada sobre ter mais alguém chegando.

— Ah! É que o porteiro já me conhece. Nash... Nathan me trouxe para ficar aqui por um tempo. — Kurt respondeu, percebendo o quanto tinha sido grosseiro de mal se apresentar. — Meu nome é Kurt. Kurt Young. E é óbvio que sei o seu! Da televisão, é claro. Braço direito do governador, certo?

Colisão [2ª edição 2024]Onde histórias criam vida. Descubra agora