Dig Dug

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Era noite de dois de novembro.

Depois que a pequena cientista prometeu que não perguntaria nada que não era da sua conta, a senhora Byers deixou ela entrar ainda receosa sobre qual seria sua primeira reação ao ver o interior da casa. Mas ela reagiu bem. Ela não perguntou porque estava tão frio o clima, nem porque tinham desenhos estranhos interligados espelhados pela casa inteira. Ela apenas seguiu seu caminho em silêncio até o quarto do garotinho e fez o básico.

Mas o básico não era o suficiente, por isso ela precisou partir para a sua residência para recolher alguns equipamentos necessários para realizar um real bom atendimento.

Enquanto isso, Michael aproveitava para conversar com Will coisas que Harriett não podia saber. "É como se... como se eu sentisse o que o monstro das sombras sente." Will explicava com suas palavras o que estava havendo com ele. "Isso no mundo invertido?" Wheeler andava pelo quarto observando os desenhos que estavam espalhados pela casa inteira.

"Parte dele tá lá, mas parte dele tá aqui também." O garotinho encarava o nada de olhos esbugalhados, parecia perturbado em ter de contar isso. "Você diz nessa casa?" "Nessa casa e... em mim." Respondeu por último e sua voz embargou como se sua garganta tivesse fechado.

"É como se quisesse possuir Hawkins cada vez mais." Mike se sentou ao lado do garoto na cama pronto para passar o apoio que ele merecia. "E quanto mais se alastra, mais conectado eu me sinto a ele." Uma lágrima solitária escapou pelo rosto do menino, mas ele limpou imediatamente parecendo tímido. "E mais você vê as memórias do agora."

"Primeiro eu só sentia no fundo da mente." Byers levou suas mãos até a nunca e alisou. "Nem percebia direito que estava lá. Como quando você sonha e não consegue lembrar se não pensar com vontade. Era assim antes." O rapaz começou a bater os pés no chão freneticamente.

"Mas agora eu me lembro. Eu me lembro o tempo inteiro." Algumas lágrimas escorreram pelo seu rosto sem que fosse notado pelo próprio. "Talvez seja bom." Mike soltou uma linha de raciocínio quase insana. "Bom?" O garoto questionou indignado. "Pensa só, Will. Você é um espião agora. Um super espião espionando o monstro das sombras."

Na real Mike não via isso como uma coisa boa. Saber que seu amigo tinha um pé em algo que quase destruiu a sua vida literalmente e figurativamente não era nada confortável. Mas ele precisava tentar tirar o peso dessa aflição do garotinho, ele precisava fazer o menino enxergar a própria situação ruim de um jeito melhor até tudo ser resolvido.

"Se você sabe o que ele vê e sente, talvez a gente possa impedir ele. E tudo o que tá acontecendo pode ser por um motivo." Tentou ser positivo e passar sensação de heroísmo para ele o máximo que pode. "Você acha mesmo?" Byers perguntou olhando para ele de um jeito diferente. "Acho. É claro que eu acho." Sorriu feliz por estar tirando o peso do menino, mas estava enganado.

Oɴ𝕖 Sᴛ𝕖ᴘ Cʟᴏs𝕖ʀᵐⁱᶜ𝕙ᵃᵉˡ ʷ𝕙ᵉᵉˡᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora