O devorador de mentes

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A calmaria impressionou Harriett quando ela chegou a aquela sala.

Honestamente, ela esperava encontrar o maior caos depois de saber que aquela missão apenas foi executada porque um monstro foi a influência. Mas nem parecia que vários homens estavam em perigo como ela imaginou que estariam. E Hopper estava incrivelmente bem.

Todos estavam em silêncio. Todos estáticos encarando o outro lado do vidro. Onde especialmente era alguns metros acima do gigantesco portal para a dimensão de ponta-cabeça.

Isso porque o ápice do caos não eram os vários homens mortos naqueles túneis. O ápice do caos estava chegando.

Quatro garras segurando na superfície foi a primeira lembrança que todos os presentes na sala iriam guardar do maior trauma de suas vidas. Isso se sobrevivessem. Depois disso, uma cabeça foi exposta para cima assustando muitos deles. A maioria daqueles cientistas apenas tinham conhecimento dos monstros que viviam no mundo invertido por fala. Não tinham uma ideia de como eram assustadores.

Hopper tinha uma ideia, mas nem ele mesmo chegou a ver o tão temível Demogorgon para saber como era a famosa cabeça sem face. Aquela versão menor que o memorável monstro de 83 era o mais próximo e foi a primeira amostra visual que ele teve disso.

Mas Harriett DeVoe conhecia muito bem aquele monstrinho em tamanho e estrutura óssea semelhante a de um cachorro. Um deles era o responsável pela enorme cicatriz que ela tinha na perna esquerda.

Não é preciso dizer que ver aquele monstrinho de novo trouxe a ela inúmeras memórias ruins. Na real, ela sabia que jamais esqueceria dos dois anos que passou no mundo invertido. Essas memórias apareciam o tempo todo sem descanso. A sua vida se resumia ao incidente de dois anos de desaparecimento, não tinha como esquecer.

Mas ver aquele monstro só fazia tudo parecer mais atormentador. Era como se ela estivesse no mundo invertido de novo, como se estivesse vivendo aquele inferno mais uma vez.

E mais uma vez ela estava paralizada diante do medo. Ela não conseguia se mexer, não conseguia reagir ao perigo eminente em que estava exposta e ela sabia o porquê. Harriett sabia tudo sobre memória biológica. Ela ficou estática porque era assim que seu corpo ficou durante vinte e quatro meses incertos. Tudo acontecia, mas ela nunca pode reagir a nada. Essa era a única reação que o seu corpo sabia expressar diante do medo extremo. Parar completamente. Como um lagarto fingindo-se de morto para confundir um predador.

Mas, honestamente, ninguém tinha tempo para memórias biológicas.

Harriett teve que sair do seu choque para sua vida não acabar alí. Por mais que fosse menos vergonhoso dizer que ela o fez por autonomia própria, não foi bem o que aconteceu. O cachorro do mundo invertido pulou diretamente no seu rosto ciente de que tiraria a sua vida, se não fosse pelo delegado Jim Hopper.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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Oɴ𝕖 Sᴛ𝕖ᴘ Cʟᴏs𝕖ʀᵐⁱᶜ𝕙ᵃᵉˡ ʷ𝕙ᵉᵉˡᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora