E vamos de capítulo um! Alguém está preparado?
Prestem atenção nas quebras e narrador para poder entender melhor.
Bora ler?
Narradora ON:
Gessika piscou várias vezes, derramando as lágrimas que turvavam sua visão. Sua garganta doía, e, por mais que pedisse socorro, sabia que ninguém entraria por aquela porta para ajudá-la. Soluços abafados escapavam de seus lábios, carregados de desespero. Ela tentou mover os braços, mas a dor a impediu; o tecido grosso das gravatas amarradas em seus pulsos raspava na pele sensível, intensificando o sofrimento.
O suor se misturava às lágrimas, enquanto escorriam, silenciosas e incessantes, pelo seu rosto. Seu corpo doía, sua alma sangrava. As lágrimas caíam livremente, como cascatas, refletindo o peso de uma dor que palavras não podiam expressar.
Ela fechou os olhos, agarrando-se à esperança de que Mingi chegasse logo. Ele era sua última chance, o único que poderia tirá-la daquele sofrimento. Mas seus olhos pesavam, sua visão começava a embaçar, e seu corpo todo tremia não apenas pelo frio e pela dor física, mas pela devastadora realidade de que o bebê que carregava não existia mais.
Ela não parava de se perguntar, por que Deus?
Os lábios carnudos estavam doloridos, e a garganta arranhava por falta de água. Piscou várias vezes, tentando se recompor, tentando se manter acordada. Contudo, era difícil, estava exausta, física e psicologicamente. Questionava-se sobre o que havia feito para merecer todo esse sofrimento, o que tinha feito de errado para estar passando por tudo aquilo.
A raiva a consumia, uma ira que corria nas veias como seu próprio sangue, pulsando a cada batida de seu coração. Era uma sensação quase insuportável, uma chama que queimava dentro dela, misturando-se à dor e ao desespero. Ela queria gritar, queria se libertar, mas o peso de sua realidade a mantinha presa em um ciclo de sofrimento interminável.
Gessika- Por quê, Deus? Por que tanta dor? Ninguém deveria sofrer assim. Não é justo. Não é justo- ela sussurrou, puxando o ar com dificuldade.
Seus olhos piscavam, cada vez mais difíceis de manter abertos, enquanto o coração batia descompassado em seu peito. O suor frio escorria pelas costas, e ela sacudia a cabeça, negando em um gesto desesperado a vontade de perder a consciência.
Pediu clemência, implorou de forma abafada para que Deus lhe desse força. Então, Gessika começou a se debater, reprimindo a vontade de gemer a cada vez que o nó das gravatas apertava seus pulsos.
O suor escorria pela testa e pelas costas, e seus lábios tremiam. Ela não conseguiu conter as lágrimas que embargavam sua visão. Por alguns minutos, acabou se entregando à exaustão, deixando os soluços escaparem de seus lábios, um som de desespero que ecoava na solidão em que se encontrava.
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A Dama da Máfia
FanfictionO que acontece quando o destino coloca seu passado e presente frente a frente? Caos. Foi exatamente isso que aconteceu com Gessika, uma brasileira de 25 anos que largou tudo para começar uma nova vida em Nova York com sua amiga. Ela jamais imaginou...