— Não me entenda mal, Harry — Ron diz, grunhindo com esforço enquanto dá um empurrão bem forte no balanço, antes de desviar para o lado para evitar ser chutado no rebote. — Não é que eu não entenda o ponto de vista dela. Sério, eu entendo. Estou tão orgulhoso dela, sabe? Toda essa coisa de Wizengamot, e suas reformas de criaturas, e fazer os exames de Leis dos Trouxas e da Magia ao mesmo tempo? Você sabe que eu acho ela incrível, sempre achei. É só que... — Ele suspira, virando-se para Harry, — Eu estou tão cansado, cara.
— Eu sei.
— É — diz Ron, — mas você não sabe. Eu te amo, Harry, e sei que você tem tido suas próprias coisas acontecendo – e não me entenda mal, estamos absolutamente felizes em ver você parecendo melhor ultimamente – mas você não sabe. Você não sabe. Tipo, são dois deles. Dois, Harry.
— É — Harry diz, pulando para trás com um oof exagerado quando os pezinhos de Raya se conectam com sua barriga, arrancando risadas contagiantes de ambos os gêmeos. — É, cara, eu sei. E você faz um trabalho incrível com eles também.
Hoje em dia, ele descobre que não precisa se esforçar para fazer parecer genuíno. Ele realmente quer dizer isso, afinal, e está tentando desesperadamente estar presente. Ele ama Ron. Ele ama Hermione, Finn e Raya. Ele os ama, e precisa deles, e quer estar lá para eles, não apenas sentado em sua casa e chafurdando em autopiedade, trabalhando em um estado sobre o fato de que já se passaram duas malditas semanas e ele não ouviu uma única maldita coisa de Draco.
— É só que – bem, é tudo — Ron continua, como se Harry não tivesse falado. — Por exemplo, ontem à noite, certo? A Hermione teve uma reunião de emergência com o Conselho dos Vampiros e só voltou à meia-noite. Então, ela entrou, toda irritada por ter lidado com aquele idiota do Danto, e eu tinha o Finn na cama comigo, porque ele simplesmente não queria... AI! — Ele gira a cabeça para olhar para Soraya. — O que eu lhe disse antes, Raya? Nós não chutamos.
Mas é tarde demais: os dois estão nisso agora, pequenos dentes inferiores visíveis enquanto eles cacarejam de alegria, suas perninhas girando livremente no ar, botas de borracha balançando e lama voando por todo lugar, até que termina, previsivelmente, com o pequeno Finley acertando Ron bem no queixo. Harry lança um leve feitiço analgésico, seguido de um bom Muffliato em um esforço para silenciar os palavrões de Ron, enquanto juntos eles colocam as duas crianças em seu enorme carrinho de bebê duplo e sobem a estrada para casa para um lanche... onde, para o desânimo de Harry, o discurso de Ron continua. Agora, ele está se sentindo mais do que um pouco culpado por, com sua própria situação com Draco, ele aparentemente conseguiu ignorar o fato de que seu melhor amigo está passando por sua própria crise.
— É interminável, estou te dizendo, Harry. Deus, é realmente triste o quão desesperado eu estou para voltar à loja. Não consigo nem lembrar da última vez que tive uma conversa adulta decente que não fosse sobre as crianças.
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Kept in Cages | Drarry
FanfictionBem no coração do Ministério fica a Divisão de Feras: uma sala escondida onde bestas antigas vagam, e criaturas aladas voam alto, e furões gigantes rabugentos comem todos os seus biscoitos, a menos que você os mantenha bem escondidos. Draco Malfoy s...