9. Chá em Frome

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Harry não tem certeza de qual reação está esperando enquanto aperta a campainha, dá alguns passos respeitosos para trás e franze a testa para a porta recém-pintada

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Harry não tem certeza de qual reação está esperando enquanto aperta a campainha, dá alguns passos respeitosos para trás e franze a testa para a porta recém-pintada. Neville lhe garantiu que o endereço estava correto ("confie em mim, Harry, minha avó nunca se engana sobre esse tipo de coisa"), mas honestamente - os Malfoys, vivendo em um geminado arrumado, mas indefinido, apenas mais uma casa ao longo de uma rua infinita de casas semelhantes? Há um velho (embora bem polido) Volvo prateado estacionado na entrada, um alimentador de pássaros meio cheio saindo do gramado bem aparado e uma lata de lixo na frente para coleta, um número brilhante '67' na lateral. É exatamente o tipo de lugar sem graça e sem alma que Harry passou sua vida adulta evitando; mesmo apenas ficar ali, ao lado das roseiras lindamente podadas, lhe dá flashbacks desagradáveis ​​relacionados à Rua dos Alfeneiros.

Não é que ele duvide da avó de Neville ou de toda essa coisa estranha de boatos sobre sangue puro, é só que tudo é um pouco incongruente demais. Ele está se preparando para que um estranho trouxa atenda a porta, ensaiando mentalmente suas desculpas... e é por isso que é um choque quando a porta se abre, e do outro lado não está apenas Narcissa Malfoy, mas Narcissa Malfoy usando calêndulas e um avental sobre um vestido florido. Ela parece, se tanto, ainda mais imponente do que antes, Harry pensa, exatamente como todas as mulheres elegantes do WI local que a tia Petúnia costumava zombar, mas secretamente invejava, e ele se pega meio que boquiaberto, sem palavras. Narcissa, por outro lado, levanta uma única sobrancelha muito familiar, olhando para o mundo inteiro como se Harry Potter aparecendo em sua porta, em sua porta trouxa, fosse absolutamente uma ocorrência cotidiana.

— Sr. Potter — ela diz friamente, saindo e fechando a porta quase completamente atrás dela.

— Sra. Malfoy.

— Presumo que você esteja aqui a negócios de Auror — ela diz, em voz baixa. — Posso lhe assegurar que nem meu marido nem eu violamos os termos do nosso... acordo, de forma alguma.

— O quê? — pergunta Harry, perplexo. Ele olha para si mesmo, para o jeans escuro e a camisa polo verde que ele esperava que parecessem adequadamente não ameaçadores e apropriadamente trouxas. Por que todos sempre presumem que ele é um auror? — Não, não é – não é nada disso. Eu não sou um auror.

— Entendo — ela diz, o rosto ainda cuidadosamente neutro. — Então não consigo imaginar que tenhamos algo para discutir. — Ela alcança atrás dela. — Agora, se me der licença, temo que tenho um convidado para atender.

— Não — diz Harry, dando um passo à frente sem pensar. — Por favor. É – é sobre Draco.

Ela respira fundo e tropeça, levemente, segurando a maçaneta da porta para se apoiar até que seus nós dos dedos fiquem brancos.

— Draco? Por favor, não – ele está–?

— Oh, não — diz Harry, recuando freneticamente ao perceber seu erro. —Não, não. Não é isso, Draco -

Kept in Cages | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora