Bem no coração do Ministério fica a Divisão de Feras: uma sala escondida onde bestas antigas vagam, e criaturas aladas voam alto, e furões gigantes rabugentos comem todos os seus biscoitos, a menos que você os mantenha bem escondidos. Draco Malfoy s...
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Nos dois dias seguintes, Harry verifica suas proteções de Flu tão obsessivamente que ele realmente começa a se perguntar se está ficando louco. Assim que ele chega de Frome, ele as muda para permitir acesso a Draco Malfoy, mas então ele acorda no meio da noite preocupado que talvez Draco possa estar usando um pseudônimo. As proteções de Harry exigem precisão absoluta - Merlin sabe que ele gastou o suficiente nelas - então ele as muda para permitir todos os loiros, e então, apenas no caso de ele estar usando Polissuco, todos os sonserinos também, e então finalmente desiste e decide deixá-las completamente abertas.
Isso acaba sendo um erro, como Harry rapidamente descobre na manhã seguinte quando há uma comoção repentina na sala de estar. Harry entra, mastigando biscoitos, apenas para encontrar um jovem de cerca de dezoito anos se mexendo nervosamente na frente de sua lareira. Ele está usando um terno mal ajustado e um alfinete de gravata da Lufa-Lufa, e parece tão horrorizado ao ver Harry vestindo apenas seu roupão que Harry quase se ofende. Enquanto ele explica, com a voz trêmula e apologética, ele está fazendo um estágio no Profeta, e parte de seus deveres é experimentar o Flu de Harry todos os dias, só por precaução. Obviamente, isso nunca funciona de verdade, então ele não havia planejado essa reviravolta bizarra de eventos, embora pareça dividido entre seu medo de Harry e seu medo de seus chefes, que, ele gagueja se desculpando, definitivamente o demitirão se ele não voltar com algo.
Harry acaba tendo pena do rapaz, dando-lhe uma declaração curta e muito confusa sobre ter estado ocupado, permitindo-lhe uma fotografia rápida e provavelmente nada lisonjeira (roupão transfigurado em vestes) e então empurrando-o, no meio do pedido de desculpas, de volta pelo Flu.
Ele mantém as proteções fechadas novamente depois disso, embora se preocupe mais com isso do que gostaria de admitir. No entanto, como se vê, ele não precisava ter se preocupado, porque quando Draco chega, é por uma rota mais tradicional - a porta da frente. É uma surpresa para Harry a princípio quando a campainha toca, porque ele está cozinhando, e é bem tarde, e comida para viagem e ligações não solicitadas são realmente as únicas duas razões pelas quais a campainha toca, mas quando ele vai atender a porta, limpando as mãos no jeans, ele encontra Draco atrás dela. Está chovendo torrencialmente lá fora, uma tempestade de verão quebrando o longo período úmido, mas mesmo com água pingando de seu cabelo, casaco e ponta do nariz, está claro que Draco tem coisas mais urgentes em mente.
— Eu não precisava ser resgatado — ele diz em tom de alô, fechando a porta atrás de si e jogando sua velha mochila surrada no carpete do corredor.
— Não foi -
— Eu não precisava ser resgatado — Draco repete, em voz baixa, e caminha em direção a Harry, seus olhos brilhando com o que parece ser raiva, mas que Harry pensa – espera – pode na verdade ser algo completamente diferente.
— Especialmente — ele continua, apoiando Harry de modo que ele fique pressionado contra a parede agora, sua cabeça espremida entre dois ganchos do cabideiro, — de um idiota e maldito Grifinório... — seus braços escorregadios de água da chuva seguram o corpo de Harry enquanto ele se inclina, pressionando seu peito úmido contra o de Harry, —com um complexo de herói do tamanho de um Erumpente do Mato da Zâmbia... — Harry inala, sente o corpo de Draco estremecer também, então solta o ar, deslizando seus olhos para cima para encontrar o olhar frio de Draco, — que nem consegue ...
