Não parece certo alguém
Que tem asas ser colocado
Dentro de uma caixa, sem ver
A luz do sol brilhar[...]
A liberdade me chamou de canto e disse assim
Não deixe nada te dizer quem você é
LIBERDADE - Priscilla Alcantara
OS OLHARES ERAM PESADOS EM CIMA DE CASSIANA, seu ouvido chegava arder pelos cochichos conforme passada agarrada aos braços de Denápollis, esse que sorria abertamente e fazia carícias em uma tentativa de confortar Cassiana. "Seja forte e corajosa. Não se intimide pela língua deles, são todos uns bocós. Eu vou estar ao seu lado a todo o momento." Dissera o príncipe horas atrás quando Cassiana pediu que o acompanhasse até a vila, devido a ser inicio de semana e ser de sua responsabilidade comprar verduras e frutas frescas para a dispensa do castelo.
Havia se passado três dias desde o ocorrido do Baile de Máscara na Vila Asher. Como era de se esperar, todos comentaram sobre o baile em geral, mas principalmente sobre Cassiana e o duque. Diferente do ocorrido, apenas o soco foi relatado como absurdo. A discussão e até mesmo o comportamento do duque foram esquecidos.
— Certeza que ela ameaça o príncipe para que a faça companhia o tempo todo. Por qual outro motivo ele andaria com ela? — Uma Abastada de meia idade comentou quando se aproximaram de uma banca de verduras.
— Sua beleza é ofuscada pela selvageria. — Replicou a esposa do dono da banca. Denápillos rapidamente tentou trocar de caminho ao ouvir o comentário, mas Cassiana o impediu dizendo que era a única banca que vendia alho poró que a Cozinheira Chefe apreciava para as refeições do palácio.
Os comentários não eram o pior. Fofocas maiores e mentiras surgiram, como "Ela bateu em Vossa Graça devido a uma rejeição, quando ela declarou seu amor a ele." ou "Um dos empregados disse que ela estava perdida pelos corredores da propriedade, horas depois de o duque ter a convocado para outro lugar." Cassiana passará os dias infundada no castelo, trabalhando na cozinha na parte da manhã, e se dividindo entre os jardins reais e os aposentos da princesa. Até mesmo os guardas do palácio a olhavam com risinhos e comentários maliciosos. Sozinha em seus aposentos, ela se permitia chorar. Duramente a vida a havia ensinado que chorar em público era fraqueza, mas naquele momento, ninguém podia ver o quanto estava quebrada.
Cassiana e Denápillos continuaram suas compras, até um determinado momento em que o príncipe teve que se separar dela por conta do intenso fluxo de wortesenianos na feira. A dama encostou-se em um poço, não muito longe da banca de Reymond. Denápillos sugeriu que voltassem quando estivesse menos movimentado, não queria deixar sozinha com medo de que alguém a fizesse mal, todavia Cassiana garantiu que ficaria próxima e gritaria caso algo acontecesse a ela. Quanto mais fresco os alimentos, melhor era a refeição, e a Corte exigia o melhor sempre. De cabeça baixa, cantarolava uma canção de marinheiro que aprendera mais nova, como forma de evitar os olhares e os cochichos. Passos forte de tamanco femininos foram ouvidos e Cassiana soltando um palavrão quando reconheceu as risadas que se seguiram.
VOCÊ ESTÁ LENDO
MONARQUIA - O Jogo do Poder | Livro 1 - SÉRIE REALEZA
FantasyEM ANDAMENTO E se a contínua existência de um reino precisa-se ser decidido através de uma competição até a morte? No passado, após inúmeras batalhas sangrentas, acordos foram firmados e assim se formaram os cinco reinos. Após isso, durante três sé...