CAPÍTULO 11

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Não vai retirar o que disse?

Diga-me que estava tentando me fazer rir

E nada precisa mudar hoje

Você não queria dizer:

eu te amo?

I LOVE YOU - Billie Eilish


A PRIMEIRA TAÇA DE PRUNULLÉ DESCEU RASGANDO PELA GARGANTA, mas as outras cinco faziam apenas cosquinhas. Alexander não era de beber exageradamente e mesmo assim parecia mais sombrio do aqueles que beberam menos. A maioria dos nobres partiram horas atrás, quando se iniciou as cantigas do povo. Outros, tomados pela embriaguez, esqueceram seus preconceitos e se jogaram no ritmo da balada.

O duque se encontrava sozinho, encostado em uma das pilastras. Seu olhar preso em um único lugar, em uma única pessoa. A única capaz de tirá-lo do sério. Taça após taça a vendo dançar com Denapillos, Baviera, Reymond e alguns de seus soldados e marinheiros. A alegria dela era contagiante e não havia quem estivesse ao seu lado que não compartilhasse. Alexander diferente de todos, a encarava com uma fúria gélida e silenciosa. Não estava se importando de encarar fixamente, se alguém notaria esse detalhe. Na verdade, mesmo que reparassem, ninguém se lembraria no dia seguinte. Todos estavam altamente dopados pelo álcool. Cassiana mesmo virara sete taças de vinho e via tudo ao redor mais leve.

Urros de alegria soaram alto quando se ouviu as badaladas do relógio da aldeia. Três horas da manhã. Os gritos eram como os madrugadores que frequentavam a Taberna encerraram a noite. Quem partia da festa antes das três era taxado de criança em busca de colo, mas depois do uivo podiam ir embora. A música ainda tocava alegremente, mas não demorou para o salão estar com menos de cinquenta pessoas.

Cassiana tinha voltado a dançar com Denápillos e Alexander ainda a observava. Mesmo quando alguém parou ao seu lado, ele deixou de observá-la.

— Cassiana, presumo. — Rubyanne disse levando a taça de whisky à boca. Alexander apenas assentiu. A pirata riu com escárnio e isso incomodou o duque.

— O que é tão engraçado?

— A piada é Vossa Graça estar apaixonado — murmurou e fez um ruído com a boca. — Nunca achei que veria isso acontecer.

— O único sentimento que sinto por Cassiana é ódio. — Ralhou, mas sentiu seu peito fisgar, incomodado pelas próprias palavras.

— Seus olhos dizem outra coisa. — O duque a fitou com raiva, mas isso não a intimidou, pelo contrário, fez a pirata rir ainda mais. — Escutei muitas histórias pelo alto mar sobre ódio virar amor.

MONARQUIA - O Jogo do Poder | Livro 1 - SÉRIE REALEZAOnde histórias criam vida. Descubra agora