PRÓLOGO

22 5 10
                                    



Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Te dizem que você é o melhor

Mas pelas costas, eles nos odeiam

Oh, que castigo

Todo mundo quer ser meu inimigo


Enemy - Imagine Dragons | Feat JID


TUDO QUE UM DIA FOI INICIADO, naturalmente precisa terminar.

     O intenso frio e a carnificina cobria cada fibra de osso daqueles homens reunidos ao redor da mesa. Nada podia se ouvir, o silêncio seguia desde o último Senhorio que entrara pela porta da antiga e abandonada Taverna Pleasure. Olhos que se moviam a cada minúsculo movimento, ouvidos atentos a cada possível ataque. Estudando cautelosamente uns aos outros e o destino do mundo.

— Senhores, precisamos de uma solução. — Sibilou Aquiles, o Senhor do Norte, rompendo finalmente aquele silêncio envolto na penumbra do ambiente.

     O mar estava revolto e as ondas quebravam-se nas rochas. Tudo poderia parecer belo naquele lugar à beira mar, mas em distantes terras firmes, sangue e resíduo de corpos se estendiam por campos de lamaçal. O feder atraía os corvos que dilaceravam as carcaças. Os dias que se seguiram à última batalha se dava pelo desespero irrompendo os lares das esposas e mães, agora viúvas e com filhos pequenos. Certamente não demoraria para morrerem de fome e frio.

     O motivo da guerra sem fim? O desejo por conquistar Wortesea. Antepassados egoístas, incapazes de dividir iniciaram batalhas violentas. Homens sedentos, almejando ouro e a glória. Aquele não era o primeiro encontro entre todas as nações, mas outro de muitos que tiveram o mesmo resultado: a morte. Não deles, mas de milhares de almas inocentes, incapazes de se defender sozinhas e então por medo se curvaram à vontade de corações cheios de malícia.

— A solução seria a nação mais forte governar as outras. — Vociferou Ragner, o Senhor do Sul.

     Como das outras vezes, vozes alteradas romperam pela sala em uma discussão onde certamente o único ganho seria mais motivos para a guerra continuar. Esses filhos não eram diferentes dos seus pais. Contudo, todo início precisa de um fim. Esse fim estava presente. Em meio a tantos berros, apenas um guerreiro, calado e retraído em sua cadeira, observava os companheiros desde a hora que chegara. Nenhuma palavra ou sequer movimento. Ninguém o enxergava. Enquanto o restante, cada vez mais exaltados, "procurava" uma solução, aqueles olhos de um azul penetrantes minuciosamente analisavam quem deveria viver e quem deveria morrer.

MONARQUIA - O Jogo do Poder | Livro 1 - SÉRIE REALEZAOnde histórias criam vida. Descubra agora