EM ANDAMENTO
E se a contínua existência de um reino precisa-se ser decidido através de uma competição até a morte?
No passado, após inúmeras batalhas sangrentas, acordos foram firmados e assim se formaram os cinco reinos. Após isso, durante três sé...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Não temos controle
O tempo é ligeiro
Na estrada da vida
Somos passageiros
LEI DA VIDA - Sabrina Lopes
A RAINHA NÃO GOSTAVA DE PARTICIPAR DE EVENTOS DA CORTE. Naquela noite de chuva, enquanto o Baile do Cinco acontecia no salão de festa do palácio, Amélia se encontra em seus aposentos juntamente com Helena e sua ama Beatrice. O rei havia concordado em que ela ficasse no quarto junto a filha, uma vez que a presença da Helena ultimamente estava gerando muitos comentários, sendo a maioria negativos. Em uma noite como aquela, William precisava de todo o autocontrole possível.
A princesa estava no chão junto a mãe e sua ama enquanto pintava numa tela. Helena estava com várias manchas de tinta vermelha no corpo.
— Uma maçã. — Sibilou Amélia enquanto a via mergulhando sua minúscula mão no pote de tinta verde.
— Ela gosta mesmo de maçã. — Beatrice riu.
Helena chacoalhou a cabeça freneticamente, fazendo com que seus cabelos loiros com manchas vermelhas bagunçasse. Amélia sorria com entusiasmo para a filha, tentando ignorar qualquer pensamento ruim que insistia em atormentá-la.
Uma batida na porta soou. Beatrice se dirigiu até a porta onde outra serviçal esperava. Voltou com um bilhete em mãos.
— Majestade.
Amélia abriu o pequeno papel em suas mãos. Contraiu os lábios quando leu as curta mensagem escrita. Não contestou nada, apenas agradeceu a ama de sua filha com um olhar singelo. Seu peito se apertou com tristeza, a mesma que persistia desde que acordara naquela manhã.
— Helena. — Chamou com a voz firme. Os olhos castanhos chocolate brilhavam de curiosidade.
— Quero que prometa uma coisa para a mamãe. — A princesa sorriu entusiasmada. — Que independente do que acontecer em sua vida, nunca vai desistir. Vai trilhar o caminho para qual nasceu. Promete?
— Plometo.
Amélia sentiu seus olhos arderam e sua garganta fechar. Beatrice não ousou interromper, mesmo sem entender o porquê das palavras estarem soando como uma despedida.
— Nunca deixe de brilhar minha filha, seja a luz que esse mundo precisa. A mamãe te ama muito.
— Te amu mama. — Helena gargalhou e voltou a pintar.
Uma lágrima escorreu pela bochecha da rainha, mas um enorme sorriso estampou sua face quando ouviu aquela doce risada.
— Cuide dela para mim. — Amélia sussurrou para Beatrice. Ela semicerrou os olhos.
