𝓓𝐄𝐕𝐎𝐓𝐈𝐎𝐍 ♱ onde o sacerdote Charlie Mayhew é convocado para liderar um pequeno convento de uma cidade pequena. O que parecia ser uma missão sagrada e benevolente, se torna uma verdadeira prova de resistência quando seus caminhos se cruz...
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Depois do beijo no carro de Charlie, Sarah sentiu como se tivesse despertado para um mundo de sensações completamente novas.
Tentava se concentrar nas tarefas diárias do convento, mas cada pensamento seu era consumido pela lembrança de seus lábios, da forma como ele a olhou e tocou, como uma chama que se recusava a ser apagada.
Sarah se sentia completamente dividida. Aquilo era um pecado, uma afronta aos seus votos. Estava em um conflito interno, sentindo-se atraída por algo que era irresistível e ao mesmo tempo, proibido.
Sua cabeça girava entre o certo e o errado. Como era possível que algo que parecia tão simples como um beijo, pudesse ter feito o seu mundo se despedaçar e se reconstruir num só segundo?
Naquela manhã, uma agitação incomum envolvia o convento. A comunidade estava em seus melhores trajes, preparando-se para receber os visitantes da arquidiocese. Os corredores sempre emergidos no silêncio, ecoavam passos apressados, e uma leve tensão pairava no ar.
Charlie cumprimentou cada um dos membros, e logo foi apresentado ao Padre visitante, um homem jovem e com a mesma jornada como a dele, que havia chegado junto com o grupo.
Com um sorriso, cumprimentou-o de forma amistosa.
── Padre Charlie, ouvi falar muito sobre você. ── O sacerdote estendeu sua mão, os olhos brilhando com simpatia. ── Este convento é um exemplo para a nossa comunidade. Imagino o bom trabalho que tem feito por aqui.
Charlie retribuiu o sorriso.
── Fico honrado, padre. E bem-vindo. ── Ele sorriu, devolvendo a simpatia.
O grupo trocou leves impressões sobre as atividades da arquidiocese e do convento. Charlie por um instante, relaxou diante de uma nova amizade que parecia promissora.
A manhã seguiu com seus compromissos e atividades. Charlie, que agora aproveitava para caminhar no convento, atravessou o corredor que dava para o jardim, avistando ao longe um grupo de freiras reunidas na estufa.
Entre elas estava Sarah, que ria despreocupadamente, com aquele brilho no olhar que ele tão bem conhecia.
O padre visitante estava ao seu lado, gesticulando de forma animada e falando algo que aparentemente envolvia todas as freiras, pois todas estavam atentas.
Charlie parou por um momento, observando a cena. Um peso estranho surgiu em seu peito. Ele se aproximou vagarosamente enquanto observava, tentando entender o motivo daquela sensação.
A simpatia natural que sentiu pelo sacerdote se dissipou ao ver como ele se aproximava de Sarah, com uma confiança e proximidade que o deixou profundamente desconfortável. Ele se perguntou se o mesmo havia notado a forma gentil e quase encantadora com que Sarah sorria para ele.
