A noite havia caído rápido na fazenda, algumas pessoas já estavam chegando pro jantar e fofocando na mesa enquanto esperavam. Dentre essas pessoas estava Daniel, completamente preocupado com o que lia na tela do celular. ‘’O grande pau de goiânia’’ estava fazendo sucesso no brasil inteiro e ele temia que Mateus fosse apresentado desse jeito nos eventos e shows com participação. É claro que esses apelidos também haviam se tornado uma febre entre as fofocas na fazenda, não demoraria muito para chamarem Mateus assim nas ruas.
Enquanto isso, do lado de fora da casa, Vanessa e Fernando fofocavam sobre o mesmo assunto, não só isso, mas o boato de que o pai de Malu era agressivo também estava rolando por causa da última vez que a garota disse que havia sido espancada por ele a muito tempo atrás.
Na cozinha, Alice terminava sozinha de arrumar as coisas para servir a mesa, já Lucas no escritório, se irritava por não conseguir se concentrar na papelada por causa das palavras de Malu naquela tarde.
Em algum lugar, João fumava enquanto ouvia as críticas de vitória sobre ele estar se aproximando da namorada do dono. Quanto ao caipira, ele estava deitado na própria cama vendo alguns vídeos no YouTube sobre como agradar o sogro rabugento, sem nem mesmo imaginar que aquele jantar acabaria sendo o pior de sua vida.
No quarto de Malu, a garota estava surtando. Havia dito tudo aquilo para Lucas no maior impulso por estar irritada com as palavras dele, e agora estava arrependida gritando no travesseiro feito uma maluca.
Às vezes se debatia na cama e gritava porque ultimamente só fazia loucuras por machos.
Era uma kenga, uma prostituta grátis que ninguém comia.
Uma ordinária.
Ficou se xingando mentalmente até criar coragem de se levantar e retocar a maquiagem para descer pro jantar. Era provável que tudo já estivesse pronto e ela estava faminta.
Se levantou da cama, retocou a droga da maquiagem e saiu do quarto encontrando seu pai prestes a bater na porta do outro lado. Ela sorriu para o velho rabugento.
– Que qui cê quer véio?- Luiz franziu o cenho olhando feio.
– Isso é jeito de falar com seu pai?
– Agora é…aí!- Ela exclamou ao levar um tapa no braço e começou a rir.- Que tara é essa em querer ficar me batendo, homi?!
– Num é minha culpa se o cê virou uma sem vergonha.- Ele ofereceu o braço e Malu o encarou sem entender.- Eu vim te buscar pra nós jantar.
– Que cavalheiro, nem parece que estava me perseguindo com um cinto esses dias.- Malu disse entrelaçando seu braço no dele enquanto fechava a porta do quarto.
– Isso são águas passadas, fia.
– Diz isso mas acabou de me dar um tapão…
– O cê fique quieta, Malu.- Ela riu descendo as escadas com ele.- Depois desse jantar eu vou pensar se cê vai ficar ou não.
Isso era um problema. Malu havia se esquecido completamente de tudo que aconteceria nesse jantar, então estava tranquila. Passaram pela porta encontrando o povo se sentando na mesa e Felipe trazendo a última panela com o arroz vegetariano de Mateus.
A mesa estava cheia como um banquete. Malu pode ver Luiz lamber os beiços feito um cachorro e fez uma careta.
– Cruzes…- Ela disse baixo se afastando do pai.
Olhou para os assentos se perguntando em qual sentaria, ela tinha duas opções, sentar ao lado de Lucas que estava nesse exato momento a encarando como se quisesse estrangulá-la, e Felipe que sorria feito um psicopata quase como se ele não tivesse feito o maior escândalo com Mateus naquele dia.
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Entre Laços & Embaraços
Fiksi PenggemarPenélope tinha apenas 23 anos quando morreu pela primeira vez. Solteira e rica, ela não tinha nada a perder, mas como qualquer mulher jovem, ela também tinha um segredo, segredo este que a mesma acreditava que se soubessem ela estaria encrencada e d...