𖦹 : Olivia Bell, uma garota de 19 anos, foi a cabeça para a construção do labirinto juntamente com Thomas e Teresa. Envolvida na CRUEL com influência e ajuda da sua tia, Amélia que foi sua guardiã legal após a perda de seus pais para o vírus, a gar...
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— Bom, novato... — comecei, me virando no banco e dando uma batida no ombro de Thomás, chamando sua atenção. Ele virou a cabeça, e eu apontei para Minho, que estava sentado no meio de um grupo barulhento. Ao contrário dos outros, ele era o único quieto, sempre mais na dele. — Aqueles são os corredores, e aquele cara lá no meio é o Minho, o encarregado dos corredores.
Eu já havia me esforçado para apresentar tudo ao Thomas, esse novo fedelho que, de alguma forma, parecia um pouco perdido em meio a toda a agitação da Clareira.
— E quem é a garota? — Thomás perguntou, sua atenção se fixando em Olivia, que estava com Dean e Gally, rindo de algo que nem eu conseguia ouvir.
— Nem tenta. Aquela é a Olivia. Jasmine, por causa da princesa, sabe? — fiz uma pausa, observando enquanto ele ainda encarava Olivia. — Olivia é a queridinha dos caras mais fortes daqui. Eu, Dean, Gally e Alby a protegemos de tudo e de todos, então, não faça nada com ela.
Com isso, virei para frente novamente, levando um gole da famosa receita do Gally, a bebida que ele sempre fazia e que, apesar de sua fama de forte, era difícil resistir.
— Ela e Minho têm alguma coisa? — Thomás perguntou, e eu não consegui evitar uma risada. O cara era um comediante nato, sem dúvida.
— Eles têm sim. Ódio. Um pelo outro — eu ri ainda mais, me divertindo com a ideia. — Esses dois não conseguem ficar no mesmo lugar sem brigar. Uma vez, eles caíram na porrada, e quem foi pra cima foi a Olivia. Minho a irritou tanto que ela pulou em cima dele, e ele apanhou em silêncio, dizendo que nunca bateria numa mulher. Então, por que a pergunta?
— Ele não para de encarar ela — Thomás respondeu, simples e direto, dando de ombros como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.
— Normal. Olhar de ódio? — perguntei, e ele assentiu. — Sabia. — Com um movimento rápido, coloquei mais da bebida do Gally no meu copo e levantei na direção de Thomás. — Quer?
Ele hesitou por um segundo, e eu pude ver a dúvida em seus olhos. É sempre divertido ver novos chegados passando por essas etapas. O medo do desconhecido, a adrenalina de se misturar ao nosso mundo caótico. E, claro, a constante competição para ver quem poderia aguentar mais dessa bebida.
— Ah, por que não? — ele respondeu finalmente, pegando o copo que eu lhe ofereci. Eu tinha certeza de que ele não sabia no que estava se metendo, mas isso fazia parte da experiência.
A festa estava em pleno andamento, a música e os risos ecoando pela Clareira, misturados com a energia vibrante da noite. Minho, agora visivelmente desconfortável com a situação, ainda não tirava os olhos de Olivia.
— Olha lá, se ele não parar de encarar, vai acabar atraindo a ira dela de novo — comentei, observando a interação entre eles. Era uma cena familiar, uma dança estranha entre amor e ódio, e, de alguma forma, eu não conseguia tirar os olhos deles.
Thomás riu, balançando a cabeça. — O que você acha que vai acontecer? Eles vão se socar de novo?
— Pode apostar que sim — respondi, dando uma olhada para Gally, que já estava tentando fazer algum tipo de movimento de dança, mas estava mais parecendo uma marionete sem fios. — E quando isso acontecer, vou estar bem aqui para ver.
As risadas se intensificaram enquanto Dean e Gally tentavam, sem muito sucesso, fazer uma apresentação improvisada de dança.