NIGHTMARE, draco malfoy

020 - Forbidden Forest

Todos os cinco ficaram em silêncio por alguns minutos, aguardando o retorno de Minerva para anunciar qual seria o castigo que receberiam. Quando ela voltou, ao seu lado estava o zelador Filch.

— Piorou... — Gabriela sussurrou para os amigos, temendo o que viria a seguir.

— O castigo de vocês será aplicado pelo zelador Filch. Quero que obedeçam a ele. — Avisou Minerva, com um olhar severo.

— Sigam-me — disse Filch, acendendo uma lanterna e conduzindo-os para fora. — Que pena que acabaram com os castigos de antigamente. Houve um tempo em que os alunos eram pendurados pelos pulsos nas masmorras. Sinto falta dos gritos.

Eles caminharam pela propriedade sob a escuridão. Gabriela tentava imaginar qual seria o castigo. Devia ser algo realmente terrível, ou Filch não pareceria tão contente.

A lua brilhava no céu, mas as nuvens passageiras lançavam-os em trechos de escuridão. Ao longe, Gabriela avistou as janelas iluminadas da cabana de Hagrid.

— Vocês vão cumprir a detenção com Hagrid esta noite, ele tem um trabalho para vocês. — informou Filch, com um leve sorriso sinistro.

Gabriela sentiu um alívio imediato, se iriam trabalhar com Hagrid, talvez não fosse tão ruim assim. Seu alívio deve ter transparecido, pois Filch logo acrescentou:

— Na Floresta Proibida.

Ao ouvir isso, todos trocaram olhares, decidindo ignorar o comentário, achando que não passava de uma piada de mau gosto.

— Ainda com essa história do dragão? — perguntou Filch a Hagrid, ao notar seu olhar arrasado.

— Norberto foi embora. Dumbledore o mandou para uma colônia na Romênia.

— Isso não é bom? Agora ele estará entre os seus. — Hermione tentou consolar Hagrid, sorrindo de leve.

— E se ele não gostar da Romênia? E se os outros dragões forem cruéis com ele? Ele ainda é um bebê.

— Pelo amor de Deus, homem, controle-se. Vai entrar na floresta daqui a pouco. Mantenha a cabeça no lugar.

Ao ouvir isso, a expressão de todos mudou rapidamente.

— A floresta? Achei que era uma piada. Não podemos entrar lá! — Malfoy disse, com menos confiança do que o habitual. — Alunos não têm permissão, e há... lobisomens.

— Há mais do que lobisomens naquela floresta, pode ter certeza disso. — retrucou Filch, num tom assustador. — Boa noite. — E com isso, virou-se e voltou em direção ao castelo.

Hagrid os conduziu até a floresta, levantando a lanterna bem alto para iluminar o caminho à frente. De repente, ele parou e se abaixou, tocando uma substância prateada no chão.

— Hagrid, o que é isso? — perguntou Gabriela, curiosa.

— É o que viemos procurar. Isso é sangue de unicórnio. Achei um morto há algumas semanas, mas esse aqui está gravemente ferido por alguma coisa. Nosso trabalho é encontrar essa pobre criatura — explicou ele.

Gabriela ficou surpresa, ela não imaginava que o sangue de unicórnio fosse prateado, muito menos que alguém pudesse ser capaz de ferir um animal tão incrível e puro.

— Rony e Hermione, venham comigo. Draco vai com os gêmeos.

— Tudo bem, mas eu quero o Canino! — disse Malfoy rapidamente.

— Pode ser, mas fique sabendo que ele é um covarde.

Os três se viraram para o cachorro ao mesmo tempo, com seu rosto triste, Canino realmente não parecia muito corajoso.