022 - The Trapdoor

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— Boa noite, meninos — disse Gabriela ao apagar a luz do dormitório.

— Boa noite, Gabi — responderam eles enquanto se acomodavam nas camas.

Após o jantar, Gabriela e os outros Grifinórios haviam traçado um plano para irem até o alçapão sem serem notados. Ela tinha a capa de invisibilidade que receberam no Natal e usaria para caminhar até a comunal da Grifinória, buscando seus amigos depois do toque de recolher, quando o castelo estaria deserto.

Gabi prometera ao irmão que não contaria nada sobre o plano para seus amigos da Sonserina. Por isso, esperou que todos pegassem no sono antes de sair de fininho do dormitório sem ser percebida. Assim que teve certeza de que todos dormiam profundamente, levantou-se em silêncio, cobriu-se com a capa e saiu em direção à comunal da Grifinória.

Ao chegar à porta da comunal, colocou apenas a cabeça para fora da capa e sussurrou a senha. Quando entrou, avistou o trio ao lado de Neville.

— Vocês vão arranjar problemas para a Grifinória de novo, e... — Neville hesitou, engolindo em seco. — Vou ter que brigar com vocês. — Ele juntou as mãos em frente ao corpo, tentando parecer ameaçador.

— Sinto muito, Neville — disse Hermione, sacando a varinha e apontando para o garoto. — Petrificus Totalus!

Os braços de Neville grudaram nas laterais do corpo, as pernas se uniram, e ele ficou rígido como uma pedra, balançando por um segundo antes de cair de cara no chão.

O trio arregalou os olhos ao ver o que Hermione acabara de fazer, e Ron engoliu em seco.

— Você me dá medo às vezes, sabia? — disse ele para ela. — É brilhante, mas dá medo.

— Concordo com ele. — disse Gabriela, fazendo-os finalmente notarem sua presença.

— Finalmente você chegou! Achei que tinha desistido. — provocou Harry.

— Nunca, maninho. — ela sorriu de volta.

— Vamos. — chamou Hermione.

Todos a seguiram em direção à porta da comunal e, ao passarem por Neville, murmuraram desculpas, inclusive Gabriela.

Após vestirem a capa de invisibilidade, o grupo caminhou sorrateiramente pelos corredores até o terceiro andar.

— Alohomora — murmurou Hermione, mas perceberam que a porta já estava destrancada, então entraram imediatamente.

— Ele está roncando.

— Snape já esteve aqui, e já enfeitiçou uma harpa. — apontou Harry.

— Quem vai descer primeiro? — perguntou Gabriela ao ver que o alçapão estava livre.

— Eu vou primeiro. Não me sigam até eu dar um sinal. Se algo der errado, saiam daqui — disse Harry.

Enquanto Harry falava, Gabriela percebeu um silêncio repentino e, ao se virar, arregalou os olhos ao ver que o cachorro havia acordado e os observava fixamente.

— Pessoal... — murmurou baixinho.

Os outros olharam na direção que Gabriela apontava e também perceberam o problema.

— A harpa parou de tocar! — exclamou Ron, com os olhos arregalados.

— Pulem! — gritou Harry antes de se lançar pelo alçapão.

Sem perder tempo, os outros se jogaram um a um, escapando das presas do enorme cão.

Ao aterrissarem, notaram que haviam caído sobre uma planta que amortecera a queda.

NIGHTMARE, draco malfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora