𝔖𝔢𝔫𝔱𝔦𝔪𝔢𝔫𝔱𝔬 ℜ𝔢𝔳𝔢𝔯𝔱𝔦𝔡𝔬 •𝔓𝔬𝔯𝔱𝔲𝔤𝔲𝔢̂𝔰

ℭ𝔞𝔭𝔦𝔱𝔲𝔩𝔬 12

Holmby Hills, Los Angeles

Por James:

O silêncio dominava o ambiente de maneira opressiva enquanto eu observava o frasco de remédio que segurava. Ele havia tombado, espalhando alguns comprimidos pelo chão, que era revestido por tapetes marrons. Permaneci parado, com o olhar explorando cada canto do banheiro, ávido por qualquer pista que pudesse me auxiliar a desvendar aquele enigma, mas nada parecia ter explicação.Embora meu coração batesse descontroladamente, com minhas mãos tremendo de forma involuntária e uma sensação de náusea crescendo no meu estômago, eu sabia que precisava agir e me mover. No entanto, o banheiro estava envolto em uma aura de escuridão, e o único som que ressoava era o eco distante de um relógio fixado na parede do quarto, cada tique-taque soando como um alerta iminente.

Ofegando, decido dar um passo à frente e me aproximar do frasco de remédio espalhado pelo chão. A mente está tomada por um labirinto de ansiedades, onde cada pensamento se torna mais sombrio que o anterior.

"E se... algo neste lugar estivesse me observando?"

_ Sorrio de forma sarcástica, inclino a cabeça para cima e mordo os lábios, numa tentativa rápida de aliviar a tensão com um pouco de ironia.

— Não seja estupido James... Não deixe um simples vento te iludir.

_ Ouvindo a minha propria voz ecoar perante o ambiente, lentamente me desloquei em direção à janela fechada, mas nenhum dos meus movimentos parecia ser executado com certeza e rapidez.Minha mão, tremulamente alcançou a fechadura da mesma, em um impulso quase frenético, desbloqueei a mesma e abri a janela, permitindo que o ar frio da noite adentre a pequena suite. Enquanto a brisa iluminava o ambiente, o silêncio retornou e uma sensação peculiar começou a emergir do fundo do meu ser.

"Provavelmente é só o vento..."

_ pensei em Tentar me acalmar um pouco mais e decidi resolver de uma vez por todas aquele dilema. Caminhei em direção ao frasco no chão, com o olhar fixo nele e uma determinação que era visível no espelho. No entanto, ao me agachar e tocar o frasco, uma força desproporcional me lançou para trás, fazendo com que minha cabeça batesse na parede e alguns objetos caíssem, me atingindo em cheio. Imerso no ocorrido, permaneci ali no chão, sentindo uma dor pulsante ao redor da cabeça. Olhei para o ambiente ao meu redor, que começava a mudar de forma, como se as paredes se contorcessem com uma energia invisível.

Voz:

— James...

_ Ele sussurrou, sua voz ecoando e rompendo as barreiras internas que haviam se formado.

— Estou aqui para te orientar. Você foi escolhido para uma missão que vai além da compreensão humana.

— Algo grandioso está a caminho, mas primeiro é essencial que você compreenda seu verdadeiro propósito.

James:

_ A voz que ressoava em minha mente era intensa, como um trovão distante, mas trazia uma suavidade que me aquecia. Confuso, levantei-me devagar, as mãos buscando o toque frio das paredes ao meu redor.

"Que sentido tem tudo isso?"

_ Refleti, uma vez que não me via como alguém especial, muito menos como um escolhido, pois meus dias eram apenas rotineiros, cheios de obrigações.

— Q-quem... é você?

_ Tentei pronunciar, ainda um tanto desorientado, lutando contra a dor pulsante que fazia morada em minha cabeça.

— Revele-se.

_ Completei, mais firme e determinado, apesar da tremedeira em minha voz.

Voz: