Epilogo 1

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Cinco anos depois...


POV RAFA

Eu desço a escada para a nossa sala e paro no último degrau, a cena diante de mim sempre me faz parar, e olhar como uma boba. Apaixonada, arrebatada. Gizelly está no canto da sala, perto da parede de vidro. Deus, como amo vê-los juntos. Ela e nossos filhos ao redor da árvore de Natal gigante. Sim, nossos filhos. Quando Theo fez dois anos, eu engravidei acidentalmente da nossa princesinha, Sofia. Eu me recosto ao corrimão e babo neles, aproveitando que não me viram ainda.

Amor e possessividade pulsam em meu íntimo. Theo está em pé, entregando os enfeites para Gizelly. Meu menino tem o rostinho cheio de orgulho por estar ajudando a mãe. Soso está em pé ao redor também, só que em vez de ajudar, está pegando enfeites aqui e ali e os enfiando na boca. Eu rio da minha linda sapequinha.

-Ei, não, princesinha. — Gizelly ri, o som profundo, feliz, invadindo meu corpo, tocando direto no coração. Ela toma uma bola pequena das mãos da nossa menina e lhe dá uma maior para evitar que se engasgue. Em seguida ela se inclina, beijando a massa de cabelo claro. Ela é a minha cópia, como Theo é a dela. Meus lindos e amados filhos.


Meus filhos e a mulher da minha vida. Meus olhos se enchem de lágrimas ao vê-los interagindo, as três pessoas que mais amo nesse mundo. Quem diria que aquela mulher tão fria se tornaria essa mãe e esposa amorosa? Meu amor. Minha linda mulher complicada. Não me canso de olhar para ela. Nunca. Está arrebatadoramente bonita e sexy aos quarenta anos. Sempre será a mulher mais bonita do mundo para mim. Sempre. E a forma como tem se dedicado a mim e nossos filhos me faz amá-la, admirá-la cada dia um pouco mais. Gizelly me deu tudo, absolutamente tudo que uma mulher pode sonhar. Tudo o que é realmente importante nessa vida, essa mulher me deu.

Meus olhos vagam por ela, cheios de amor e paixão, como foi desde o primeiro momento em que a vi todos aqueles anos atrás. Está usando uma calça de moletom e uma camiseta azul-escura. Eu a amo tanto. Eu devo ter suspirado ou pronunciado isso em voz alta, porque ela vira o rosto e os olhos castanhos colidem diretamente com os meus. Sorrio-lhe, sendo pega em flagrante. Seus olhos ficam mais penetrantes. Eu amo como a tonalidade muda quando olha para mim. Tem um brilho diferente. Esse olhar é meu. Apenas para mim. Ela percebe que estou à beira das lágrimas babando sobre eles, a minha linda família. Seu olhar suaviza.


-Ei, pessoal, olha só quem desceu para nos ajudar! A mamãe! — diz em tom animado e logo meus bebês estão virando para mim, gritando com euforia.

-Mamãe! 

-Vem, mamãe!

Theo e Sofia me chamam. E eu vou, com o coração todo mole pelos meus filhos. Gizelly termina de prender uma bola no galho mais alto e se volta para mim quando chego até eles. Eu a puxo pela nuca, dando-lhe um beijo suave na boca. Ela enrola um braço imediatamente em minha cintura, sorrindo contra meus lábios.


-Você está ficando boa nisso, Sra. Bicalho. — sussurro, provocando-a. Seus olhos cintilam com o brilho perverso que adoro. — Quem diria que a CEO durona da GB iria pegar gosto por montar árvores de Natal, hein?


Seu indicador sobe para o meu rosto, delineando minha face e sua expressão enternece.


-A CEO durona teve a sorte de encontrar um anjo pelo caminho. — murmura e meus olhos voltam a arder. — Um lindo anjo que faria rever alguns conceitos.


-Amor... — eu digo, emocionada, e me estico, dando mais um beijo reverente em sua boca.

-Mamãe, vem ajudar! — Theo puxa a barra do meu short.

-Azudar, mamãe! — Soso endossa, fazendo-nos rir dos nossos pequenos.

-Eu amo você. — sussurro contra a sua boca. — Amo tudo que me deu. Amo cada dia mais, não há limites para tudo que me faz sentir. Como isso é possível? Como consegue me fazer te amar mais a cada novo dia?

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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