Eu quero você também

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POV RAFA

Eu ofego, a luta escoando lentamente do meu corpo. Os olhos castanhos estão me encarando de perto, intrusivos nos meus, me fazendo toda quente. Seus cabelos caem a nossa volta como se fosse uma cortina. Minha calcinha está toda ensopada pela moagem punitiva que está fazendo.

Meus seios estão duros, tesos e estou lutando para resistir à vontade de esfregá-los contra os seios dela.

A sugestão de um sorriso cínico curva a boca de Gizelly. Ela sabe como me afeta fisicamente.

Isso me lembra da conversa com Monica. Ela disse que suas bravatas não duravam muito com Carlos. Exatamente como eu. Bufo desgostosa. Gizelly continua me encarando intensamente. Há uma mistura estranha, fria e quente em seu olhar. Não sei como consegue. Não dá para ler essa mulher. Sua expressão é inescrutável e isso me frustra. De uma coisa tenho certeza, porém: ela gosta do sexo comigo. Ficou transtornada quando encontrou o Leo me beijando. Deus, o idiota é muito atrevido, me pegou de surpresa. E depois, quando bati de frente e disse que não íamos ter sexo, a mulher ficou ainda mais transtornada.

-Por que se importa de outro ter me beijado? Você nem ao menos me beija. — Minha voz sai como um choramingo ressentido e me recrimino imediatamente. — Me trata como uma prostituta, apenas me monta como um animal. — bufo. — Até mesmo os animais são mais atenciosos com suas fêmeas. Eles as lambem...

-Eu lambo você. — Seus olhos são levemente divertidos agora. — Aprecio essa parte, muito. Você tem um gosto delicioso, baby.

Mói perversamente direto em meu clitóris, me fazendo gemer lamentosa. Seu olhar cai para a minha boca de novo e eu latejo, desejando insanamente que me beije. Choramingo, ofegando de boca aberta com cada esfregar do seu membro duro em meu centro. Tenho certeza de que posso gozar apenas assim. Então, ela me choca quando lambe a minha boca. Uma lambida úmida e erótica. Gizelly solta um gemido longo, parecendo apreciar o meu gosto e enfia a mão livre em meus cabelos da nuca, arqueando minha cabeça, angulando minha boca. Eu mio, abandonando a promessa de me manter fria e passo a moer contra ela, erguendo meus quadris. Cedo à luxúria. Ela geme rouca, aprovando minha entrega.

-O que há com você? — murmura com rudeza contra a minha boca, os olhos castanhos perfurando-me, me olhando como se eu fosse um enigma para ela. Parece uma pergunta retórica, então, não respondo. — Por que me deixa tão doida assim? — puxa meus cabelos, eu gemo chorosa, arfante, expectante. Estou a ponto de implorar, quando ela finalmente mergulha a boca na minha.

Oh, Deus... Ela está me beijando. Eu gemo, um som desesperado e ela também. Nossas bocas se abrem uma na outra e nossas línguas se encontram, se lambendo. Todo o meu corpo convulsiona com esse prazer que antes me fora negado. Meu coração bate tão forte que fico tonta. Um rosnado vibra dos seus lábios para os meus e sua boca toma a minha mais firme, me possuindo, devorando. Chupa a minha língua com força, me fazendo gemer lascivamente, assustando a mim mesma pela minha entrega e devassidão. Gizelly solta meus pulsos, sua mão vindo para o seio direito, enchendo na carne, amassando delicioso, forte, do jeito que estou começando a apreciar. Puxa o bico, a picada de dor se misturando ao prazer. Sinto a quentura familiar se espalhando em minha barriga. Vou gozar e ela nem me penetrou.

-Gizelly... — Gemo seu nome, correndo minhas mãos pelos seus ombros, delirando pela maciez da pele quente e sedosa.

-Rafaella... — geme rouca de volta e eu me rendo definitivamente ao redemoinho de emoções extasiantes que essa mulher me faz sentir. Deixo-a invadir minha boca mais e mais, comendo-me como se estivesse morrendo de fome e eu fosse a sua refeição. Suga, mordisca meus lábios, minha língua, lambe cada recanto da minha boca e recomeça tudo de novo. Estamos arfando, sem fôlego, mas, nenhuma de nós quer parar, nos agarrando, esfregando. — Preciso estar dentro de você. Não me impeça, por favor. 

A bailarina Onde histórias criam vida. Descubra agora