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Charlotte pode escutar algumas vozes ao seu redor, relutando em abrir os olhos por alguns instantes antes que resmungasse e apertasse seu rosto com ambas as mãos, se levantando aos poucos até que foi parada por alguém.
– Oh céus, você acordou!.- Megan murmurou enquanto a segurava com cuidado, checando sua testa com uma de suas mãos.- Você está fervendo!
Aos poucos, sua visão voltou a funcionar normalmente e logo pode observar que estava cercada por suas irmãs, a observando com cuidado enquanto cochichavam entre si. Tentava se questionar de como parou ali sendo que estava na floresta, suas memórias voltaram a tona de tudo que havia acontecido naquele lugar, coçando a garganta ao tombar sua cabeça para o lado e observar Charlie parado com os braços cruzados contra o batente da porta. Seu rosto estava escuro e mal conseguia ver sua expressão mas poderia imaginar que não era das boas e em cena, parecia até um encosto para Charlotte, que se ajeitou na cama e se virou para irmã Megan.
– Charlie te encontrou no meio da floresta, sozinha. Disse que te ouviu pedindo socorro e seguiu seus rastros...- Megan dizia tão baixo para que tomasse cuidado com o volume de sua voz, tentando não incomodar a mesma.- E te achou desacordada no começo da floresta, o que estava fazendo lá? Quase me matou de susto Charlotte.
Se sentiu repreendida pela primeira vez pela mulher, se encolhendo contra a cama enquanto voltava a cobrir seu corpo com o cobertor, se virando para observar novamente o padre que ainda permanecia silencioso e sereno.
– Eu não me lembro.- Mentiu para a mesma, a verdade é que além de lhe faltar coragem, mal sabia como explicar para uma dúzia de freiras que seu padre a estava perseguindo floresta a dentro enquanto dizia versículos em voz alta e a teria arruinado lá mesmo.- Acho que escutei alguém e quis ajudar.
Megan acreditava em sua irmã, sabia que tinha um coração gentil e caridoso e logo se pôs a levantar e tentar expulsar o máximo de irmãs possíveis do quarto, andando até a pequena pia para que segurasse um pano e o pressionasse contra a testa de Charlotte, que a esfriava lentamente por conta da água. Se virou para observar que o Padre ainda estava lá e logo se virou para ver Megan, concordando com a cabeça como resposta.
– Por favor, descanse um pouco enquanto pego mais toalhas, ok?.- Lotte balançou a cabeça concordando e logo observou a imagem de Megan desaparecer pela porta.
E de repente apenas os dois estavam naquele quarto.
Seus olhos se cruzaram e se fixaram um no outro como se ambos procurassem respostas mas Charlie parecia confiante, parecia interpretar muito bem na sua mente e batucou os dedos contra a cama fria em que se encontrava.
– Você estava lá, o que fez comigo?.- Balburdiou enquanto se ajeitava, suspirando baixo ao sentir uma repentina dor em seus braços, seu corpo inteiro estava cansado por conta da tempestade.
– Sim, te achei e lhe trouxe de volta.- Disse simplista.
– Não! Não, você estava dentro da floresta me caçando! Como se eu fosse um animal!.- Disse um pouco mais alto até perceber que o maior estava se aproximando lentamente.
– Charlotte, está com febre e sua mente não está muito boa. Deveria descansar para amanhã lembrarmos juntos como aconteceu, não consigo acreditar que saiu correndo pela porta para ajudar alguém nesse clima tão perigoso...
Se sentiu frustada novamente, não era um sonho ou ilusão, o cinismo e falta de noção do homem acabava com ela enquanto se levantava aos poucos. Ao tentar passar pela porta, padre Charlie apoiou ambas as mãos contra aquelas soleiras e não ousou permitir que a garota saísse dali.
– Sonhando coisas indecentes, Charlotte? Cuidado com estes sonhos, são os mais perigosos para uma garota tão pura como você.- Por um segundo, pode sentir certa ironia em seu tom de voz, se aproximando aos poucos do rosto da garota que se tornou imóvel por um tempo.
Aos poucos, criou coragem para passar ao lado do seu corpo e saiu correndo entre os corredores. Tudo em sua cabeça parecia ter sido embaralhado e arremessado para algum lugar e seus pensamentos lhe guiaram para incerteza. Ao chegar em seu quarto, se deitou na cama e suspirou fundo, tombando a cabeça para o lado enquanto estranhava sentir algumas dores em seus pulsos, os observou com a fraca luz que emanava das velas e pode perceber que seus pulsos estavam bem avermelhados.
Se lembrou imediatamente de Charlie os segurando acima de sua cabeça contra a árvore, sentia que iria quebrar seus ossos com tanta força que havia posto contra sua pele. Suspirou fundo e esfregou seu dedão contra o machucado, se questionando sobre inúmeras coisas. Apenas naquele breve momento, teve certeza de que nada foi um sonho e o pior de tudo...
Se sentiu aliviada.
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Boa noite!!
Primeiramente gostaria de agradecer a todos pois chegamos nas mil visualizações em Devour!! 🤌🏻 Tudo graças a vocês, safadas que devoraram os capítulos e estão pedindo por mais, tanto as silenciosas que leram e não tem coragem de pedir mais no público por vergonha! Estou de olho em vocês e com a minha bíblia ao lado hein.