BôNuS

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Flamengo x Palmeiras

Erick Pulgar
📍|Casa da Família Pulgar

Três anos se passaram, e a vida ao lado de Ramilly, Erick e nossa pequena Elena era tudo que eu jamais imaginei. Erick, agora com cinco anos, era um menino cheio de energia, esperto e sempre querendo saber mais sobre tudo, especialmente sobre futebol. Já Elena, com seus três anos, era a definição de alegria. Pequena, mas com uma personalidade forte, ela enchia a casa de risadas e, muitas vezes, de travessuras.

Aquela manhã era especial. Eu tinha tirado o dia de folga, e Ramilly havia planejado um piquenique em família. Chegamos ao parque, e a primeira coisa que Erick fez foi correr na frente, carregando a bola de futebol, enquanto Elena seguia atrás, tentando acompanhar o irmão. Ramilly e eu nos entre olhamos e rimos, o coração cheio de orgulho e amor.

Papai! Vamos jogar! — Erick gritou, já posicionado com a bola aos pés, cheio de entusiasmo.

Dei uma olhada para Ramilly, que assentiu com um sorriso. Coloquei Elena no chão, e ela, tentando imitar o irmão, tentou chutar a bola também. A cena era perfeita, um momento que eu gostaria de congelar para sempre.

Enquanto jogávamos, Ramilly espalhou a toalha e começou a arrumar as comidas. Logo nos chamou para comer, e os pequenos correram em sua direção, famintos. Nos sentamos juntos, e eu segurei a mão de Ramilly por um momento, apreciando aquela simplicidade que fazia cada instante valer a pena.

Vocês estão felizes? — perguntei, olhando para as crianças.

Erick sorriu e acenou com a cabeça, já mastigando um sanduíche.

Muito! Eu amo nossa família! — respondeu, e Elena, mesmo com a boca cheia, tentou imitar o irmão, fazendo-nos rir.

A tarde passou tranquila, e ao final do piquenique, nos deitamos na grama, observando o céu. Ramilly estava deitada ao meu lado, e as crianças, já exaustas, estavam aninhadas entre nós. Senti-me completo, como se cada sacrifício, cada momento difícil e cada decisão nos tivesse levado exatamente aonde deveríamos estar.

Sabia que você me faz a pessoa mais feliz do mundo? — murmurei para Ramilly, sem desviar os olhos do céu.

Ela virou o rosto para mim, um brilho de amor e cumplicidade nos olhos.

E você me faz a mais realizada, Pulgar. Obrigada por construir tudo isso comigo.

Abracei-a com força, e enquanto olhava para nossa família, percebi que minha jornada com eles era tudo que eu poderia querer.
Ramilly

Eu estava nervosa. Na verdade, eu sempre fico ansiosa antes dos jogos, mas hoje era diferente. Flamengo e Corinthians, uma partida decisiva, e toda a torcida estava em peso. Eu, Erick e Elena estávamos no Maracanã, rodeados por uma energia que só o estádio em dia de clássico consegue ter.

O jogo começou intenso. Corinthians, com a bola nos primeiros minutos, tentava sufocar o Flamengo. Mas, como sempre, nosso time estava firme, segurando o ataque. Eu não desgrudava os olhos do campo, sentindo o coração disparar cada vez que o Corinthians avançava. Erick, do meu lado, já tinha os olhinhos grudados no gramado, e Elena, embora meio perdida, batia palmas com a empolgação de quem já ama o futebol.

E, aos 20 minutos, o primeiro gol. Corinthians abriu o placar, e o estádio silenciou por um momento, seguido por murmúrios de frustração da torcida rubro-negra. Eu fechei os olhos, tentando manter a calma, mas quando olhei para baixo, vi o olhar determinado de Erick. Ele parecia confiante, como se soubesse que o pai dele faria alguma coisa para virar o jogo.

Aos 30 minutos, Flamengo começou a reagir. Em uma jogada rápida, a bola foi de pé em pé até chegar ao Gabigol, que, com um toque sutil e preciso, acertou o canto do gol. O estádio veio abaixo, e Erick pulava de alegria ao meu lado, gritando o nome de Gabigol, seu herói.

O jogo continuou tenso, o Corinthians voltou a marcar logo no começo do segundo tempo, mas a esperança não desapareceu. Eu sabia que o Flamengo tinha força para virar.

E foi então, aos 75 minutos, que o momento mais emocionante aconteceu. Pulgar pegou a bola na intermediária. Eu sabia que ele não era de se arriscar tanto ao ataque, mas aquele era um jogo diferente. Com uma tranquilidade impressionante, ele avançou, driblando um adversário e, antes de qualquer um reagir, soltou um chute poderoso de fora da área.

A bola viajou, e parecia que o tempo parou. Ela balançou as redes, e o estádio explodiu em gritos. Foi o gol do empate, o gol de Pulgar! Eu me levantei, gritando e chorando ao mesmo tempo, enquanto Erick e Elena pulavam e gritavam “Papai!” como se estivessem em uma festa.

Faltando poucos minutos para o fim do jogo, o Flamengo manteve a pressão, com a torcida gritando cada vez mais forte. E, aos 88 minutos, veio o gol da vitória, em uma jogada espetacular de Bruno Henrique, que deixou a defesa do Corinthians para trás e marcou o terceiro gol, selando a vitória.

O apito final soou, e Flamengo venceu: 3 a 2. Erick estava eufórico, e Elena abraçava a camisa do pai como se fosse um troféu. O Pulgar, ao final, olhou para a arquibancada, e nossos olhares se cruzaram. Ele apontou para mim e para as crianças, e naquele momento, nada mais importava. A vitória era nossa, e a celebração em família, com nossos corações unidos pelo amor e pela paixão ao Flamengo, era a maior conquista.

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→ Amo vocês 💗
→ beijinho de Luz 🤍
→ Horário de postagem: toda semana vou postar 1/2 capítulos

>•°*Grávida de um jogador*.°•★Onde histórias criam vida. Descubra agora