𝐆𝐑𝐀𝐕𝐄 | COVA
Uma nova fase da vida dos jovens de Beacon Hills estava se iniciando, após toda a confusão com a família de Allison e com Jackson, os adolescentes sobrenaturais estavam prontos para os novos desafios.
Mas eles não esperavam que a...
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A GAROTINHA de olhos azuis sempre chamou atenção por onde passava, desde pequenina Eva encantava todos a sua volta, até mesmo pessoas amarguradas e frias acabavam caindo no encanto natural da loira.
Mas o que ninguém que olhava para aqueles olhos brilhantes e aquele sorriso cativante sabiam, era como a infância da Finstock havia sido extremamente perturbada. Eva Anastasia Finstock nem sempre foi teve o sobrenome Finstock em sua identidade.
Eva cresceu em um ambiente extremamente agressivo, ela não foi um bebê desejado, na verdade, foi um quase aborto que deu errado, a garota acabou nascendo prematura, o que trouxe mais ódio de seus pais para si, eles não queriam lidar com o "problema" que o bebê era.
Assim que sua mãe biológica teve alta do hospital, a mulher fugiu sem ao menos se despedir do marido, não que ele merecesse, mas com certeza aquilo mexeu ainda mais com a cabeça dele, quando o homem foi buscar sua esposa no hospital, já planejando abandonar o bebê e fugir com a sua "amada", Dylan teve uma grande surpresa ao ver policiais procurando pela mãe do bebê recém nascido que estava entubado, alegando desaparecimento.
Jessica havia fugido, deixado tudo para trás, e então, Dylan ficou sem para aonde fugir, sem nenhuma escolha, o homem foi obrigado a assumir a sua paternidade.
Então o pesadelo começou.
Durante a sua infância, Eva foi levada pelo conselho tutelar inúmeras vezes, ainda mesmo quando era um bebê. Sempre a encontravam desidratada e com fome, as vezes vomitada e sempre suja, Dylan nem sequer a olhava, e quando a olhava, era para gritar.
— Sua criança idiota! Pare de berrar nos meus ouvidos. — isso só fazia o bebê recém nascido chorar mais.
Aos quatro anos de idade de Eva, as agressões começaram, no início, eram apenas puxões de cabelo e tapas no rosto. Eva, com seus cabelos naturalmente ondulados e olhos brilhantes esperançosos, dizia para si mesma que seu pai só estava estressado pelo trabalho.
— Ele te ama Eva, só está estressado, papai te ama. — ela sussurrava para si mesma, geralmente após ser trancada em seu quarto.
Tudo em Eva estressava Dylan, até mesmo a voz da pequena garota, mas o que mais o deixava bravo era quando ela perguntava sobre sua mãe. Porra, Eva não entendia, e como ele poderia culpa-la dessa forma? Ela tinha quatro anos e não sabia quem era sua mãe ou aonde ela estava.
Eva ia raras vezes na creche local da cidade, mas quando ia, ouvia todos seus colegas falarem sobre suas mães, a garotinha obviamente ficava curiosa, sonhando em saber o que era ter uma família de verdade. Ela sabia que a sua não era normal, e mesmo com seu pouco conhecimento sobre a vida, a loira sentia que nunca nada seria normal para si.
Aos seus seis anos, a escola de Eva alertou o conselho tutelar — mais uma vez — a criança quase nunca ia para o local de ensino, e quando ia, sempre tinha machucados pelo corpo, coisa que as professoras sempre alertavam para a diretoria. Mas naquela vez, Eva ficou três semanas seguidas inteiras sem pisar na escola, e também sem pisar para fora de seu quarto.
Mais uma vez, seu pai a bateu, já fazia um tempo – uns anos – que as agressões haviam evoluído para um nível mais preocupante ainda.
Mesmo com todo o sofrimento que passava, Eva agradecia Dylan internamente por esperar a loira crescer, os jornais sempre relatavam bebês recém nascidos sendo mortos, e ela sentia sortuda por ele ter esperado o "amadurecimento" da loira. Era quase como se ela se esquecesse que tinha apenas seis anos de idade.
E então, finalmente o conselho tutelar e alguns policiais invadiram a casa de Dylan, quando a porta de entrada foi arrombada, o homem de meia idade estava no bar com alguns colegas.
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— Eva! Você esta aí? — a conselheira gritou, tomando cuidado para não assustar a criança enquanto batia de leve na porta trancada de seu quarto.
A loira estava encolhida no canto do quarto, tinha acabado de acordar de mais um desmaio, estava chorando, porra, ela estava chorando desde que foi trancada ali, seu corpo inteiro estava doendo, tinha sangue seco em seu rosto, sua barriga tinha inúmeros roxos, seu nariz provavelmente estava fora do lugar e seu olho direito também estava roxo.
A garota não conseguiu responder, estava exausta, não se lembrava a quanto tempo estava ali, tinha se perdido nas contas, mas sabia que fazia muito tempo, ela nem se lembrava mais da sensação de beber um gole d'água.
O silêncio prevaleceu, então a porta finalmente foi arrombada, e então, Eva foi resgatada, dessa vez, sem chance alguma de voltar para aquele pesadelo de casa.
Eles prenderam Dylan, Eva viu o pai de sangue pela última vez aquele dia, ele gritava a xingando enquanto era arrastado até a viatura pelos policiais. Ele prometia vingança. Mas Eva sequer teve reação, apenas observou a cena enquanto era levada até um abrigo. – desmaiando novamente no carro –
A advogada pública de seu caso estava começando a ficar preocupada, desde que Eva tinha sido resgatada, a garota não dizia nada. Pulava de abrigo em abrigo pela super lotação, e mesmo assim, nenhuma palavra saía de sua boca, ela comia pouco, mas pelo menos comia, bebia muita água, como se tivesse passado anos no deserto, mas não falava, nem sequer abria a boca.
E então, mais um abrigo lotou, e Eva foi transferida para o orfanato de Beacon Hills.
E foi lá aonde ela achou sua salvação.
Bobby Finstock era apenas um treinador de Lacrosae, um homem cheio de sarcasmo e totalmente sozinho, ele foi obrigado a ir visitar o orfanato juntamente com os funcionários da escola de Beacon Hills para um projeto de caridade, e então, quando percebeu, já estava ensinando a garotinha mais baixa entre as crianças a jogar lacrosse.
Ele se encantou pela doçura de Eva, ela demonstrou tanto interesse em lacrosse, que Bobby desconfiou, brincou e se divertiu com tão pouco, encantando absolutamente todos que passavam por eles.
Quando ele voltou para dentro do orfanato, deixando Eva com uma das monitoras do local, a diretora do orfanato o contou a história trágica da vida da pequena garota, e então, na outra semana, Bobby foi visita-la novamente, como se fosse sua obrigação, nem ele entendia como aquele afeto tinha nascido tão de repente.
— Ela gosta mesmo de você, não tinha dito nenhuma palavra desde que acharam ela machucada em casa. — Bobby ouviu aquilo da advogada do caso de Eva atentamente.
Eva se apegou rapidamente ao homem mais velho, ela nunca tinha se divertido assim com seu pai de sangue, na verdade, ela nunca nem tinha trocado tantas palavras com seu pai como trocou com Bobby — e eles só tinham se visto duas vezes. –
Foi tão natural, que quando o Finstock percebeu, já estava assinando os papéis de adoção após inúmeras visitas, ele arrumou tudo em sua casa, e então, Eva finalmente tinha um lar verdadeiro.