Confissões à Luz da Lua
Os dias passavam em Tempest com uma sensação de tranquilidade. Rimuru e Veldora, após a batalha, passaram a dividir mais momentos juntos, e suas conversas se tornaram cada vez mais íntimas. A ligação do juramento de sangue parecia tornar suas emoções mais intensas, e a presença um do outro era quase necessária para o equilíbrio de ambos.
Numa noite tranquila, enquanto Tempest dormia sob a luz suave da lua cheia, Rimuru e Veldora decidiram caminhar pelo jardim do castelo. A brisa era suave e o aroma das flores preenchia o ar.
Rimuru olhou para o céu estrelado, respirando fundo. "Há algo tranquilizante nas noites assim, não acha, Veldora?"
Veldora sorriu, concordando. "É verdade, Rimuru. E é ainda melhor quando estou ao seu lado. Nunca pensei que sentiria algo assim... mas é como se as coisas tivessem finalmente encontrado seu lugar."
Rimuru sentiu o coração bater mais rápido com as palavras de Veldora. Ele sabia que seus sentimentos pelo dragão eram profundos, mas as palavras de Veldora confirmavam que ambos compartilhavam algo especial.
"Veldora," Rimuru começou, a voz hesitante, "você se lembra daquele juramento que fizemos? Sobre estarmos sempre juntos?"
"Claro que me lembro," Veldora respondeu, olhando para Rimuru com uma expressão intensa. "Aquela promessa... ela é a coisa mais importante para mim agora. Não apenas como um pacto de amizade ou lealdade... mas algo maior."
Rimuru se aproximou, respirando fundo. "Eu sinto o mesmo, Veldora. É estranho... Nunca pensei que pudesse me sentir tão conectado a alguém. Quando estou com você, parece que tudo é possível."
Veldora sorriu e, com um gesto cuidadoso, estendeu a mão, entrelaçando os dedos com os de Rimuru. "Rimuru, você é a razão pela qual eu quero lutar, pelo qual quero proteger Tempest... e você me ensinou a entender essa coisa que chamamos de... amor."
Rimuru sentiu seu coração acelerar ao ouvir aquela palavra. Ele não sabia ao certo como responder, mas as emoções eram claras em seu rosto. Apertando a mão de Veldora com mais força, ele olhou nos olhos do dragão, os próprios olhos brilhando à luz da lua.
"Veldora... eu... eu também sinto isso. Você é mais do que um amigo, mais do que um companheiro. Eu confio em você como nunca confiei em ninguém. Estar ao seu lado é onde quero estar."
Veldora, tocado pela sinceridade de Rimuru, se aproximou e o puxou para um abraço. Eles ficaram ali, abraçados sob as estrelas, o calor da conexão entre eles preenchendo o vazio que ambos sentiam em suas vidas. O tempo parecia parar, e apenas o som de suas respirações e do vento os envolvia.
"Rimuru," Veldora murmurou suavemente, "não importa o que aconteça, eu sempre estarei com você. Nunca deixe que alguém o faça duvidar de si mesmo... porque eu, mais do que ninguém, sei o quanto você é especial."
Rimuru fechou os olhos, se permitindo afundar naquele abraço reconfortante. "Obrigada, Veldora. Com você ao meu lado, sinto que posso enfrentar qualquer coisa."
Eles permaneceram ali por mais alguns instantes, sentindo o coração um do outro, até que, lentamente, se afastaram, ainda com as mãos entrelaçadas. Ambos sabiam que aquele momento havia selado algo muito mais profundo que uma promessa. Era uma ligação eterna, de confiança, companheirismo e amor.
No dia seguinte, notícias chegaram de uma antiga relíquia escondida numa caverna mística nas terras distantes. Diziam que a relíquia poderia amplificar poderes de quem a possuísse, e Rimuru sabia que, se caísse em mãos erradas, poderia ser um grande risco para Tempest. Ele e Veldora decidiram partir juntos em uma jornada para garantir que a relíquia não representasse perigo.
Veldora estava entusiasmado. "Finalmente, uma nova aventura! Espero que tenha monstros pelo caminho," ele disse com um sorriso travesso.
Rimuru riu. "Eu sei que você adora uma boa luta, mas precisamos ser cuidadosos. Se essa relíquia é mesmo tão poderosa, talvez tenha guardiões."
Enquanto viajavam, os dois compartilhavam histórias e planos para o futuro de Tempest. A jornada era longa, mas cada momento juntos parecia tornar o caminho mais leve.
Durante a noite, acamparam ao lado de um riacho, onde o som suave da água os envolvia. Sentados lado a lado, aquecidos pela fogueira, começaram a conversar sobre o que fariam com a relíquia, caso a encontrassem.
"Se for tão poderosa quanto dizem," Veldora começou, "poderíamos usá-la para proteger Tempest."
Rimuru assentiu, mas ficou pensativo. "Sim... mas poder é uma coisa complicada. Não quero que ninguém, nem nós, seja corrompido por ele."
Veldora riu. "Sempre tão sensato, Rimuru. É por isso que eu confio tanto em você. Você sabe equilibrar força e compaixão."
Rimuru sorriu e, inesperadamente, segurou a mão de Veldora. "E você é minha força, Veldora. Juntos, podemos encontrar a melhor maneira de usar essa relíquia, se for o caso."
A proximidade deles era evidente, e os sentimentos se tornavam cada vez mais claros. A jornada ainda estava no início, mas ambos sentiam que, qualquer que fosse o desafio que encontrassem, eles enfrentariam juntos.
No amanhecer do dia seguinte, Rimuru e Veldora chegaram à entrada da caverna mística. O ar era pesado, e uma sensação de energia mágica emanava das profundezas.
Rimuru olhou para Veldora, com um olhar determinado. "Pronto para o que quer que esteja lá dentro?"
Veldora sorriu confiante. "Com você ao meu lado, estou pronto para qualquer coisa."
A caverna era escura e misteriosa, mas a presença de Veldora ao lado de Rimuru era um conforto constante. Em um determinado ponto, a caverna se abriu em um grande salão onde uma esfera de luz flutuava, pulsando com uma energia poderosa – a relíquia.
No entanto, assim que se aproximaram, a relíquia começou a emitir uma luz intensa, e figuras fantasmagóricas surgiram ao redor deles, como guardiões dispostos a proteger o tesouro.
"Isso vai ser interessante," Veldora murmurou, se preparando para lutar.
"Sim, mas vamos com calma," Rimuru respondeu. "Esses guardiões podem ter habilidades que não conhecemos."
A batalha que se seguiu foi intensa. Rimuru e Veldora lutavam lado a lado, protegendo um ao outro com precisão e habilidade. Cada ataque dos guardiões era enfrentado com a força e a estratégia que só eles dois, juntos, possuíam.
Depois de um combate árduo, os guardiões foram derrotados. Exaustos, eles se aproximaram da relíquia, ainda brilhando intensamente.
Rimuru olhou para Veldora e sorriu. "Conseguimos. E tudo graças a você, Veldora."
Veldora colocou a mão no ombro de Rimuru. "Não. Conseguimos juntos, como sempre."
Eles tocaram a relíquia juntos, e naquele instante, uma sensação de poder e paz os envolveu, como se sua conexão fosse fortalecida ainda mais. Sentiam que, com aquele vínculo, não havia nada que não pudessem conquistar.
Com a relíquia em segurança, decidiram retornar a Tempest. Sabiam que sua jornada como líderes e protetores do reino estava apenas começando, mas ambos estavam prontos para o que viesse, porque tinham um ao outro.
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Tempestade de Sentimentos
Fiksi PenggemarSinopse: Desde que Rimuru libertou Veldora do selo, o relacionamento entre eles se tornou cada vez mais próximo. Veldora é desajeitado, impetuoso e, às vezes, inconsequente, mas é inegável que seu carisma e lealdade fazem Rimuru sentir algo diferent...