Capítulo 6

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Após a derrota do netuniano, Angélica e Nidalee finalmente se recuperaram e se levantarem da areia. Nidalee limpou o seu rosto e seus olhos, que ainda estavam lambuzados de suor, com as mãos e Angélica tentou arrumar o seu cabelo que ainda estava todo arrepiado da melhor forma que conseguiu, juntos eles partiram para fora da orla da praia, atravessaram a rua, que ainda estava deserta, e seguiram em direção a casa.

Ao entrarem em casa, Angélica e Nidalee foram recebidos por Bianca e Júlia que estavam muito assustadas e preocupadas. Júlia abraçou Angélica pela cintura e Bianca se aproximou rapidamente de Nidalee com os olhos arregalados, aterrorizados. Ela virou o rosto do menino para os lados, analisando-o, depois ergueu os braços deles e analisou-os também, como se estivesse procurando algum machucado ou algo assim. Nidalee achou aquele comportamento de Bianca um tanto estranho, mas decidiu não falar nada a respeito. Desde quando ele tinha chegado ao planeta Terra e mostrado os seus poderes a ela e para suas irmãs, Bianca nunca tinha demonstrado muito interesse nele, na verdade ela havia ficado mais assustada com ele do que surpresa e empolgada, assim como Angélica e Julia haviam ficado.

No entanto, Nidalee também pensou que, assim como Angélica, Bianca também era uma pessoa muito amável e cuidadosa. No começo, quando ambos se conheceram, ela só tinha ficado um pouco assustada com o fato dele ser um marciano e ter poderes, mas, provavelmente, à medida que o tempo foi passando, ela pode ter percebido o relacionamento de Nidalee com Angélica e Julia e deduzido que o menino não parecia ser alguém perigoso, só diferente.

— Vocês estão bem? Ouvimos uns barulhos de explosões vindo da praia e também ouvimos e vimos uma multidão de banhistas correndo pela orla e pela rua desesperados gritando algo sobre tubarões no mar. — Disse Bianca para a irmã e para o marciano.

— Está tudo bem agora, Bia. Não precisa se preocupar. — Angélica respondeu.

— Mas o que aconteceu? Tinha mesmo um tubarão na praia? — Júlia perguntou, olhando para a irmã e para o menino. Nidalee percebeu que ela estava tremendo bastante, seus olhos estavam arregalados e seu queixo tremia sem parar. “Seja lá como for esse monstro chamado “tubarão” ele deve ser bem aterrorizante!” — Nidalee pensou enquanto observava a pequena irmã de Angélica com medo. “Nunca vi a Júlia assim antes.”

Nidalee foi em direção a garotinha, ajoelhou na frente dela e respondeu com o sorriso mais reconfortante que conseguiu:

— Ei, está tudo bem agora, ok? Não precisa ficar com medo.

— Tem certeza, Nidalee? E se aquele tubarão vier me pegar? — Júlia perguntou ao menino enquanto se escondia atrás de Angélica.

— Bem, se aquele tubarão tentar pegá-la, ele terá que passar por mim e por sua irmã primeiro. — Nidalee respondeu, sorrindo para a garotinha e depois olhando de relance para cima em direção a Angélica e sorrindo para ela também. Angélica sorriu de volta.

Depois dessas pequenas palavras, Júlia respirou fundo e saiu detrás de Angélica, agora se sentindo um pouco mais corajosa. Nidalee lançou um último sorriso para a garotinha, colocou sua mão suavemente na cabeça dela e depois se levantou do chão. Após isso, Angélica e Nidalee conversaram um pouco mais com Bianca até que decidiram seguir para seus quartos, a fim de tomarem um banho, vestirem roupas novas e depois almoçarem, e foi isso que fizeram.

Enquanto seguiam lado a lado pelo corredor até a cozinha e depois viravam à esquerda em direção ao corredor dos quartos, Angélica olhou para o lado, em direção ao Nidalee, surpresa ao vê-lo levar a mão até a boca e espirrar.

— Está tudo bem, querido? — Ela perguntou a ele, levemente preocupada.

— Sim, sim, está tudo bem. Por quê? — Nidalee respondeu, limpando a mão no short e olhou para a sua esquerda em direção a amiga.

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⏰ Última atualização: Nov 02 ⏰

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