001 - Para Sr Blythe com Amor

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Os meses passaram, e passaram de forma rápida para uns, e demoradas para outros, Antony havia aprendido a aproveitar mais a própria companhia sem a companhia de Gilbert, claro que ele sentia falta do garoto, mas, ele entendia que o próprio tinha que tirar um tempo para si, enfrentar o luto e viver histórias boas para serem contadas aos próximos, e a Antony também.

O próprio ruivo esperava ansioso todos os dias por uma nova carta de Gilbert contando sobre suas viagens e como estava a vida no navio, na última ele foi para um lugar frio, Antony teve suas bochechas doendo por longas horas depois de ler uma das cartas, e essa foi a primeira vez em que deixou uma fornada de biscoitos queimar, sua tia o lembrará disso tantas vezes que essa foi a única e última vez que isso aconteceu, agora ele lia as cartas ao lado do forno.

Já fazem mais de oito meses desde sua despedida e a escolha feita por Gilbert de viver antes de decidir aonde pertence, nesses meses longe um do outro algumas coisas mudaram para melhor, Antony conseguiu uma amiga preciosa e encantadora, a garota de cabelos ruivos que sempre tem histórias encantadoras e criativas, e ele conseguiu se tornar digno, na visão das meninas, de participar do clube de escrita que elas já possuíam.

E por ser amigo da jovem Anne, ele conseguiu uma informação de extrema valiosidade.

- AQUI TEM OURO!? - Antony falou um pouco alto de mais enquanto estava no quintal da casa de sua tia alimentando os cavalos, e Anne o seguia atrás dele tampando sua boca quando sua voz saiu alta de mais.

- Não grite, ainda não sei o que fazer com essa informação, eu conto a todos ou deixo ele resolver tudo por conta própria, mas, é uma informação valiosa de mais, e sobre a terra de nossas pessoas.

- Isso é um dilema moral gigantesco, o bem de todos, mas o homem iria perder o emprego, além de que o lucro vai para a empresa não é?

- Sim! E isso que está me angustiando por dentro, e como se eu estivesse amarrada as pedras na beirada de uma cachoeira que me mataria na queda. Então eu morro afogada, ou caio da cachoeira.

- Ou você pode sobreviver a queda, Anne se você está com dúvida, conte para alguém de confiança.

- Eu contei pra você.

- Um adulto, é a minha tia não conta, se ela dissesse que há ouro em Avonlea ninguém acreditaria nela. - Antony explica e logo após terminar de alimentar os cavalos, ele aproveitou a distração deles para começar a escovar seu pelo volumoso.

- Para quem eu conto?

- Alguém em quem confie, Marilla, Mattew, alias você não deveria entregar esses bolinhos para a Senhora Lynde também? - Ela arregala os olhos e se despede de Antony com um abraço e corre para estrada, em direção a casa da mulher.

O que Antony não advinharia era que a pessoa para que Anne confiaria esse gigantesco segredo era a própria senhorita Lynde, e em pouquissimas horas todos da comunidade ficaram sabendo sobre o ouro. Quando a notícia chegou através de sua tia, que pulava empolgada com a novidade, ele se sentiu mal em dizer a ela que já sabia, então atuou como se estivesse surpreso.

Os dois Valantine pularam animadamente pela pela cozinha, cantando uma música inventada na hora "ouro, ourinho, ouro no meu bolsinho..."

E com as horas passadas e o céu já escuro, uma reunião foi convocada para todos os moradores, e Marta foi chamada, vestiu uma manta de frio e rodeou o sobrinho com seu casaco roxo e o cachecol que havia tricotando a mais de oito meses junto com o de Gilbert, ela o levou com ele para a reunião.

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⏰ Última atualização: 3 hours ago ⏰

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Because I love you! - Gilbert BlytheOnde histórias criam vida. Descubra agora