Desde a morte de seus pais, Antony Valantine tinha ficado mais tímido ainda, para ser sincero, sempre foi o garoto mais tímido de sua família, com seus irmãos todos já adultos e casados, não havia espaço para ele, então o primogênito dos Valantine o...
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Hoje é o meu primeiro dia de aula, mesmo não querendo ver aquele garoto sem noção novamente, pego meu casaco roxo por cima de meu colete marrom e calças da mesma cor, segurando livros e um caderno amarrados em uma bolsa lateral grande, e arrumo meus cabelos do jeito que minha mãe costumava fazer, dando volume aos pequenos cachos, e o cachecol lilás que foi uma das poucas coisas que o incêndio deixou passar.
— Já comeu alguma coisa? Sabe o caminho? Eu comprei tudo da lista? Está nervoso? Se estiver não precisa ir...
— Tia, estou bem. — Como mais uma fatia da torta de ontem a noite, e um copo de chá em seus últimos goles, a ruiva ao meu lado acaricia suavemente meus cabelos, e deixa um beijo em minha testa.
— Qualquer problema, independente da situação, se sentir que precisa de um tempo, volte para casa que assumirei a responsabilidade sobre tudo.
— Vou ficar bem. — Ela finalmente parou de despejar palavras de preocupação e me abraçou, abriu a porta para mim desejou um bom dia de aula, ir a aula assim e um tanto repentino, mas e necessário, no mundo atual, os estudos fazem diferença.
Tive sorte de chegar aqui em uma sexta-feira, tive o fim de semana para descansar, minha tia foi a cidade comprar meus matérias no dia seguinte, e ela me levou junto para que eu pudesse escolher, garanto que foi mais divertido do pensava, ela me disse que eu devo estar avançado na matéria deles, mas eu não apostaria nisso, e hoje segunda-feira, e oficialmente o meu primeiro dia de aula na nova escola.
Caminho pela estrada, está ficando cada dia mais cheia de folhas caídas, o inverno está cada vez mais perto, quanto mais iria demorar para nevar? Gosto do frio, e excelente para dormir e ficar no aconchego de casa.
Logo após um conjunto de árvores, estava uma construção, pintada de branco com salas que dividiam a escola em turmas para os mais novos e mais velhos, e no meio das crianças e adolescentes conversando e brincando estava eu, tentado a ir embora assim que chego perto o suficiente para não ser reconhecido como um morador.
Alguns minutos depois de sua chegada, o sino tocou, todos entraram rapidamente em suas salas, e acabei sendo arrastado pelo estudantes no qual imaginei serem de minh turma, eles já tinham seus lugares de costume, e eu fiquei em pé, na porta de entrada da sala, apertando minha bolsa com os dedos até os nos deles ficarem brancos.
— Você deve ser um aluno novo, venha aqui na frente e se apresente para a turma. — Uma voz masculina ecoa em minha mente, uma que gostaria de ser mentira mas não era, por isso não gosto de apresentações de início.
Mas eu não quero chamar mais atenção do que estou chamando, então caminho até o lado do professor, ainda com os nos dos dedos brancos, talvez minha voz esteja tremendo, mas espero que seja o frio.
— Diga seu nome. — Por um momento, eu pensei que podia ouvir as chamas de novo, mas era apenas a lareira queimando suas brasas, me lembro dos policiais pedindo para que eu dissesse meu nome, como uma frase comum pode me trazer lembranças tão terríveis.
