Leblon
25/02/24 - segunda
Park JiminJá havia passado uma semana desde a minha discussão com o Jeon e, pasmem, foi a pior semana da minha vida. Eu nunca achei que algumas palavras mudariam meus pensamentos tão rápido. Além disso, nunca imaginava que o peso do arrependimento era tão grande.
Em toda a minha vida, eu sempre tive o que queria. Nunca me faltou "nada" em questão de bem materiais, porque, em outros requisitos, me faltava tudo.
Eu sempre fui uma criança que, até então, não se importava com nada. Qualquer coisa preenchia meu vazio. Até o começo da minha adolescência, onde eu caí na real, dinheiro, roupas caras, eletrônicos caros, nada disso, nada mesmo, podia preencher meu vazio. Eram só objetos insignificantes.
Tudo o que eu realmente queria naquela época era um pouco de atenção dos meus pais. Então, eu tentei tudo, me destaquei como melhor aluno, entrei no time de basquete da escola, comecei a fazer curso para "futuramente" administrar a empresa do meu pai. Eu tentei absolutamente tudo.
Por um tempo, meus pais até se mostraram felizes, mas depois só ignoraram como se fosse nada, e aquilo me deixava frustrado e irritado.
Com o tempo, eu só decidi parar de querer impressioná-los e foquei em mim. Eu achava que estava indo pelo caminho certo até acabar com minha vida.
No primeiro ano do ensino médio, eu decidi entrar em uma das melhores escolas de Seul. Meus pais me apoiaram, mas, no fundo, eu sabia que eles nem se importavam. Nos primeiros meses, tudo ocorreu bem, até um certo grupo de garotos começar a pegar no meu pé.
Eu sempre ignorei, até o dia em que cheguei ao meu limite. Naquele dia, eu estava estudando normalmente até que um dos garotos chegou e começou a zombar de mim, falando da minha aparência e do meu corpo. Eu até tentei me segurar, mas, de repente, eu perdi o controle. Perdi o controle por uma coisa pequena, uma palavra, um olhar.
Pareceu que algo explodiu dentro de mim. Eu não conseguia me segurar. Fiquei totalmente cego pela raiva. E agredi meu colega de classe até ele ficar irreconhecível.
Depois que tudo passou, eu olhei para o que fiz e só consegui sentir culpa. Fiquei pensando no que as pessoas ao meu redor estavam pensando sobre mim.
Mas não só as pessoas, como também os meus pais. Eles ficaram muito decepcionados com o que fiz e imediatamente me mandaram para um internato. O que não ajudou, pois eu tinha constantes crises de raiva. Elas eram inevitáveis. Sem saída, meus pais resolveram me passar em uma psicoterapeuta, o que me ajudou um pouco.
Ela me examinou e os resultados não foram muito bons. Eu descobri que sofro de transtorno explosivo intermitente. É uma condição psicológica que consiste em constantes explosões de raiva e comportamentos agressivos. Pessoas com essa condição não conseguem controlar seus impulsos violentos e descontam sua frustração em objetos ou em outras pessoas.
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Mergulhei nos seus olhos [JJK + PJM]
Fiksi Penggemar[EM ANDAMENTO] 🇧🇷 No Rio de Janeiro, Park Jimin, um talentoso fotógrafo sul-coreano, busca recomeçar sua vida longe das pressões e expectativas que deixou na Coreia do Sul. Ele sonha com uma vida tranquila, mas carrega um transtorno interno que am...