A Garota Do Bar - CaitVi

Old Fashioned

pois é, voltei!
e voltei no pior momento possível, amanhã tem ENEM

mas semana que vem ter ARCANE AAA
dia 9 de novembro estarei indisponível, surtando e morrendo (se elas não ficarem juntas, eu vou explodir a Riot)

enfim, fiquem com esse gostinho antes da serie lançar

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Se Caitlyn dissesse para sua eu do passado que um dia estaria seminua no sofá de um estoque de um bar qualquer de Londres, com seu corpo entrelaçado com o de uma bartender, ela provavelmente teria uma crise de riso.

Mas bom, olha onde ela estava. Já poderia começar a fazer Stand-Up?

Caitlyn estava lá, residindo ao lado de Violet e acariciando sua pele, seus braços ao redor de seu pescoço, suas pernas sobre as dela. E ela adorava isso, não poderia mentir, adorava a mão da rosada em sua cintura despida, adorava aquele olhar que se prendia no seu como um perfeito encaixe de um quebra-cabeça, simplesmente adorava tudo sobre ela. E esperava que Violet adorasse tudo sobre si também.

Mas não poderia ter tanta certeza. Depois de certo tempo entre beijos e coisas a mais, seus corpos finalmente se deram por satisfeitos, entregando-se um ao outro. Elas se deitaram naquele sofá de couro preto espaçoso, juntas, para suprir o frio que parecia refletir em todo lugar, mesmo que todas as portas e janelas estivessem fechadas.

Desde então, Violet mantinha um olhar perdido em qualquer ponto do estoque que não fosse a Kiramman. Às vezes, seus olhares se esbarravam inevitavelmente e, quando isso acontecia, a bartender apenas tirava a azulada do alcance de suas pupilas, ora desviando o olhar, ora fechando os olhos.

E Caitlyn estava odiando ser evitada, principalmente depois do que tinham acabado de fazer naquelas quatro paredes. Nesse tempo um tanto constrangedor em que estava sendo ignorada, decorou todos os traços do rosto de Violet (o piercing no nariz, a tatuagem na bochecha, o risco na sobrancelha, a cicatriz na boca, os olhos que agora parecia cinzas demais e os padrões de pintas pela sua pele). Também lembrava-se de traçar seu próprio nome com os dedos no tecido do top que cobria as costas da rosada inúmeras vezes.

Bom, para ser novamente o centro da atenção da bartender, precisava iniciar com uma conversa. Foi o que concluiu e o que fez, direta:

— No que está pensando? — ela pergunta, finalmente fisgando os olhos da rosada. Violet lhe encara por alguns instantes e, como já tinha virado costume, fecha os olhos. Caitlyn sobe e desce a mão pelo braço esculpido da outra, encorajando-a a responder.

— Que sou uma grande idiota — e sorri levemente, as sobrancelhas franzidas.

Caitlyn piscou algumas vezes, confusa. A frase saiu com tanta honestidade que parecia até mesmo uma confissão, e a Kiramman não soube o que responder. Demora alguns segundos para esboçar alguma reação, cogitando o que poderia fazer Violet se sentir daquela forma.

— Você não é uma idiota, Vi — ela diz, acariciando a bochecha da bartender com a mão livre. Seus dedos passam pela sua icônica tatuagem, antes de separarem a franja que caia por seus rosto. A de cabelos rosas abre os olhos, que agora parecem mais azuis do que nunca, e não os desvia dos da Kiramman dessa vez — Por que acha isso?

Há alguns segundos de silêncio. A bartender respira fundo, os ombros caindo como se segurasse o peso do mundo, e parece estar muito incomodada com alguma coisa. Então, o toque na cintura de Caitlyn se torna mais forte.

— Porque estou apaixonada por alguém que não posso ter

E uma flecha acerta o coração de Caitlyn em cheio. Violet estava apaixonada por ela?