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— O CONSELHO está decidido, meu Senhor. — um dos vampiros ergueu a voz. — Não devemos combater mais os Imortais, pelo menos até que todos os homens estejam devidamente treinados e...
— Não me lembro de ter pedido a sua opinião. — Félix, sentado sob uma das cadeiras, com uma perna apoiada sob a outra, usando os trajes cerimoniais, olhou para o outro homem. — Se lembro bem, temos guerreiros prontos para essa guerra.
— Os Imortais estão cada vez mais se fortalecendo. O sangue deles... Yeonjun estudou cada passo, cada gota... Estão poderosos demais. Temo um massacre. — ele respondeu.
— E por que teremos medo? Olhe para nós, para nossos filhos e filhas. Eles estão prontos para nos servir em nossa grande fortaleza. Enxergo que não temos nada a temer.
— Não tem um filho na linha de frente para poder temer.
— Seu filho se voluntariou, Woobin. — Félix o encarou, as íris ficando mais claras. — Me lembro bem de como ele veio até mim e pediu para participar dos guerreiros. Deveria ter orgulho de seu filho ter herdado o dom e a vontade de seus antepassados.
O conselho composto por diversos vampiros — entre homens e mulheres — estava em profundo silêncio. Apenas alguns observavam a pitoresca discussão entre Lord Woobin, um dos vampiros mais antigos da cúpula, e Félix, que apesar da pouca idade de um jovem vampiro, era mais poderoso do que qualquer um que estava ali.
— O senhor está certo. — uma das mulheres, com pele branca como leite e olhos escuros ergueu-se. — Perdi uma filha contra os Imortais. Mas não posso negar de como ela fez um bom trabalho enquanto guerreira.
Woobin deu de ombros.
— Se preferirem assim, não posso acatar. Mas temo pelo único filho que me resta.
— Pode conversar com ele se desejar, Woobin. — a mulher disse. — Mas não inclua os outros guerreiros nessa pauta. Se recuarmos, será mais do que nosso fim. Já estamos em menor número, não precisamos de mais um massacre como aconteceu em 1950. Quer que eu lembre como foi ou sua memória está fresca o suficiente para se lembrar do cheiro de sangue espalhado nessa mansão?
Woobin se calou. A mulher também. Félix suspirou.
— Se não temos mais nada a falar...
— Soube de humanos presentes na mansão. — a mulher voltou a falar. — Senhor, não temos muitos humanos há décadas.
Félix mordeu o lábio.
— Certamente, há um humano aqui sim.
— Eu não falei no singular. — ela respondeu. — Sei que o dever de um humano ao entregar a sua humanidade e se juntar a nós é um ato nobre e sagaz, mas não quero parecer impertinente e comentar que alguns não sabem ficar calados perante grandes segredos como os nossos.