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A CARRUAGEM parecia escondida atrás da névoa densa de Paris. O galope dos cavalos misturava-se com o piar da coruja e com o som da rua quase vazia, com apenas alguns cavalheiros saindo de bordéis e damas noturnas que ofereciam seus serviços.
Hyeonsu abraçou o corpo de Félix. Quente e perfumado, eles estavam se sentindo apaixonados cada vez mais. Com um pouco de gosto, Hyeonsu beijou os cabelos sedosos e macios de seu amado.
— Félix. — ele o chamou. — Chegamos.
Ele bocejou. Sorrindo, esfregou seus olhos e tentou acostumar-se com o cheiro fétido das ruas.
— Hmm, podemos ir para uma estalagem? Por favor, eu preciso dormir em algo confortável.
— Pensei que poderíamos explorar as catacumbas...
— Hyeonsu, está muito tarde. — ele procurou o relógio de bolso. — Devemos só descansar por enquanto. Eu ainda desejo comer algo na casa de um amigo.
Hyeonsu pegou o caderno de couro. Com as riscas ditas e feitas, ele leu o que estava escrito.
— Tudo bem. — ele respondeu. — Descansamos hoje e amanhã partimos para as catacumbas.
— Acha mesmo que tem algo lá? — Félix escutou o ressoar dos cavalos. — Hyeonsu, e se for uma tolice de péssimo gosto de teu amigo?
— Só vamos saber quando chegarmos lá, meu amor. — ele beijou sua mão. — Mas se algo acontecer, saiba que quero que fique bem e vivo.
— Ora, não diga parvalhices. Não irá acontecer nada, a não ser uma tolice que vai nos fazer voltar para Seul de mãos vazias.
A carruagem parou em frente a um pequeno bordel com quartos disponíveis. O lacaio desceu e abriu a porta para ambos que desceram e se instalaram em um pequeno quarto. Naquela noite, eles se amaram mais uma vez, em doces contatos, até que finalmente dormiram. Félix sentiu seu coração apertar enquanto se encolhia dentro dos braços de Hyeonsu. Não queria ir para as catacumbas, não queria saber o que aqueles dizeres significavam. Só queria voltar para sua casa e ficar com Hyeonsu por dias e noites a fio, apenas se amando e procurando meios de escapar de dúvidas e perguntas de pessoas desconhecidas.
Mas agora, estava em um lugar que não queria, com aquela situação esquisita. Quando Hyeonsu dormiu, ele saiu da cama e foi olhar para o caderno de couro sob a mesa.
