Capítulo 30

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Autora ama vocês <3

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Ao mesmo tempo que tudo parecia estar em um completo vazio, aquela presença parecia a esmagar quando queria. Para falar a verdade, você sentia tudo ao mesmo tempo que não tinha o controle do que voltava. 
Além de sua alma estar em um completo vazio naquele momento, era como se algo a tivesse atingido pelo menos três vezes, se suas lágrimas pudessem descer do seu rosto naquele momento para expressar alguma dor, provavelmente seus olhos estariam transbordando. 

Eu tenho que resistir, eu prometi que iria voltar...eu vou resistir. —Era o que repetia diversas vezes em sua mente, principalmente quando parecia faltar tipo de fôlego. Tudo o que precisava era se manter acordada. 

Realmente, você não sabia o que estava acontecendo lá fora, mas sabia o que a mantinha acordada.

Aquele sorriso bobo ao mesmo tempo que irritante, era tão inocente a maneira que ele segurava a sua mão quando a puxava para qualquer lugar. 
Vocês viviam em uma cidade pequena, então foi fácil para que Yuuji encontrasse o seu endereço e desde desse dia, ele a buscava na porta. 
E se o seu avô fechasse a porta na cara dele, Yuuji ia para a lateral do quintal onde havia aquela cerca com jardim suspenso que havia mais mato do que flores, assim ele subia pelo o telhado e entrava pela a janela que você nunca trancava. Talvez tenha trancado só para o ver com raiva ou desesperado por um momento.

Uma coisa você tinha certeza, com a janela trancada ou não, ele sempre esteve lá. 
Como você estava lá por ele, apenas esperando para que aquele sorriso bobo e irritante, por um breve instante a fizesse sorrir quando tudo parecia apenas não existir dentro de você. 
Mas ele existia e o seu coração, como aquela janela, estava sempre esperando o ver para ficar acelerado e você lembrar de sua breve existência.
Mesmo que o seu corpo estivesse queimado, mesmo que seu corpo estivesse dolorido por aquelas sessões de tortura ou treino com aquele monstro, mesmo não podendo contar para a pessoa que mais confiava, ele parecia saber e entender o quanto precisava dele.

Mais uma vez o seu corpo pareceu atingido, mais uma vez a sua alma pareceu novamente sentir tudo e por um instante tudo ficou vazio. Talvez fosse o vazio em seu peito que tanto evitava, aquele vazio que estava preenchido por pessoas que você amava. Não apenas o Yuuji, não mais.

O vazio.

Não, apenas se concentre. Você não está vazia.

Novamente, aquelas lembranças voltaram a correr pela a sua mente como memórias rápidas de um filme, mesmo que parecesse estar acabando a fita e você precisasse rebobinar.
Era de se invejar toda a leveza e inocência que aqueles olhos castanhos carregavam, você queria que seus olhos carregassem o mesmo. Era de se invejar a maneira que Yuuji sorria e automaticamente sorria com o olhar, como se sorrisse por vocês dois. 
Ele sempre elogiava as covinhas que tinha nas bochechas, talvez para a deixar vermelha de uma forma que mesmo que tentasse esconder, acabava sorrindo ainda mais.

Sorrisos, risadas...

Havia um lugar favorito em seu peito, você apenas não sabia o motivo de gostar tanto daquele balanço e ele sempre e encontrava lá quando tentava fugir. Era o seu lugar, o lugar de vocês dois, por ser onde a vida ou até destino tenham os unido.

Era um local que ficavam até o sol ficar alaranjado e quase vermelho, o avô do Yuuji sempre o buscava e as vezes você fingia que alguém também ia buscá-la. Ele a olhava como pudesse ver a mentira em seu coração, você era apenas uma criança que queria ser buscada.
Não havia ninguém.

Ele não era apenas avô do Yuuji, por um momento suas mãos estavam em algumas fatias de pão enquanto montava sanduíches e ele estava cozinhando atrás de você dando instruções para os dois de como poderiam cozinhar aquele prato, como rechear um sanduíche e depois preparava o que ia comer no dia seguinte, até você começar a fazer a sua própria comida e levar para ele.
Mesmo que ele não sorrisse, foi como se estivesse orgulhoso de uma neta.

Seria aquela a Nami que o Yuuji tanto falava que conhecia? 
Então, por quê você não reconhecia aquela menina que pela a primeira vez parecia ser tão inocente e sorridente.

Aquela era apenas uma parte sua, o seu lado preferido da corda que a dividia.
Seria o monstro que muitos enxergavam e que as vezes dominava o seu corpo? 
Era como se não fossem a mesma pessoa.

Não era apenas os seus cabelos que ficavam cinzas quando aqueles sentimentos invadiam o seu peito, era como um lobo focando naquela única caça enquanto se satisfazia para talvez sentir algo. Até o ar possuía um cheiro diferente, como um verdadeiro predador.
Você era uma arma.

Tudo o que queria era se tornar a mais forte, para o matar e finalmente esquecer que o seu lado sem vida apenas adormecesse, mas ele estava certo, talvez gostasse de se sentir daquela forma.
Talvez por ter sido jogada tantas vezes no chão, talvez por ter chorado de dor, talvez por se contorcer tantas vezes pelos inúmeros esgotamentos do seu corpo, alguém deveria pagar por aquilo.
Quem fizesse o seu mundo ficar daquele jeito deveria pagar, para que pudesse ter paz e finalmente se entregar à aquele sorriso. 
Naquele mundo, não existia sorrisos.
Apenas dor e mais dor.
Apenas dor, morte e ódio.
Tudo o que você era feita ou pensava que era.

A escuridão a puxa mais uma vez por aquela corda bamba que se equilibrava, mas houve uma força maior que a segurou. 

A mesma força que colocou em suas pernas depois daquele treino que a fez correr para a casa do Yuuji, você estava toda suja de sangue com hematomas por todo o seu corpo, tudo doía e cada gota daquela chuva que caía em sua pele fazia tudo arder.

Não havia tempo para explicar assim que começou a chover ainda mais forte e suas pernas apenas sabiam correr, talvez o mais rápido que pudesse enquanto tinha a visão totalmente embaçada. 
Corra, apenas corra. 

Naquele dia você descobriu quantas quadras Yuuji andava só para ir até você, ao mesmo tempo que era perto era longe. Aquela fala nunca fez tanto sentido.

Finalmente, seu corpo apenas descansa na varanda da casa do Yuuji, suas últimas forças consegue com que bata levemente na porta para que ele abrisse e a pegasse no colo em desespero.
Novamente, ele havia a salvado.

-O box estourou e eu estava sozinha-
Nem você acreditaria naquela mentira, principalmente por seu corpo não estar com cortes e sim queimaduras que contornavam os seus braços e algumas feridas que nenhuma faca abriria daquela forma.

Ele apenas a enfaixou como um todo e lhe deu roupas quentes, não pediu nenhuma explicação por apenas querer que você ficasse bem, pouco importa daquelas roupas terem ficado repletas de sangue. 
Yuuji não era alguém que pedia explicações, ele apenas queria que ficasse bem. Fique bem.
Era o seu porto seguro e ele mais uma vez a salvou, talvez por isso queria o proteger tanto...alguém que a salvou diversas vezes.
Ele não sabia, mas você devia a vida a ele. 
Ele a salvou, mil vezes.

Me perdoa, Yuuji.

Me perdoe, Megumi. Me perdoe, Nobara. Me perdoe, Maki. Me perdoe, Panda. Me perdoe, Inumaki. Me perdoe, Sr. Itadori. Me perdoe, Sr. Yaga. Me perdoe, Shoko. Me perdoe, Sensei Gojo. 

Vocês valem a pena, queria apenas me despedir de todos e não consegui.
Só espero que...por favor, me desculpem.

O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? — Aquela voz tenta a derrubar mais uma vez, não havia mais tanto poder. —VOCÊ NÃO DEVERIA ESTAR RESISTINDO, APENAS MORRA.

—Eu não vou deixar você vencer, eu posso morrer junto mas vou te levar comigo. —A sua voz parecia ter mais vida, você não estava mais mergulhada naquelas trevas enquanto finalmente conseguia ver o seu Sensei através dos seus olhos, ele pareceu a reconhecer. Você soltou um leve sorriso enquanto sentia seus olhos ficarem com lágrimas. —Por favor, apenas cuide dele. 

Aquele selamento com as mãos, você apenas fechou os olhos e aceitou a luz roxa parecer invadir tudo. Mesmo que por um momento, tenha visto o sol estar alaranjado.
Você estava em paz, pelo menos...era o que pensava.

...

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⏰ Última atualização: Nov 12 ⏰

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A Sweet Dream [ Yuuji Itadori]Onde histórias criam vida. Descubra agora