Vivian Barbosa
São Paulo-Oi. - Ele falou assim que abri a porta.
-Oi. - Repeti não contendo o sorriso no meu rosto.
Garro me puxou pela cintura e me abraçou com força enfiando a cara no meu pescoço e inspirando meu cheiro.
Eu era menor que ele, porque apesar dele ser mais baixo do que os outros jogadores, ainda assim era um cara com mais de 1.70 e eu tinha meus humildes 1.62.
Ri contra seu peito.
-Eu estava com saudades. - Falei e ele resmungou.
-Desculpe não ter vindo ontem. - Respondeu.
-Como está Felipe? - Fechei a porta atrás de nós.
-Bem. - Falou. - A verdad é que...penso que Mili armou aquilo, ela sabia que yo sairia.
Me joguei no sofá o encarando.
-É sério? - Perguntei e ele assentiu.
-Felipe estava completamente bem.
-Mas ela sabe que você...
-Ela desconfia. - Ele me puxou pra si.
-Não gosto disso. - Falei sentindo meus ombros tensos.
-Ei. - Ele virou meu rosto pra ele. - Yo voy a cuidar disso. - Fiquei calada. -Posso te fazer una pergunta?
-Uhum. - Concordei.
-Você tem...mais alguém? - Abri a boca pra responder algumas vezes mas não o fiz.
O que eu poderia responder?
"Tenho sim, seu amigo Yuri Alberto" ou "eu dei pro seu amigo, mas já passou foi uma vez, ele estava nesse mesmo sofá ontem mas não aconteceu nada eu juro!"
Ele colocou o cabelo atrás da minha orelha.
-Não dessa...não dessa forma. - Apontei pra nós dois. -O que temos é especial.
-Mas então existe alguém. - Ele constatou.
Avaliei sua expressão por um momento, mas ele não parecia chateado com isso.
-Não está bravo? - Perguntei e ele franziu a testa.
-Não. - Negou com a cabeça. - Que moral yo tengo? Moro con la minha ex y não posso te assumir do jeito que merece. Creo que para cobrar fidelidade de você, eu teria que... você sabe, estar devidamente soltero.
É, ele tinha razão. Afinal de contas ele era casado, querendo ou não.
-Pero...no quer dicir que no fico puto com a ideia de outro tocando você. - Torci a boca tentando conter um sorriso.
Ver ele com ciúmes de mim foi mais satisfatório do que eu imaginei.
-Não é desse jeito Rodri. - Falei tentando amenizar.
Ele olhou pras flores no canto da sala e sorriu.
-Gostou? - Nitidamente ele estava mudando de assunto.
-Eu amei. - Falei agarrando seu pescoço.
-Bueno. - Sorriu satisfeito. - O que faremos hoy?
-Que tal começar tirando essa camisa? - Sugeri e ele gargalhou.
Sorrindo daquele jeito ele conseguiria o que quisesse de mim. Se me proposse assaltar um banco, com aquele sorriso ele me convenceria.
-Que foi? - Ele perguntou notando que eu o encarava.
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TENTATION - YURI ALBERTO I RODRIGO GARRO
FanfictionDeus sabe o quanto eu me arrependo de ter me metido em toda essa bagunça.