Girassol • SasuNaru•

22

A noite Sasuke levava Naruto nas costas até o quarto do loiro.

—vou preparar seu banho.

—Sasuke...

—que?

—eu não quero mais te incomodar tanto, vou pedir ao meu pai que contrate um enfermeiro ou uma enfermeira pra cuidar de mim.

—não!!!

—vai ser melhor pra você...

—o melhor pra mim é ao seu lado.

—você vai mal no colégio, perde noites comigo de graça.

—não é de graça, estar com você é tudo que preciso pra viver!

Naruto brilha os olhos, Sasuke segura suas delicadas mãos com unhas coloridas.

—eu te amo Naruto, te amo como nunca amei ninguém.

—...eu também te amo Sasuke, desde criança... por quê está falando isso novamente? —Naruto sorri sem muito entusiasmo.

—não falo desse amor, falo de amor de casal!

—você é... gay?

—isso não vem ao caso.

—Sasuke nós somos irmãos...

—não, não somos e você sabe disso!

—eu estou muito confuso...

—não quer ter algo comigo porque sou filho de um assassino.

—não Sá! Eu não ligo pra o seu pai nem de onde você veio... eu... eu acho que te amo dessa forma.

Sasuke sorri.

—enfrenta tudo comigo e vamos viver esse amor que é tão forte.

—... nossos pais nunca aceitarão.

—eu enfrento eles e o mundo por você loirinho.

Deidara estava na periferia, ele havia se perdido. Um homem de cabelos vermelhos com piercings no rosto de aproxima.

—um riquinho Parmalat burguesinho aqui na comunidade. Veio olhar pra zombar com seus amigos?

—eu... eu...

—roupa de marca, quanto custou essa calça?

—...234 mil...

—quê?!!! Deu um preço de uma casa numa calça?!

—me deixa ir embora por favor.

—me dê o relógio! A corrente anda!! A pulseirinha! O tênis e o celular,rápido!!

—é IPhone...

—deixa quieto me dê a calça!

—o que?

—está surdo moleque?! Quero a calça!!

Deidara com lágrimas nos olhos tira sua calça jeans bege.

—se contar que me viu, já sabe!

O homem sai com os pertences de Deidara.

Deidara usava uma cueca boxer branca com estrelinhas pretas.

—olha que coisa fofa...

—bundinha em forma em...

—Kakuzu! Hidan! Deixem ele em paz!

—calma Obito, estávamos brincando.

—vaza!!

Eles saem rindo e Deidara posicionava sua mão sobre a cueca na frente.

—quem fez isso com você?

—não sei...

—como ele era?

—... não me lembro.

—vem até minha casa...

Deidara sem muita escolha acompanha Obito.

Eles entram numa casa humilde amarela e branca.

Deidara se senta no sofá e Obito lhe entrega um copo de água.

—onde mora?

—no condomínio pedra de rubi.

—não brinca!

—por que eu brincaria?

—esse é o segundo condomínio mais luxuoso do Japão!

—eu sei o primeiro é o do pai do Sasuke.

—quem é Sasuke?

—meu irmão adotivo.

—o que faz aqui? Aqui não é lugar pra você loirinho.

Deidara chora com as mãos no rosto.

—ei... o que foi?

—estou cansado da minha vida, vontade de não voltar mais pra casa, vontade de morrer!

—calma, está muito nervoso.

—eu tenho que ir.

—vou te dar uma bermuda moletom, não pode andar de cueca por aí.

—hi! —Deidara enfim sorri.

—a propósito, qual seu nome?

—Deidara Uzuamaki.

—que bonito nome, eu me chamo Obito Uchiha.

—Uchiha... eu adoro esse sobrenome, acho bonito..

—eu queria ser Uchiha da família mais rica do país haha!!

—ser rico não é isso tudo.

—diz isso porque nunca passou fome.

—posso parecer ingrato e mesquinho mas se exigido dos pais para ser perfeito é tão... cruel.

—você tem uma dor tão profunda, posso ver através dos seus olhos azuis.

—você foi o único que percebeu isso...

—eu sou bem observador.

—tenho que ir, eu vou chamar um táxi.

—espera! —Obito pega uma caneta e anota seu telefone na mão do Uzumaki.

—ligue pra mim sempre que precisar.

Deidara sorri e sai da casa, Obito o acompanha até o ponto de táxi.

—tenha uma boa noite, playboyzinho...

Deidara entra no carro e segue para sua casa, ele sorri todo caminho olhando o número de telefone de Obito.

—baka!

Ele chega sorridente em casa.

—filho vem jantar! —sua mãe, na mesa, o chama.

—vou lavar as mãos!

Ino desce as escadas olhando seu celular.

—o que tem hoje?

—paella.

Naruto beijava Sasuke no quarto.

—Sasuke a porta não está trancada!

—eles vão saber de qualquer forma.

—você vai contar?!

—vamos...