Porque Comigo? | Bern: Bluestone

⁰⁰⁶| Um falso amor 🥀

⁰⁰⁶| ūM fäL§ø ÅmŌr

(Bern On 🫐 )

Eu ouvi o meu irmão falar as inúmeras formas que ele queria matar o loiro, e eu tive que tentar acalmar ele, a noite inteira.

  Eu estava sentado no Balanço da árvore de cerejeira que ficava no meio do vale, pensando em como eu poderia ter evitado inúmeras brigas, discussões e guerras, eu pensava em como todo dia eu queria ser diferente, eu olhava para as flores de cerejeira que caim das folhas da árvore, até que eu percebo que uma delas caiu no focinho de algum bicho e quando eu olho para baixo, percebo que é o carioquinha, o Pet do Feuripe.

B:  faz quanto tempo você tá aqui carioquinha? – eu perguntava pro pet enquanto fazia carinho na testa do guaxinim, mesmo sabendo que ele não iria me responder.

??: a gente chegou aqui quase agora. – ouço uma voz familiar e quando olho para cima estava o meu “melhor amigo”, Feuripe.

B: ah é você. – eu encarei o Loiro de cima a baixo e me levanto do balanço me afastando da árvore de cerejeira.

F: Espera Bern, eu tenho que falar um negócio com você. – o Loiro amarrou o pet em uma cerca e começou a me seguir.

B: eu não quero ouvir uma palavra saindo da sua boca Feuripe. – eu disse me afastando mais do loiro.

F: você nem me deixou explicar, você tá chateado por ontem não é? Eu sei eu te magoei, desculpa tá? Mas agora é sério, eu tenho que falar com você!

B: se for essa sua pena “tão importante” pega ela logo. – eu disse soltando a pena no chão.

F: não é isso Bern! Para de ficar fugindo de mim, você tá agindo igual uma criança mimada! – o Loiro disse agarrando o meu braço.

B: agora eu sou a criança mimada? Se não fosse por você eu tinha que ficar com um corte enorme no meu rosto por uma coisa que eu não tinha nada aver! Faz um favor Feuripe, para de falar comigo, você só me irrita falando praticamente gritando mesmo sabendo que eu odeio barulhos altos, você só vive atrás de mim fazendo eu me ferir por você!– eu disse irritado olhando pra cara do garoto com um tom bem mais alto que o normal.

F: tá bom... Desculpa então. – o Loiro soltou o meu braço e saiu com uma cara de choro indo pegar o seu pet.

  Eu percebi o peso das minhas palavras e vi que era tarde demais, ele já tinha ido embora, eu não queria ter dito aquilo... Sério, qual meu problema? Só falta eu ter conseguido perder o meu melhor amigo. Eu não aguento mais tudo que eu tento fazer dar errado, nada mais da certo, porque eu sempre tenho que estragar tudo? Porque eu sempre tenho que afastar as pessoas que eu amo? Porque eu sou todo estanho? Porque tudo isso tá acontecendo comigo? Porque Comigo?

Eu só queria ir pra minha casa deitar na minha cama, talvez se eu não saísse mais de lá nada mais de ruim ia acontecer.

Bg: BAHHH GURI, TUDO BÃO? BORA UM CHURRAS? – eu estava quase chorando quando escuto a voz do Bonigon, eu limpei meu rosto para fingir que estava tudo bem, mesmo não estando.

B: Oi Bonigon, quanto tempo.. eu to bem sim, e você?

Bg: BAHH, como não ficar bem com churras? Vai ser aqui no meio do Vale as 16:00 horas, topa? – o Gaúcho me deu um papel.

B: eu acho melhor eu ficar em casa – eu disse pegando o papel.

Bg: bahh, Bora guri vai ser bom, vai estar todo mundo lá.

B: todo mundo? Tipo, todo mundo mesmo?

Bg: sim, quem negaria um churras? – ele olhou pra minha cara por alguns segundos. – tirando você.