Capítulo Dois

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Depois de vermos Luan, descemos até o carro para guardar nossas malas. Ajudei mamãe a leva as suas para o seu quarto que ficava no segundo andar, depois ela me ajudou com as minhas no terceiro.

Meu quarto era a primeira porta a direta, que dava direto a vista da floresta. Deixei sair um suspiro quando vi a vista que teria, as janelas de vidro me dava a bela vista da floresta  escura me causando uma sensação de conforto e medo ao mesmo tempo . Eu gostei dessa sensação,como se não soubesse o que tem, mas gostasse do que o quer que fosse.

As paredes eram brancas com quadros de flores,a cama de solteiro estava com um conjunto de flor rosinhas no quarto em si havia uma escrivaninha, uma cômoda e uma mesinha. Eu amei, achei tudo a minha cara, a tia me conhecia.

Guardei minha roupas na cômoda, e arrumei meus pertences na mesinha, depois tomei um banho já aproveitando para deixar meus pertences de higiene no banheiro. Me troquei e veto um pijama confortável, já sentia o cheiro do macarrão.

Já no andar de baixo, nós três estávamos limpas e com os pratos em mãos. Decidimos assitir um filme de romance clichê para relembrar os velhos tempos. Luan acordou e a dinda babona como sou já logo pegou no colo e o mimou.

Já era tarde e o filme acabou e fomos para o nosso quarto, confesso que fiquei com um pouco de medo de dormir naquele andar sozinha. Mas não sou uma bebezinha para ter medo. 

Liguei a luz do corredor,  e fechei a porta. Abri um pouco a janela para o frio do começo do inverno entrar trazendo o cheiro úmido para dentro do quarto. Eu gostava desse friozinho, deitei na minha cama e me cobri com o edredom grande sentindo o calor me invadir, peguei no sono logo em seguida.

Acordei sentindo algo doer dentro de mim, era estranho essa dor, algo me incomodava, era incerto. Doía muito, mas eu não sabia o que era, meu coração apertava dentro de mim. Vi um vulto passar por debaixo do vão dá porta. Levantei correndo da cama e liguei a luz do quarto.

Abri a porta e não tinha nada ali, levantei meu olhar e vi um moço de costas. Deve ser algum dos filhos do Kaio. Suas costas eram largas e seus cabelos lisos e pretos. Muito pretos.

Era estranho, mas a sensação antes parecia sumir e um conforto crescer dentro de mim. Isso é engraçado, como as sensações do meu corpo mudou tão rápido.

– Oi. – Eu disse, minha voz saindo um pouco fina e baixa de mais. – Sou Lyla, filha da amiga da Aline.

Agora falei alto o suficiente para que ele consiga ouvir.

Mesmo assim o moço não se virou, ele continuou parado de frente a última porta do corredor. O segui até ele, e enquanto me aproximava a sensação aumentava, estava tudo certo e o que sentia antes nem existia mais.

– Por favor, pare. – Uma voz grave soou,me assustei e recuei um passo para trás.

– Tudo bem, vou voltar pro meu quarto agora. – Dei as costas, voltando pro meu quarto tranquei a porta. Que cara estranho, eu só queria me apresentar.

Tentei voltar a dormir, mas infelizmente a sensação de conforto não era a predominante e meu coração se apertava, não aguenta do chorei para dormir e eu nem sabia da onde estava vindo isso.

Mas doía muito.

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