Não pude conhecer Kaio no casamento da minha tia, mas finalmente conheci o homem que a levou para morar no meio do mato. Descobri que o moço de cabelos pretos se chama Kai e é o filho mais velho de Kaio.
Tem Kian também, o mais novo ele tem dezoito anos e parece ser tão homem quanto seu irmão e pai. Achei engraçado todos começarem com a letra K, mas o Luan com a letra L. Me senti homenageada indiretamente.
Jantamos animado conversando e contando histórias de memórias feliz. Kai ficava no topo da mesa em silêncio, as vezes ele ria de algum comentário de alguém, mas permanecia sempre em silêncio. Diferente do seu irmão que faltava subir no teto com um megafone para poder falar.
Pela ironia, eu me sentei perto de Kai, e ainda bem pois não queria que o sentimento voltasse. Estava me sentindo o maior bem com ele ali do meu lado, eu até poderia amar aquilo.
Kaio era posturado, do outro lado da mesa, ele mantinha a conversa animada e tranquila, controlando o seu filho do meio de não se extrapolar em assuntos e cuidando de Luan quando Aline precisava comer, ele acariciava sua mulher e deixava ela confortável assim como busca confortar eu e minha mãe.
Foi um jantar agradável, e quando todos estavam levantando para ir dormir fiquei responsável de arrumar a mesa e colocar os pratos na lava louças.
Todos subiram e esperava que Kai também fosse, mas ele continuou no seu lugar.
Olhei confusa para ele, esperando que ele me disse algo, mas apenas levantou e começou a a recolher os pratos.
– Pode deixar que eu faço isso. – Eu disse, o ajudando a empilhar os pratos e juntar os talheres.
– Eu te ajudo. – Sua voz calma com sempre.
– Não precisa, vá descansar, deve estar cansado da caça. – Coloco os copos na pia e vejo ele colocar a pilha de pratos com os talheres também.
– Para de ser teimosa. – Ele fala com um tom autoritário, sinto um frio pela espinha. Essa voz mandona me deu medo.
– Não sou teimosa, apenas não quero me sentir folgada. – Ele me olha, e aquele impulso de toca-lo me toma, e algo mais forte que eu, como se não tivesse controle e como respirar.
Minhas mãos vão para seus ombros de novo, e ele não se surpreende, parece que está a esperando por isso. Nesse momento sinto meu coração afundar num mar de segurança.
Faço carinho em seu ombro, e uma bolha ao nosso redor cresce. Ele não me toca, mas minhas mãos circula por toda a parte da sua clavícula. Eu queria tocar sua pele de verdade, não apenas sobre sua camiseta.
Vejo um pequeno sorriso em seus lábios, e me sinto constrangida, como se ele pudesse ler meus pensamentos.
– Lyla. – Um arrepio passa pelo meu corpo, e meus olhos chocam no seu.
Seus olhos estavam tão escuros, escuros com a noite. Eu não queria sair do seu lado nunca, apensa ficar ali com ele. Mas isso era estranho, por que eu não conheço esse homem que me prende e causa uma sensação tão boa de conforto.
– Você não pode ! – Ele diz baixinho que se não estivéssemos perto, eu não conseguiria escutar.
– Mas eu- eu quero. – Ele se aproxima, afundando sua mão nos meus cabelos e puxando devagar minha cabeça para trás.
Seus lábios foram em direção ao meu pescoço deixando rastro de beijinho por ali. De repente ele se afastou, balançando a cabeça, e tirando minha mão do seu peito.
– Suba e vá se deitar na sua cama. Eu termino aqui. – Ele diz com a voz autoritário. Não discuti com ele e faço o que mandou.
No meu quarto eu coloco uma roupa confortável para dormir e deito na minha cama, por incrível que pareça ainda me sinto bem, e consigo dormir como um neném sem incomodação.
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Brook's Shields
WerewolfEm pensar que eu não queria que começasse, mas começou, e minha vida pra sempre mudou.