Capítulo Três

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No outro dia, desci para o café da manhã meio atrasada. Já eram nove horas quando acordei,tomei uma banho e lavei os cabelos. Coloquei uma roupa confortável para ficar em casa e ajudar no que precisar.

Mamãe estava do lado de fora com a tia Aline com uma cesta de verduras espendurado no seu braço. Peguei uma xícara e coloquei um pouco de café e leite, me sentando na beirada da mesa.

Sorri para as senhoras que entravam pela porta rindo. Estava feliz de ver mamãe contente e alegre novamente.

– Bom dia! – Digo chamando a atenção das duas

– Bom dia querida, dormiu bem? – Mamãe me dá um beijo na testa.

– Não muito, perdi o sono no meio da noite.

Lavei a xícara na pia, depois tia Aline começou a lavar as verduras que elas haviam ganhado na horta.

– Lyla querida, hoje o almoço será com todos reunidos. Kaio chegou hoje de manhã com os meninos, então temos um grande cordeiro Lara preparar, topa nos ajudar ?

– Claro tia, estou disposta pra o que precisar.

Se passou duas horas e ainda estamos preparando tudo, o cordeiro já está no forno, tivemos de despir e agora cozinhar. Tivemos um pouco de trabalho, pois eu nunca havia feito isso e as duas mulheres teve que me ensinar com calma o que elas não poderiam fazer por ter que adiantar outras coisas.

Depois de por no forno, me instruíram a arrumar a mesa e ir tomar um banho. Após isso fui logo para o meu banheiro e tomei uma ducha longa.

Estaria mentindo se eu disser que não estava sentindo o aperto no meu coração ainda, mas eu  conseguia viver com aquilo. Minha esperança era encontrar o moço de cabelos preto para que isso passasse, não entendi porque quando eu vi ele melhorou, mas melhorou. E agora eu apenas que ele faça melhorar de novo.

Vestido uma roupa bonita, um vestido florido e rodado, com alças finas. Deixei meus cabelos castanhos soltos fazendo uma trança ao lado.

Após estar pronta fui para o quarto do Luan ver como o neném estava. Ele ficou brincando enquanto fazíamos o almoço, perto de nós é claro . Depois Aline me pediu para dar banho nele enquanto ela se limpava.

Fiz o que me disseram, e agora meu neném estava limpinho e cherosinho  para almoçar  o cordeiro que preparamos. Almoço seria um eufemismo, já que são quase cinco horas da tarde. Ta mais pra janta.

Peguei o Luan no colo e estava preste a sair quando me viro vejo um homem alto para na porta. Por impressão minha penso que pode ser o mesmo da madrugada.

Suspiro, percebendo que a calmaria me apossou.

– Oi– Era os mesmo cabelos pretos. Agora eu podia ver seu rosto fino, olhos escuros como o cabelo. Sua pele era branca um pouco bronzeada, seu maxilar marcado. Ele era lindo, muito lindo.

Desviei o olhar para os meus pés, estava me sentindo nervosa perto dele.

– Oi, me pediram para buscar o Luan. Mas vejo que você chegou primeiro.

Concordei com a cabeça,olhando para o menino no meu colo. O moço se aproxima de mim e pega meu afilhado do meu colo, não entendi por que ele fez  isso, mas fiquei irritada.

– Ei, por que está tirando o bebê do meu colo?– Perguntei batendo o pé, ele me olhou nos olhos e suspirou.

– Você parece estar cansada. – Sua voz era calma, e isso quase me deixou calma também, se não me  irritasse mais.

– Você está querendo dizer que pareço acabada! – Quem ele pensa que é?

– Não é isso, você parece estar cansada só isso. Ou você não está? – Ele pergunta, acariciando o menino agora nos seus braços.

– E, estou um pouco. Graças a um certo alguém perdi o sono e não consegui dormir.

Sua cara fechou, estava escura e parecia estar com dor e irritado. Por instinto e levei minha mão para o seu braço e apertei sentindo sua pele por debaixo da camiseta branca. Ele arregalou os olhos, e eu não sabia por que fiz isso, mas sentia que devia aconchega lo e estar ali por ele.

Ele relaxou os ombros e continuei a fazer um carinho até seu ombro sentindo o relaxar.

Depois do que pareceu ser uns dez minutos, ele recuperou a postura e saiu do quarto deixando apenas um comprimento com a cabeça.

Isso foi estranho, mas pareceu tão certo.

Como alguém que eu acabei de conhecer podia me trazer um sentimento de conforto e certeza tão grande, como se conhecemos a muitos anos.

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