O plano

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Cheguei na escola de manhã cedo, encontrei primeiro o Arthur, e fui logo falar com ele:

- Arthur! Pode me dar uma informação?

- Bom dia também Carol. Eu estou bem obrigado por perguntar. E para de gritar.

- Bobo! E você sabe que eu amo gritar.

- Pior que sei mesmo. Então o que queria?

- Queria saber se você sabe algo sobre a Milla ter aulas de violão e de guitarra.

Ele virou os olhos meio assustado. E falou gaguejando:

- Hã... Não sei de nada não... É melhor eu ir pra minha aula... Thau.

Ele saiu correndo sem olhar pra trás, ele sabe de alguma coisa!!! Ele mentiu pra mim. Ah! Mas ele vai ver só.
Continuo andando e encontro o Noah. Será que ele sabe de algo? Afinal, Milla e Noah tem uma amizade muito especial. E cá entre nós, muito fofa também.

- Noah!!!

- Carol!!! Não sou surdo!!! Mas vou ficar se você continuar gritando feito louca, sua louca!!!

- Você sabia que Milla está tendo aulas de violão e guitarra?

- E... Você sabia que minha aula vai começar? Até!

Ele também sabe de alguma coisa!!! O que está acontecendo hein?
Comecei a andar de novo e vi a Lary. Vou usar uma estrategia diferente agora:

- Lary!!! Parada aí!

- Nossa Carol! Por que você vive gritando hein?

- Eu descobri tudo!!!

- Tudo? Tudinho mesmo?- Deu certo! Mas Lary ficou meio nervosa e arregalou uns olhões

- Sim, eu descobri tudo! Como puderam esconder isso de mim?

- Ah Carol! Não da pra explicar tudo agora, minha aula já vai começar. Nos vemos na sorveteria depois da aula ok? Lá te explicamos tudo.

- Ok!

Explicamos? Com certeza Lary vai pra lá com o Arthur, a Milla e o Noah. Melhor ainda, assim todos vão abrir o jogo logo de uma vez.
Olho pro relógio e caramba! Minha aula tá começando!!! Saio correndo direto pra sala de aula. Mas de repente eu caio no chão e ouço uma risada. Foi o tonto do Diamante. Ele me derrubou no chão e saiu correndo e rindo.
Quando me ajoelho pra pegar meus livros, alguem tropeça em mim, e cai no chão também. Me levanto e vejo um rapaz. Ele era alto, tinha os cabelos castanhos escuros, e seus olhos eram verdes. Olho pra ele e digo:

- Ei! Não olha por onde anda não?

- E eu ia adivinhar que tinha uma tonta no chão? - ele diz se levantando.

- Essa tonta aqui tem nome tá? Eu me chamo Carol.

- Carol, você é uma tonta.

- Olha quem fala! Outro tonto.

- Esse tonto aqui tem nome também tá? Meu nome é Peter.

- Bom saber. Peter, você é um tonto.

- Educação é bom e todo mundo gosta sabia?

- Tá bom, desculpa. Satisfeito?

- Melhorou.

- Ei! Não vai me pedir desculpas não? Você tropeçou nas minhas costas, não sou de ferro não, sabia?

- Desculpa. Satisfeita?

- Melhorou.

Peter se vira e vai embora. Que garoto hein? Ninguém merece. Espero nunca mais ver esse cara.
Tive uma idéia! Posso convidar a Alany e o Thomas pra sorveteria também. Assim vamos abrir logo o jogo de uma vez e posso apresentar a Alany pro pessoal. Mas é melhor eu fazer isso depois da aula. Fechado. Depois da aula falo com eles. Saí correndo pra sala de aula.
E depois de cinco dolorosas aulas, saí correndo pra procurar a Alany e o Thomas. Encontrei Thomas andando pelo corredor :

- Thomas!!! Achei você. - disse pulando nas costas dele.

- Nossa Carol, calma. - ele riu.

- Quero te fazer um convite.- disse saindo das costas dele.

- Convite?

- Sim. Estou te convidando pra ir na sorveteria comigo.

- Acho que não vai dar pra eu ir. Tenho que encontrar amigo meu.

- Leva ele também. Quanto mais, melhor.

- Beleza, te vejo daqui há pouco.

Saí correndo de lá e fui procurar a Alany. Achei ela no bebedouro tomando água:

- Alany!!! Ufa! Estou morrendo aqui. - ela riu.

- Então para de correr, o que deseja?

- Desejo te convidar pra ir na sorveteria comigo e com os meus amigos daqui há uma hora.

- Está bem, eu vou. E para de ficar correndo por aí feito louca.

- Sou louca. Até daqui há pouco.

Ufa! Saio correndo e vou direto para a sorveteria. Estou cansada, viver correndo não é fácil. Sento em uma mesa e começo a mexer no meu celular para passar o tempo e espero eles chegarem.
Enquanto isso vou pensando no que vou falar pra eles. Por que esconderam isso de mim? Por que eu não podia saber disso? Não era nada demais! E se não era nada demais, por que eu não podia saber? Outras mil perguntas passeavam em minha cabeça.
Enquanto pensava, não notei que Thomas se aproximava, e que atrás dele tinha um rapaz... Era o Peter! O que esse sem noção está fazendo aqui? Guardo meu celular no bolso da calça e olho atentamente para o Peter, enquanto ele olha atentamente pra mim. Acho que nós dois estávamos com cara de : " O que você está fazendo aqui?"
Thomas sentou perto de mim, e Peter sentou perto de Thomas. E Thomas começou a falar:

- Cadê o resto do povo Carol?

- Estão chegando.- respondi. Enquanto isso, Peter me olhava ainda com aquela cara.

- Carol esse aqui é o Peter. Meu camarada.

- Já nos conhecemos. - respondeu Peter.

- É Thomas... A gente se conhece.

- Então por que está esse climão ? - Thomas quis saber.

- Por que nos conhecemos faz algumas horas e foi muito desagradável. - Peter respondeu.

- Concordo. - Falei. E o climão continuou.

CarolineOnde histórias criam vida. Descubra agora