O Vinculo do Alienígena (Marca do Infala #1)

8

A subida para um terreno mais alto ocorreu relativamente bem, considerando tudo. Heydar, apesar de seus protestos, diminuiu um pouco o ritmo para que a fêmea humana pudesse acompanhá-lo, e os dois chegaram ao topo da colina alvo em bom tempo.

“Isso será suficiente”, ele disse, olhando para cima, para a árvore robusta e com galhos altos que se erguia acima deles.

Era alto, com galhos grossos terminando em tufos de folhas roxas e bordô, combinando com a coloração de muitas das plantas deste mundo que Darla tinha visto até então.

“Suficiente para quê, exatamente?” ela perguntou.

Heydar não se incomodou em responder, pulando e agarrando um dos galhos mais baixos bem acima de suas cabeças com uma vertical que deixaria qualquer jogador de basquete envergonhado. Ele estava subindo mais alto para ter uma visão melhor, deixando Darla no chão abaixo.

"Ei!"

“Fale baixo”, ele sibilou. “Não sabemos quem pode estar espreitando por perto.”

“Tudo bem. Só me ajude a levantar.”

“Não preciso da sua ajuda neste assunto.”

“Eu não disse que queria ajudar. Só quero ver.”

Aqueles olhos de aro dourado a encararam por um longo momento, fazendo-a se mexer inquieta. Em toda a comoção, ela tinha esquecido o quanto ele podia se assemelhar a um predador, e um predador de ponta.

Um braço longo e volumoso desceu em sua direção.

“Agarre-se”, ele rosnou

Ela fez o melhor que pôde, mas os pulsos dele eram grossos demais para ela conseguir segurar direito. Heydar suspirou e envolveu os dedos em volta do antebraço dela, as articulações adicionais permitindo que eles envolvessem o membro dela em um abraço confortável.

Então, tão rapidamente quanto ele estendeu o braço para baixo, Darla se viu içada para o alto e colocada gentilmente em um galho resistente.

“Satisfeito?”, ele perguntou, soltando-a.

“Sim, muito.”

“Humpf.”

Ele começou a escalar a árvore sem dizer mais nada, mais uma vez lhe dando uma ótima visão daquela bunda magnífica no caminho para cima. Com aquela coisa impressionante encarando-a no rosto, Darla não conseguiu deixar de olhar.

O que há comigo? Os Raxxianos colocaram algo na comida para fazer seu gado procriar ou algo assim? Porque, caramba, estou me sentindo excitado pra caramba. Mas, pensando bem, isso também pode ser só a coisa toda de enganar a morte por pouco falando. Engraçado como a adrenalina pode fazer isso.

Ela balançou a cabeça e afastou esses pensamentos da cabeça, movendo as pernas para aliviar o pequeno formigamento que a pressão de seu poleiro atual estava produzindo. Era legal. Muito legal, verdade seja dita, mas ela tinha outras coisas em que se concentrar.

O alcance de Darla não era tão grande quanto o de Heydar, mas ela conseguiu segui-lo até as alturas do dossel, e o que ela viu quando se juntou a ele ali a deixou sem fôlego.

Estendendo-se até onde a vista alcançava, havia um mundo verdejante, com explosões de plantas bordô, roxas e laranja brotando em algumas áreas, formando uma colcha de retalhos de natureza deslumbrante.

O ar estava limpo e fresco, pequenas nuvens felizes flutuando na brisa. Era como se tivessem pousado em algum canto imaculado do mundo, intocado pela humanidade. Claro, este era um mundo alienígena, então tecnicamente isso era verdade.