Capítulo 08

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**Notas da autora**
Demorei, mas voltei! 🎉🍾
O capítulo de hoje é bem fofinho, a Faye trambiqueira está nos deixando aos poucos 😞
Boa leitura!

P.O.V. Yoko Apasra
Sinto meu corpo inteiro doer no final do dia, é o que geralmente alguém que trabalha e estuda sente ao menos uma vez por semana. Recebo o pagamento da sra. Brown e saio pela porta da frente em direção à minha fiel escudeira picape, já imaginando a sensação gostosa de deitar na minha cama e relaxar.

Entro e fecho a porta com um baque surdo, acendo a luz para organizar as cédulas de dólar na mochila, mas me assusto com a presença quase fantasmagórica de Faye no banco do passageiro.

— AH! — grito, mas sou logo silenciada pela sua mão. — Porra, como entrou aqui?

— Você deixou o carro aberto, não tem medo que façam ligação direta? — ela questiona. Está usando uma peruca loira bizarra e maquiagem forte.

— E quem iria querer roubar uma caminhonete 72? — faço uma careta.

— Está livre no dia do trabalho?

— Não poderia me perguntar isso por mensagem? — reclamo já começando a dirigir.

— Poderia, mas queria te perguntar se não quer passar a noite comigo também. — ela agarra a minha coxa com uma das mãos.

— Coloque o cinto. — instruo no intuito de disfarçar o entusiasmo. — Estou livre no dia do trabalho. — ela sorri com a resposta, mas não me diz nada.

— E hoje? Reservei um Airbnb a vinte minutos daqui.

— Hoje eu não posso. Tenho que levar Marissa no pilates amanhã cedo. — mantenho a atenção na estrada.

— Ela não pode pegar um táxi?

— Não. — respondo imediatamente. Não pretendo irritar Marissa mais do que já o fiz.

— Então eu posso dormir na sua casa.

A frase faz com que eu perca por alguns segundos o controle da caminhonete, deslizando para a faixa ao lado. Faye se segura no painel e finalmente afivela os cintos.

— Está tarde, ninguém vai me ver. — ela argumenta. — De manhã peço para uma amiga me buscar.

— Por que você não compra um carro? — questiono genuinamente. — Toda vez alguém precisa resgatar você, não é como se não tivesse condição de fazê-lo.

— Não sei dirigir. — ela diz cruzando os braços.

— Como assim não sabe dirigir? — dou uma risada nasal, mas logo me contenho quando vejo sua expressão desanimada.

— Kun não gosta que eu dirija, ele se sente mais seguro quando eu estou acompanhada.

— E você obedece ele?

— Não é obedecer. — ela dá de ombros. — Eu concordo que seja mais seguro.

Fico em silêncio um bom tempo após a frase, Faye continua de braços cruzados olhando pela janela. Eu dou uma olhada em sua expressão vez ou outra e é claro que ela está chateada, só não sei se tem a ver comigo ou com Kun.

— Eu posso te ensinar. — digo em meio a um pigarro, ela me encara sem dizer nada. — A dirigir, você sabe. Posso te ensinar a dirigir se quiser.

Faye não responde, mas eu sei que é um "sim", porque ela volta a encarar a janela com um sorriso no rosto, tão genuíno que me faz sorrir também. Mas logo fecho a expressão e pigarreio para mostrar que quero dizer algo sério. Ela me encara imediatamente.

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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A amante da primeira damaOnde histórias criam vida. Descubra agora