Capítulo 17

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Quando o celular de Naruto despertou, o retirando de um sonho agradável, ele já sabia que realmente tinha dormido no sofá da sala novamente. E, dessa vez, Sasuke não estava com os braços ao redor do seu corpo e o rosto em seu pescoço. Estava com os braços ao redor do seu corpo enquanto Naruto estava com o rosto apoiado em seu peito.

O Uzumaki se levantou rapidamente para desativar o despertador e, dessa vez, com certeza não iria precisar de mais cinco minutinhos. Mas pelo menos, pela primeira vez, pode ver seu marido acordando. Ele coçou os olhos com as costas da mão e se espreguiçou igual um gato, era engraçadinho de ver.

- Bom dia! - Naruto se afastou rapidamente em direção a cozinha, para colocar água para o café e sair dali de uma vez. - Você pode ficar em casa, você sabe. Não precisa me levar.

- Bom dia. - Sasuke estava atrás dele na cozinha logo em seguida, se servindo de um copo de água gelada. - Eu não vou nem perder meu tempo respondendo essa bobagem.

Naruto deu risada e, enquanto a chaleira não apitava, foi rapidinho para o quarto para trocar de roupa. Já que tinha acordado tão cedo, podia muito bem aproveitar para ir para a academia. Mas ele tinha acabado de trocar a camiseta quando percebeu que o marido estava parado no batente da porta. Ele levou a mão até o peito e fechou os olhos, esperando se recuperar do susto e da vergonha.

- Desculpe, eu preciso falar com você. - A desculpa não parecia muito sincera, e Sasuke foi sentar na beirada da cama que estava impecavelmente arrumada. - Acredito que você não tenha visto as mensagens no seu celular ainda.

- Não. Aconteceu alguma coisa? - De repente, Naruto já estava em sua frente, sentindo o coração bater perigosamente rápido.

- Não, não é nada grave. - O Uchiha o tranquilizou e só então ele voltou a pegar o restante da roupa para trocar. Teria que se vestir no banheiro de novo, pelo jeito. - O meu irmão está com um problema na casa dele. Acho que você se lembra que ele disse que estava com vazamento no telhado.

- Me lembro sim. - Naruto disse um pouco mais alto, para que fosse ouvido apesar da porta quase fechada.

- Então, eles encontraram amianto.

- Amianto? - Ele já estava fora do banheiro agora, pois só precisava colocar um tênis. Sentou ao lado do marido para isso, tentando não agir naturalmente enquanto os olhos escuros seguiam todos os seus movimentos. - De que ano é a casa dele?

- A documentação diz que e é de 1979, então teoricamente não era para ter, mas... - A voz de Sasuke estava transbordando impaciência, assim como estava quando disse para o irmão que o problema do vazamento era porque tinha comprado uma casa da época da Grande Depressão. - Enfim, agora porque meu irmão é um teimoso, ele vai ter que ficar alguns dias fora de casa enquanto a reforma é feita.

- Algumas semanas, né? E quando vai começar a reforma? - Assim que terminou de amarrar os cadarços, Naruto correu de volta para a cozinha, pois conseguia ouvir a chaleira apitar. - Eles tinham que sair logo de lá, é perigoso.

- Sim, acredito que vão sair amanhã. É por isso que eu preciso falar com você. - Sasuke, que já estava em seu encalço, tirou a chaleira de suas mãos e assumiu o café. - O Itachi perguntou se não pode ficar esse tempo aqui com a gente.

- Aqui? - Finalmente Naruto entendeu o motivo do marido estar um pouco receoso enquanto contava toda aquela história. Era óbvio, e mesmo assim ele não tinha visto aquilo chegando.

- Sim. Você sabe que a casa da Rin e do Obito está em reforma ainda, e os meus tios moram em apartamento. - Sasuke continuava falando, mas seus olhos estavam fixos no coador e no café. - A minha mãe disse que eles podiam ficar lá mas, não me leve a mal... nós dois amamos a nossa mãe, é claro. Mas é um pouco difícil conviver com as cobranças, ela tem padrões muito altos de como uma família deve ser e agir. Você deve imaginar, já que eu tive que me casar para conseguir minha herança de direito.

Casamento para umOnde histórias criam vida. Descubra agora