nos braços do reencontro

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Era óbvio que isso iria acontecer, nem morto que, Chris pensaria em não voltar para aquele apartamento e rever o amor de sua vida, que mesmo não admitindo, uma semana parecia cinco meses de distância dele, era quase tortura

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Era óbvio que isso iria acontecer, nem morto que, Chris pensaria em não voltar para aquele apartamento e rever o amor de sua vida, que mesmo não admitindo, uma semana parecia cinco meses de distância dele, era quase tortura.

Enquanto Seungmin estava no conforto da cama de casal, seus dedos ocupados passando uma tela digital, tal qual seu celular, Chris parecia inspirado, tocando de forma desorientada seu violão, como se tentasse achar a melodia perfeita, isso pelo menos, ele parecia lembrar.

Seungmin observava Chris do canto da cama, onde estava recostado, a tela do celular iluminando seu rosto com um brilho suave. Aquele era o homem que, apesar de todas as dores, ele nunca conseguia deixar de amar. Depois de uma semana angustiante, Chris finalmente voltara para casa, e agora a presença dele preenchia o espaço, como se as paredes respirassem novamente.

A cena era quase surreal. Chris estava de costas, sem camisa, os ombros marcados pelas sombras que a luz da janela projetava, enquanto dedilhava as cordas do violão. Ele parecia perdido em seus próprios pensamentos, buscando algo, uma melodia talvez, ou uma memória que ainda lhe escapava. O acidente e a amnésia haviam roubado fragmentos do que eles tinham, e Seungmin sabia que parte de Chris ainda estava se reorganizando, tentando entender quem era antes e quem era agora.

Era doloroso pensar nas discussões que os afastaram. As manipulações da mãe de Chris, sempre presente como uma sombra, fazendo-o questionar tudo, como se o amor que sentiam fosse algo proibido, indigno. No início, Chris acreditara nela, deixara as palavras dela se infiltrarem em sua mente confusa, o que levou a brigas intensas, gritos e silêncios devastadores. Na última discussão, Chris saíra pela porta sem olhar para trás, e Seungmin se viu afundado na solidão daquela semana vazia, onde a ausência parecia uma dor física.

Mas agora, Chris estava ali, tão próximo e ao mesmo tempo tão distante. Ele finalmente voltara, e aquela imagem dele dedilhando as cordas, de olhos baixos e expressão concentrada, trazia à tona uma ternura que Seungmin tentava conter. O som do violão era hesitante, fragmentado, mas algo naquela melodia inacabada parecia falar mais do que qualquer palavra.

Depois de alguns minutos, Chris parou de tocar e suspirou, parecendo exausto. Ele virou o rosto e seus olhos encontraram os de Seungmin. Havia algo não dito ali, uma súplica silenciosa que ambos entendiam.

- Eu... tentei me afastar, sabe? - Começou Chris, a voz baixa, quase um sussurro;
- Tentei me convencer de que talvez fosse melhor pra nós dois... que eu era um peso pra você. Mas, enquanto eu tava fora, nada fazia sentido. Eu continuava voltando pra você na minha cabeça, como se... como se esse fosse o meu lugar.

Seungmin desviou o olhar, o nó na garganta se tornando difícil de engolir. Ele queria ser forte, queria manter a frieza que tinha cultivado durante a semana que Chris estivera longe, mas a dor e o alívio se misturavam dentro dele de um jeito que o fazia tremer.

- Você... acredita mesmo nisso só agora? - Murmurou ele, sem conseguir esconder a vulnerabilidade em sua voz;
- Ou ainda tá ouvindo o que sua mãe disse? Porque eu não aguento mais, Chris, não aguento mais te ver se despedaçando toda vez que ela entra na sua cabeça.

Blank Heart - chanminOnde histórias criam vida. Descubra agora