jogo de emoções

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Apartamento de Minho;

Lee Know estava sentado na cama, as costas apoiadas na cabeceira, os braços cruzados casualmente enquanto Han caminhava de um lado para o outro no quarto. O carioca falava sem parar, gesticulando com as mãos, como se contar cada detalhe do seu dia fosse uma missão de vida.

- ...e aí, Linos, tu acredita que o cara tentou me convencer que eu tava errado? Logo eu, que sempre tenho razão! - Han riu, balançando a cabeça.
- Hum. - Lee Know respondeu baixo, quase automático.

Han continuou, totalmente alheio à forma como Lee Know o observava, como se estivesse tentando decifrar um enigma. O paulista nunca dizia muito, mas seus olhos falavam por ele, aquele brilho tranquilo que fazia Han querer falar ainda mais.

Finalmente, Han se jogou ao lado dele na cama, exausto da própria energia. Virou-se para Lee Know com um sorriso satisfeito, mas congelou ao notar a expressão do outro. Minho estava o encarando com uma intensidade que o deixou desconfortável.

- Que foi? Tá me olhando assim por quê? - Han perguntou, rindo nervoso.

Lee Know arqueou uma sobrancelha, inclinando a cabeça.

- Você já reparou como parece um cachorrinho manhoso quando tá assim?

Han franziu o cenho.

- Que manhoso o quê! Eu sou é o rei da razão, já falei.

- Hum. Sei. - Minho deu um meio sorriso, mas não desviou o olhar;
- E por que você acha que a gente não tá namorando ainda?

A pergunta pegou Han de surpresa. Ele abriu a boca para responder, mas nada saiu. A tranquilidade de Lee Know tinha um peso que sempre o deixava desconcertado.

- Namorar? Quem disse que eu quero namorar? A gente tá tão bem assim, pra quê mudar? - Ele cruzou os braços, como se quisesse se proteger de algo.

Minho suspirou, mas não pareceu frustrado. Ele se aproximou um pouco mais, deixando o silêncio preencher o espaço entre eles antes de falar de novo.

- Porque pra mim já tá mais do que na hora. - A voz dele era calma, mas firme, como se estivesse declarando uma verdade inquestionável.

Han desviou o olhar, brincando com a borda do travesseiro.

- Cê viaja, Linos. Tão bem assim, sem compromisso.

Mas por dentro, Han sentia o peso das palavras. Ele sabia que Lee Know estava certo. Na verdade, queria mais. Queria acordar ao lado dele todo dia sem precisar se preocupar com rótulos ou desculpas. Queria poder chamá-lo de algo mais do que "ficante". Mas, como sempre, seu orgulho o segurava.

Lee Know riu de leve e bagunçou o cabelo de Han, desfazendo o clima tenso.

- Você é impossível, sabia? - Disse, recostando-se na cabeceira de novo.

- E você gosta disso. - Han respondeu com um sorriso de canto, voltando à sua persona confiante.

O silêncio voltou, mas dessa vez era confortável. Enquanto Han tentava organizar os próprios pensamentos, Minho apenas o observava, com a paciência de quem já sabia que Han eventualmente chegaria lá.

Claro, vou expandir a cena para dar mais detalhes e profundidade! Aqui vai:

Mas então, o celular de Han vibrou na cama, quebrando o silêncio do quarto. Ele deu uma olhada rápida na tela e seu sorriso apareceu quase instantaneamente. Era uma mensagem de Changbin, e a empolgação transbordava das palavras.

"Amigos, preparem-se! No próximo sábado tem clássico!! Corinthians x Flamengo! Vamos nos reunir, fazer a festa, porque o jogo vai ser épico!"

Han leu em voz alta, mal contendo a empolgação.

- Changbin tá fora de controle, como sempre... - Disse, rindo. Minho, que estava deitado na cama, levantou os olhos para Han, o semblante mais sério, mas a curiosidade estampada no rosto.

- Vai ser um sábado interessante, hein? - Comentou, meio cético, mas interessado.

O celular de Han continuou a vibrar enquanto mensagens começaram a pipocar no grupo. Cada uma mais animada que a outra. Felix mandou um:

"Eu vou gritar até perder a voz!",
Hyunjin logo em seguida respondeu:
"Só vou aceitar a vitória se for do Corinthians", e até I.N, sempre mais calmo, comentou:
"Essa disputa vai ser boa, hein?"

Han se viu imerso nas mensagens, mas, ao olhar para Lee Know, viu que ele também estava acompanhando o celular com um sorriso travesso, como se já estivesse se preparando mentalmente para o que estava por vir.

Ele olhou para Lee Know, a expressão brincalhona tomando conta do rosto.

- Aí, esse jogo vai ser histórico! - Disse Han, com entusiasmo na voz;
- Não tem como, Flamengo vai amassar esse Corinthians!

Lee Know se levantou da cama com um movimento rápido, como se estivesse já se preparando para um duelo.

- Flamengo? Eu sou mais Corinthians, Han, e cê sabe, só para avisar, vou gritar 'Vai, Corinthians' até minha garganta não aguentar mais! - Ele deu uma piscadela, os olhos brilhando com aquela competição saudável que sempre tinha entre os dois.

Han não resistiu, e seu sorriso cresceu ainda mais, agora com um brilho desafiador.

- Pô, mor, eu tô falando sério. Se o Flamengo ganhar, você vai usar a camisa do Mengão. Agora, se o Corinthians ganhar... a aposta é que eu vou ter que vestir a camisa do Timão, né?

Lee Know cruzou os braços, olhando para ele com um ar de confiança.

- Fechado. Prepare-se para a vergonha de ter que vestir aquela camisa ridícula de time rival. Vou adorar te ver vestindo aquilo. - Ele riu, e o som foi acompanhado por um sorriso vitorioso.

- Ah, você vai ver! Não vai ser tão fácil assim! - Han respondeu, se aproximando de Lee Know, desafiador. Ambos estavam tão animados com a brincadeira que parecia até que o jogo já havia começado, mesmo que fosse ainda uma semana distante. Han estava tão imerso na ideia da aposta que seu coração batia mais rápido, não só pela animação do jogo, mas pela proximidade de Lee Know. Aquela química entre os dois, aquela facilidade de brincar e desafiar, fazia Han se sentir mais à vontade com o "amigo" do que jamais imaginou.

Lee Know, percebendo a animação de Han, continuou com a expressão séria, mas seu olhar estava cheio de diversão.

- Eu realmente espero que o Flamengo vença. Vai ser hilário ver você todo emocionado com essa camisa vermelha e preta. - Ele fez um gesto teatral, imitando um torcedor fanático, fazendo Han rir.

Mas a verdade é que, no fundo, ele não se importava tanto com o jogo. O que realmente importava era aquela conexão, aquele momento com Lee Know. Era divertido, leve, como se as pequenas apostas e brincadeiras escondessem algo mais profundo que ainda não tinham dito um para o outro.

Blank Heart - chanminOnde histórias criam vida. Descubra agora