WenClair em Linhas De Sangue e o Destino

Capítulo 19 - Perdida

⚠️ATENÇÃO⚠️
ESSE CAPÍTULO PODE E VAI CONTER GATILHOS.
PORTANTO, CASO SE SINTA DESCONFORTÁVEL COM:
AGRESSÃO FÍSICA;
CONFLITOS ENTRE MÃE E FILHA;
EXPULSÃO DE CASA;
OU INTRIGAS CRIADAS POR EX.

N/A: Adoro meus leitores, fieis e dedicados, por isso vou cuidar de vcs tbm💜

Xxx

Enid chegou em casa e encontrou a mãe na sala, esperando-a com uma expressão carregada.

— Onde você foi? —
a mãe dela perguntou, o tom frio e direto.

— Fui pra uma entrevista de emprego.

A mãe ergueu uma sobrancelha, desconfiada.

— Que tipo de entrevista manda um carro daqueles buscar a candidata?

— Era com umas pessoas que conheci há alguns dias... —
Enid começou, tentando manter a calma.

— Mentira. —
A mãe cortou suas palavras, furiosa.
— O Ajax foi até o mercado hoje. Ele me contou a verdade, Enid.

Enid arregalou os olhos, tentando encontrar uma forma de explicar, mas sua mãe gritou:

— CALA A BOCA!! —
A mão dela veio rápida, acertando o rosto da filha.
— Não quero ouvir mais nenhuma palavra. Você é uma puta, igual à Leya. —
ela praticamente cuspiu as palavras
— Se vendendo como uma qualquer pra esses... criminosos. Eu já sei de tudo. —
Ela tinha um sinto, e o bateu em Enid, tentando acertar toda pele exposta que conseguiu, com toda força que seu braço conseguia desferir nos golpes.

Finalmente ela parou de bater com o sinto, e a menina sentiu cada parte do seu corpo arder, mas não teve tempo de reagir. A mãe a puxou pelos cabelos, arrastando-a até a cozinha.
–MÃE NÃO! POR FAVOR PARA —
Lá haviam malas e sacolas com suas coisas.

— Suma daqui, Enid. Vá atrás do seu cafetão. Não quero saber.

— Mãe, por favor... —
tentou argumentar, entre soluços.

Mas foi em vão. Outro tapa veio, junto de palavras duras:

— Você me decepcionou mais do que eu pensei que fosse possível. Dei tudo pra que você se formasse, pra que ajudasse a família, e agora se joga na lama... Chega! Não preciso de você. Suma daqui.

Enid, em prantos, pegou suas coisas e saiu, sem saber para onde ir. Seu celular estava descarregado, e não havia ninguém a quem recorrer. Desesperada, foi andando a esmo, até chegar a uma praça, longe de casa, desabou em um banco, deixando que as lágrimas corressem livres.

XxX

Mãozinha, tinha um fraco por sorvete, e quando passou pela pracinha e viu o carrinho, não viu problemas em uma paradinha rápida para apreciar um bom Gelato.
Foi então que ele viu uma jovem em sofrimento. Ele se aproximou, achando aquela pobre desajeitada menina, muito familiar, devagar, tocando seu ombro delicadamente para não assustá-la. Enid olhou para ele, surpresa, e tentou conter o choro.

— Me dá uma carona? —
ela pediu, simplesmente.

Mãozinha assentiu, ajudando-a a colocar as malas no carro. Ele sinalizou para saber o destino, e Enid, ainda perdida em pensamentos, só conseguiu se lembrar do endereço de Cheryl. Eles partiram em silêncio, respeitando o momento difícil da menina.

Ao chegarem no prédio de Cheryl, Mãozinha indicou que Enid se certificasse de que poderia ficar ali; caso contrário, ele a levaria para a mansão dos Addams. Enid tocou a campainha algumas vezes até ouvir a voz sonolenta de Cheryl pelo interfone:

— Espero que você esteja morrendo para me acordar nesse horário, seu idiota. Acabei de sair de um plantão...

— Sou eu... Enid... Preciso de ajuda —
respondeu, a voz embargada, e o choro recomeçou.