Quince

16 11 1
                                    

Tema: Carlos carente.

⭐️

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

⭐️

A confeitaria de S/N era um dos lugares mais acolhedores do centro da cidade, com o cheiro doce de bolos recém-assados misturado ao aroma suave de café. Os grandes janelões deixavam a luz natural entrar, iluminando o ambiente decorado com flores frescas, quadros fofos e prateleiras cheias de guloseimas que faziam qualquer um se sentir em casa.

S/N estava atrás do balcão, ajeitando cuidadosamente uma bandeja de cupcakes coloridos, quando ouviu o sino da porta soar. Ela olhou para cima e viu Carlos Sainz entrar, ainda com a roupa casual da manhã — uma camiseta branca justa e uma calça jeans escura. O boné da Ferrari estava inclinado levemente, mas o que chamou a atenção dela foram os olhos castanhos que pareciam mais brilhantes do que o normal, como se estivessem à procura de algo específico.

— Carlos! — S/N exclamou, um sorriso automático iluminando seu rosto. — O que faz você aparecer aqui no meio da manhã?

Carlos caminhou até o balcão, o sorriso tímido no rosto. — Estava com saudades — ele admitiu, apoiando os cotovelos no balcão de mármore e olhando para ela com uma expressão tão carente que S/N não pôde deixar de rir.

— Com saudades? — ela repetiu, ainda achando graça. — Você esteve aqui ontem à noite, lembra? E ainda levou uma caixa inteira de macarons.

Ele fez uma careta adorável. — Não é a mesma coisa. Uma caixa de macarons não pode me dar um abraço, não é?

S/N balançou a cabeça, o coração derretendo com a sinceridade dele. — Está carente hoje, é isso? — Ela colocou a bandeja de cupcakes de lado e foi até ele, saindo de trás do balcão.

Carlos abriu os braços, os olhos brilhando de esperança. — Sim, estou carente. E pensei que o melhor remédio seria vir até a minha confeiteira favorita.

S/N riu e se aproximou, envolvendo-o em um abraço. Ele a puxou para mais perto, segurando-a como se estivesse recarregando todas as suas energias. O cheiro doce de açúcar e baunilha que vinha dela o fez suspirar de alívio.

— Isso é melhor — ele murmurou, o queixo apoiado na cabeça dela. — Bem melhor.

S/N se afastou só o suficiente para olhá-lo nos olhos. — Você deve estar tendo um dia difícil, hein? Ou é só desculpa para me ver?

Carlos fingiu pensar por um momento. — Talvez um pouco dos dois. — Ele deu um sorriso de lado. — Mas, principalmente, eu só queria te ver.

Ela sentiu as bochechas esquentarem e revirou os olhos, embora não pudesse esconder o quanto isso a deixava feliz. — Você sabe que eu tenho trabalho a fazer, certo? Não posso passar o dia todo abraçando você.

Ele fez um biquinho, parecendo ainda mais irresistível. — Nem por cinco minutos?

S/N riu e deu um beijo rápido na bochecha dele. — Está bem. Sente-se ali e me faça companhia enquanto trabalho, pode ser?

Carlos obedeceu com um sorriso satisfeito, puxando uma das cadeiras perto do balcão. Ele se sentou de um jeito descontraído, mas seus olhos não saíam dela. S/N voltou a ajeitar os cupcakes, tentando ignorar o fato de que ele a observava com tanta atenção que era impossível não se sentir levemente nervosa.

— Então, o que você está fazendo? — ele perguntou, claramente tentando prolongar a conversa.

— Estou preparando esses cupcakes para uma encomenda. São de limão com cobertura de merengue. Quer provar? — S/N pegou um dos cupcakes e o estendeu para ele.

Carlos não precisou de mais incentivo. Ele deu uma mordida generosa, e os olhos se iluminaram de prazer. — Isso é delicioso! Como sempre, você se supera.

Ela sorriu, sentindo o coração aquecer com o elogio. — Fico feliz que tenha gostado. Preciso garantir que todos saiam daqui com um sorriso.

Carlos colocou o cupcake de lado e a olhou com uma expressão suave. — Você sempre faz as pessoas felizes, S/N. É um dos seus talentos.

Ela parou por um momento, surpresa pela sinceridade na voz dele. — Você está realmente sensível hoje, hein? — provocou, tentando aliviar a tensão que sentiu no peito.

— Talvez eu esteja — ele admitiu, olhando-a de um jeito que quase a fez perder o fôlego. — Mas é porque você sempre me faz sentir melhor, mesmo quando eu não percebo que preciso disso.

S/N não sabia o que responder. Ela se aproximou mais uma vez, dessa vez com o coração batendo acelerado, e colocou uma das mãos na bochecha dele, sentindo a barba leve arranhar a pele de seus dedos.

— Você é um bobo, sabia? — disse suavemente, o sorriso dela se tornando mais doce.

Carlos segurou a mão dela e a beijou com delicadeza. — Mas sou seu bobo, não é?

Ela riu, o som suave e feliz. — Sim, meu bobo.

Eles ficaram assim por mais alguns minutos, apenas aproveitando a companhia um do outro, até que o sino da porta da confeitaria tocou novamente. Um cliente entrou, e S/N se afastou de Carlos com um sorriso culpado.

— De volta ao trabalho! — ela sussurrou, piscando para ele.

Carlos suspirou, mas o sorriso não saiu do rosto. — Vou esperar aqui. Tenho todo o tempo do mundo.

E assim, ele ficou ali, observando S/N com admiração enquanto ela atendia o cliente, sentindo-se grato por ter aquela pessoa que fazia seu mundo mais doce — em todos os sentidos possíveis.

𝟓𝟓 - 𝙞𝙢𝙖𝙜𝙞𝙣𝙚𝙨  Onde histórias criam vida. Descubra agora