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Tema: Ela conhecendo a filha de Carlos.

Tema: Ela conhecendo a filha de Carlos

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Carmen despertou com um sobressalto, o coração ainda acelerado da noite anterior, quando ouviu batidas suaves, mas insistentes, na porta do quarto. A luz da manhã começava a entrar pelas frestas das cortinas, lançando um brilho suave no ambiente.

Ela sentou-se rapidamente na cama, puxando o lençol sobre o corpo e, com cuidado, balançou Carlos pelo ombro. — Carlos, acorda — sussurrou, tentando manter a calma. Ele resmungou algo incoerente antes de abrir um olho preguiçoso.

— Que foi, amor? — perguntou, a voz rouca e sonolenta.

As batidas se repetiram, seguidas de uma voz infantil e ansiosa. — Papai?

Carmen congelou por um momento, o estômago revirando. Carlos ficou tenso, mas logo se sentou, os olhos arregalando-se ao perceber a situação. — Merda, é Estela — murmurou, e o tom de surpresa em sua voz deixou claro que ele não esperava a visita da filha tão cedo.

Carmen começou a vestir-se rapidamente, puxando a camiseta de Carlos sobre a cabeça e encontrando um par de shorts que jogara perto da cama na noite anterior. — O que eu faço? — sussurrou, sentindo a adrenalina correr por suas veias.

Carlos soltou um suspiro profundo, passando as mãos pelo rosto antes de sair da cama e vestir um par de calças de moletom. — Vem comigo. Acho que é hora de você conhecer a minha pequena.

O coração de Carmen bateu mais rápido, não apenas pelo nervosismo de ser pega desprevenida, mas pelo significado desse momento. Estela, a filha de Carlos, era um pedaço importante da vida dele. Ele falava dela com tanto carinho que Carmen sabia o quanto aquela apresentação era significativa.

Carlos abriu a porta do quarto devagar, e ali estava Estela, com seu pijama rosa decorado com estrelas e os cabelos castanho-claros bagunçados. Os olhos dela iluminaram-se ao ver o pai, mas logo sua atenção foi para Carmen, que estava um pouco mais atrás, mordendo o lábio com nervosismo.

— Papai! — Estela exclamou, correndo para os braços de Carlos, que a ergueu e beijou sua bochecha.

— Bom dia, minha princesa. — Ele sorriu, mas a tensão em seu olhar enquanto olhava para Carmen era evidente. — Tenho alguém para te apresentar.

Estela olhou para Carmen com curiosidade. Carmen se abaixou até ficar na altura da garotinha, tentando esconder o tremor de suas mãos. — Oi, Estela — disse, com um sorriso gentil. — Eu sou a Carmen. Tenho ouvido tantas coisas incríveis sobre você.

Os olhos de Estela brilharam, e ela olhou para o pai como se pedisse permissão silenciosa para se aproximar mais. Carlos riu, acariciando o cabelo dela. — Carmen é muito especial para mim, e eu queria que vocês duas se conhecessem.

Estela hesitou por um segundo antes de dar alguns passos em direção a Carmen. Para surpresa de todos, a garotinha estendeu os braços, e Carmen sentiu uma onda de emoção ao perceber o gesto. Ela a pegou no colo, sentindo o peso leve e o cheiro infantil de lavanda que a menina exalava.

— Você é bonita, Carmen — disse Estela, com a inocência de uma criança, e Carmen soltou uma risada de alívio.

— E você é uma princesa de verdade — respondeu, apertando-a levemente.

Estela se aninhou no colo de Carmen, e parecia que qualquer resistência ou estranheza simplesmente evaporara. Popy, o dálmata, que tinha sido curioso e agitado na noite anterior, entrou na sala e se deita quieto nos pés do sofá.

Estela se aninhou no colo de Carmen, e parecia que qualquer resistência ou estranheza simplesmente evaporara. Carmen sentiu um calor no peito ao perceber como aquela pequena conexão era natural. De repente, um focinho curioso se aproximou delas, e Popy, abanava o rabo freneticamente, interessado na nova interação.

— Oi, Popy! — Estela disse, estendendo uma mãozinha para o cachorro, que lambeu seus dedos com entusiasmo. A cena arrancou um sorriso de Carlos, que observava, encantado, a maneira como as duas mulheres mais importantes da sua vida estavam se dando tão bem.

Carmen acariciou o cabelo de Estela, sentindo-se aliviada e emocionada. O momento era tão puro, tão diferente de como ela imaginara que seria. Estela não parecia querer desgrudar, e isso aquecia o coração de Carmen, que já havia se preparado para possíveis reações tímidas ou desconfiadas.

Carlos sentou-se ao lado delas no tapete da sala, um sorriso largo se formando em seu rosto. Ele olhou para Carmen com um brilho que dizia tudo, e ela retribuiu o olhar, sentindo-se profundamente grata por estar ali.

Enquanto Estela começava a contar para Carmen todas as suas aventuras recentes — como aprender a nadar sem boias ou a vez em que Popy roubou um pedaço de bolo do balcão da cozinha — Carmen lembrava-se de como havia conhecido Carlos. Tinha sido há pouco mais de um ano, durante uma entrevista que ela conduziu como jornalista esportiva. Carlos havia sido cativante, até mesmo charmoso, enquanto tentava explicar uma corrida cheia de percalços com seu sorriso travesso. Desde então, uma amizade se formou, com mensagens ocasionais que rapidamente evoluíram para conversas diárias, e, por fim, em algo que os dois não puderam mais negar: estavam apaixonados.

Agora, estar ali, segurando a filha dele em seus braços, parecia um marco de tudo o que eles haviam construído juntos.

— Papai — Estela interrompeu suas histórias para olhar para Carlos, os olhos claros brilhando. — Podemos brincar todos juntos hoje? Com a Carmen também?

Carlos riu, inclinando-se para beijar o topo da cabeça dela. — Claro que sim, princesa. Vamos fazer o dia mais divertido de todos.

Estela bateu palminhas, e Popy latiu como se estivesse em total concordância. Carmen trocou um olhar com Carlos, sentindo a felicidade genuína daquele momento. Tudo estava perfeito, e ela soube, ali mesmo, que fazer parte da vida de Carlos — e da pequena Estela — era a melhor coisa que já tinha acontecido.

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