22 - Capítulo - Não foi um sonho

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Tudo que me lembro do meu passado era que eu era feliz, uma criança birrenta ao mesmo tempo sorridente

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Tudo que me lembro do meu passado era que eu era feliz, uma criança birrenta ao mesmo tempo sorridente. Tudo ao meu redor era uma fantasia; eu era a princesa e Dexter, o príncipe. Minha vida era perfeita, meus pais eram ausentes e só se importavam comigo, mais nada. Lembro-me de Zoe, seus lindos cabelos ruivos balançavam com o vento, seu lindo rosto angelical. Ela sorria sem se preocupar com o amanhã. Nós éramos felizes e não sabíamos.

— Minha infância foi bem aproveitada, queria voltar… – murmuro para mim mesma. Faz horas que estou olhando para o teto desse lugar imundo. Não consigo pensar em nada, não consigo dormir; o medo de ter algum bicho por aqui fala mais alto.

Viktor estava fazendo as coisas sem pensar. Ele acha que vou me apaixonar por ele sendo assim; ele não é um príncipe e eu não sou sua princesa.

— Idiota – reclamo, me viro de lado e, mesmo assim, não consigo ficar confortável. Isso tá me matando. Não sei que horas são; meu celular está em casa, com certeza cheio de mensagens de quem se importa comigo.

Escuto a porta sendo aberta e alguém desce as escadas, não sei se agradeço ou se tenho medo. Não tiro o olhar da parede; não quero ver quem é. Sei que é ele; sinto seu cheiro daqui. Ele se aproxima e eu o vejo pela minha visão periférica. Ele está na minha frente, seu olhar é frio.

— Bella – ele chama e eu não respondo, continuo imóvel olhando para a parede. Ele tenta se aproximar mais, colocando sua mão gelada em meu rosto.

— Pare de fingir que eu não estou aqui, ratinha – diz irritado. Eu me afasto antes que ele me toque e me viro para o outro lado.

— Não me chame disso – mando com a voz firme.

— Não pode ficar brava comigo; foi você que me fez fazer o que fiz. Iriam dedurar Alex.

— Foda-se seu amigo! Vocês tinham que ir para a cadeia mesmo, russos nojentos – cuspo minhas palavras. Eu não ligo para nenhum dos dois.

— Como sabe que Alex é russo? – ele pergunta. É óbvio; sabia que Viktor tinha ido para a Rússia, então só podia conhecer esse tal Alex lá. Eu não tenho certeza, mas pela pergunta agora sim.

— O sotaque dele o entregou – Retruco. Burro do caralho!

Ele não responde, apenas se levanta e caminha até a escada. Antes de falar algo, ele suspira fundo.

— Vamos — disse de forma simples, antes de subir e desaparecer. Me levanto rápido, será que serei solta? Ufa, obrigada, Deus!

Caminho rápido para a escada e subo apressadamente antes que Viktor mude de ideia. Chego na parte de cima sem saber exatamente onde estou, quando sinto um líquido sendo jogado contra meu rosto. A visão embaça e, em instantes, desmaio.

Acordo com um cheiro maravilhoso de panquecas, mas logo sinto a dor do corte em minha testa

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Acordo com um cheiro maravilhoso de panquecas, mas logo sinto a dor do corte em minha testa. Passo a mão e percebo que tem um curativo ali; minha cabeça está enfaixada. Será que Viktor fez um curativo em mim? Olho para os lados e vejo que estou em um quarto. Ele é todo rosa, e meus ursinhos de pelúcia favoritos estão sobre a cama. Na parede, vejo fotos minhas na infância. Meu Deus, sinto uma imensa vontade de chorar.

Ele não tinha queimado tudo? Me levanto e me aproximo das fotos, tentando entender o que está acontecendo. Estou em um sonho? A sensação de confusão mistura-se com a nostalgia, enquanto as lembranças da minha infância invadem minha mente.

— Gostou? – a voz grave ecoou pelo quarto tudo, olhei para a porta e vejo viktor encostado no batente da porta 

— Onde estou? E como conseguiu recuperar meus ursinhos e minhas fotos?

— Você está na nossa casa, suas coisinhas de princesas foram retiradas antes que eu pudesse queimar tudo – Respondeu com um sorriso cínico 

— De quem eram aquelas mãos? E por que as cortou? 

— Aquelas mãos eram de Logan meu amor, as cortei por ter encostado em você, que fique claro, eu posso te dar o mundo, mas se você ousar olhar para outro, eu arruinarei tudo ao seu redor para garantir que nunca se esqueça quem realmente te ama.

— Você não passa de um doente mental, eu nunca vou me apaixonar por você, nunca! 

— Ah vai sim, amo você como um caçador ama sua presa. não há saída e não há perdão, você está marcada como minha – Sua voz cavernosa é ameaçadora, ele mantém um enorme sorriso no rosto.

— O que quer dizer com “nossa casa” eu não vou morar aqui, muito menos com você! 

— Você já está aqui meu amor, não tem como escapar, aqui tem tudo o que precisa, irei mostrar o lugar, quer vir comigo? – Ele estende a mão, meu olhar de indignação diz tudo

— Pare de me chamar de amor como se fossemos íntimos, eu te odeio, não irei sair daqui, ficarei nesse quarto, demônio 

— Engraçado, parecia sermos íntimos quando eu estava prestes a te foder, você implorou por mim, lembra? – Arregalei os olhos, como assim não foi um pesadelo? Ele falou no deboche

— E…eu…eu não implorei 

— Ah…implorou sim, não tenho Alzheimer amor, me lembro de você toda aberta, pedindo por mais, eu te chup… – antes que pudesse completar 

— VAI EMBORA, AGORA! – gritei envergonhada, ele soltou gargalhadas e se virou-se

— Patético sua falta de noção ratinha, é tão simples admitir algo – Gargalhou e foi embora, não acredito no que acabou de acontecer..

Vou até a janela e observo o jardim de rosas vermelhas… até que é bonito, o filho da puta tem bom gosto

Vou até a janela e observo o jardim de rosas vermelhas… até que é bonito, o filho da puta tem bom gosto

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