T1 e ep.2 - ô território

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Depois que o Diabo desapareceu, deixando a mesa envolta em uma nuvem de inquietação, o grupo se viu dividido entre o alívio e a preocupação. Homer Jackson, recuperando a consciência, olhou ao redor como se despertasse de um pesadelo. Sua expressão era de pânico e vergonha.

Homer Jackson:
- O que eu... o que eu fiz? Eu... eu não era eu mesmo. Ele... ele estava controlando tudo. Como pude me deixar ser manipulado assim?

Rodrigues, com compaixão, colocou a mão em seu ombro:
- Isso acontece, Homer. Ele se alimenta da fraqueza, do medo e da dúvida. O importante é que agora você está aqui e pode nos ajudar a lutar.

Homer baixou a cabeça, envergonhado.

Josefina, olhando para Homer com empatia, disse:
- Não importa o que aconteceu antes. O que importa é o que vamos fazer daqui em diante. Se ele é realmente o governante, e quer uma guerra, precisamos nos preparar para resistir.

Cristina, sempre prática, interrompeu:
- Precisamos entender exatamente o que está acontecendo. Quem mais está envolvido nisso? E por que o Diabo quer começar uma guerra? Qual é o propósito dele?

Paulo Toledo, pensativo, respondeu:
- Guerras são o ápice da destruição. Elas trazem ganância, ódio, destruição e poluição em massa. Se ele está no controle, a guerra não é apenas uma questão de poder territorial, é um catalisador para acelerar o colapso do mundo.

Romeu, lutando com seus próprios dilemas internos, perguntou:
- Mas como ele se tornou o governante? Quem deixou isso acontecer? A verdade é que muitos dos líderes mundiais de hoje só pensam no lucro e na dominação, então o Diabo não teve que fazer muito para assumir o controle.

Lauram, a artista, com seu espírito criativo e rebelde, olhou fixamente para Homer e perguntou:
- Homer, você deve saber de algo. Ele está te usando há quanto tempo? Como ele assumiu o poder?

Homer suspirou, sabendo que não poderia esconder a verdade por mais tempo.

Homer Jackson:
- Ele começou a me influenciar há alguns anos, quando eu ainda trabalhava com líderes de corporações internacionais. Eu achava que estava apenas fazendo negócios, ajudando a economia global a crescer, mas aos poucos fui percebendo que estava facilitando a destruição. Ele começou a sussurrar em meus ouvidos, prometendo poder e riqueza. Fui fraco... acabei aceitando.

Josefina, com o olhar determinado, perguntou:
- E agora? O que exatamente ele está planejando? Como podemos impedi-lo?

Homer Jackson:
- Ele quer começar a Terceira Guerra Mundial. Acha que é a única forma de mergulhar o mundo no caos completo. Ele tem aliados poderosos nos governos, nas corporações e na mídia. Eles estão todos sendo manipulados por ele, direta ou indiretamente. O plano dele é criar um conflito que envolva todas as grandes potências. Assim, o mundo colapsaria, e ele se alimentaria de todo o ódio, destruição e morte que viria disso.

O silêncio pairou sobre o grupo, enquanto todos tentavam processar o que estavam ouvindo. Uma guerra mundial significaria o fim de tudo o que conheciam, o fim da esperança para a humanidade. Mas ainda havia uma faísca de resistência em cada um deles.

Olivia, quebrando o silêncio:
- Não podemos permitir que isso aconteça. Há algo que podemos fazer, alguma maneira de expor ele, ou de enfraquecê-lo?

Cristina, sempre prática, sugeriu:
- Precisamos começar alertando as pessoas. Se a população souber o que está em jogo, talvez possamos resistir a isso. Mas a questão é: quem acreditaria em nós? Quem acreditaria que o Diabo está por trás de tudo?

Oliver, o escritor, pensou em voz alta:
- Isso é verdade. A maioria das pessoas vai preferir acreditar que tudo isso é apenas teoria da conspiração. Mas talvez possamos encontrar outra maneira de lutar, uma que não dependa de convencer massas, mas de atacar o próprio sistema por dentro.

Rodrigues, com sua experiência, sugeriu:
- Precisamos encontrar aqueles no poder que ainda não estão sob o controle dele. Talvez haja líderes que ainda estejam indecisos, que possam ser convencidos a mudar de lado antes que o Diabo complete seus planos.

Nesse momento, a porta do bar abriu violentamente, e uma figura sombria entrou. O Diabo, novamente, estava de volta, mas desta vez com um semblante mais sério. Seu olhar, frio como a morte, percorreu cada um deles. Ele sabia que suas conversas o desafiavam.

Diabo:
- Vocês realmente acham que podem impedir o inevitável? A Terceira Guerra Mundial já está a caminho. Vocês não têm poder sobre o que está para acontecer. Eu já plantei as sementes da destruição. Agora, basta assistir enquanto elas florescem em caos.

Josefina, corajosa, se levantou e o enfrentou:
- Nós podemos ser poucos, mas vamos lutar com tudo que temos. Não vamos deixar que você destrua o mundo que amamos.

O Diabo deu uma risada fria.

Diabo:
- Vocês ainda não entenderam, não é? Não sou eu quem cria as guerras. São vocês. A ganância, a fome por poder, a busca incessante por mais... essas são as verdadeiras causas. Eu só acelero o processo.

Rodrigues, olhando diretamente nos olhos do Diabo, respondeu:
- Você pode estar certo sobre a ganância e o ódio, mas também subestima o poder do arrependimento, da redenção e da esperança. O que você não entende é que o ser humano é mais do que apenas seus vícios.

O Diabo sorriu, mas dessa vez, havia algo de diferente em sua expressão. Como se, por um momento, ele tivesse sentido a verdade nas palavras de Rodrigues. Mas ele não iria ceder.

Diabo:
- A esperança é uma ilusão. Ela só existe para os fracos. Eu já venci, e vocês sabem disso.

Romeu, que havia ficado em silêncio até então, finalmente falou:
- Não, você não venceu. Ainda há tempo para mudar. Mesmo aqueles que você controla podem ser libertados.

Homer Jackson, sentindo o peso da culpa, disse com firmeza:
- Romeu está certo. Eu fui um deles, mas estou aqui, lutando agora. Você pode ter enganado muitos, mas há aqueles que sempre encontrarão o caminho de volta.

O Diabo olhou para Homer com desprezo.

Diabo:
- Traidor. Não importa quantos de vocês se rebelem. A guerra está perto. O fim está selado.

Josefina, com os olhos brilhando de determinação, concluiu:
- Talvez. Mas até o último momento, lutaremos. E, no final, você verá que a humanidade tem mais a oferecer do que apenas destruição.

O Diabo desapareceu novamente, deixando o grupo em um silêncio pesado, mas desta vez havia algo diferente no ar. Eles não estavam derrotados. Sabiam que a guerra estava por vir, mas também sabiam que ainda havia tempo para lutar.

Lauram, cheia de energia, se levantou e olhou para todos com um sorriso:
- Bem, acho que temos trabalho a fazer, não é? Vamos encontrar aqueles que estão dispostos a lutar ao nosso lado. E, Homer, você pode começar a nos contar tudo o que sabe sobre os aliados do Diabo.

Homer Jackson, com uma nova chama de esperança, acenou em concordância:
- Eu vou fazer o que puder para corrigir meus erros.

Enquanto eles se preparavam para o confronto iminente, uma coisa era clara: mesmo diante das trevas, havia uma faísca de luz. E enquanto houvesse esperança, eles continuariam a lutar.

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