T2 e ep.6 - a origem de Lúcifer

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A história que agora se desvela revela a origem de Lúcifer e o enigma de sua verdadeira fraqueza, uma fraqueza tão poderosa e misteriosa que até mesmo os anjos e demônios temem mencioná-la. No passado, antes mesmo da criação do Jardim do Éden, havia uma guerra silenciosa, travada nas escuras profundezas do cosmos. Era uma guerra de poder, inveja e ambição entre Deus e Lúcifer, um ser antes perfeito, mas corrompido por seus próprios desejos.

O ano era o começo da eternidade.

Deus, um ser de luz pura e infinita sabedoria, havia criado tudo: os céus, a terra, os oceanos, os animais, e todos os seres espirituais. Lúcifer era o mais perfeito e belo de todos os anjos, um ser imortal, cheio de virtude, confiança e poder. Mas, com o passar do tempo, algo começou a mudar dentro dele. A inveja nasceu em seu coração, uma chama escura que cresceu a ponto de consumir sua essência.

Lúcifer (pensando consigo mesmo): "Eu sou tão belo, tão poderoso, tão imortal. Por que ele, Deus, deve ser o único a governar o céu e a terra? Eu, Lúcifer, posso fazer muito mais. Eu sou digno de mais!"

Com essa ideia fermentando em sua mente, Lúcifer, que era o portador da luz, começou a questionar a ordem de Deus. Ele desejava mais do que apenas ser um servo; ele desejava ser o governante. Na sua mente, ele via a criação de Deus como algo que poderia ser superado. Sua inveja o cegava para a verdade, e assim ele tentou desafiar Deus.

Deus (percebendo o pensamento de Lúcifer): "Lúcifer, meu anjo da luz, por que desejas o que não te pertence? O teu lugar é o de servir, não o de governar."

Mas a arrogância de Lúcifer já estava consumida pela raiva. Ele se rebelou, levando consigo um terço dos anjos do céu, que ficaram deslumbrados por sua força e poder. Mas a verdade era que a essência de Lúcifer estava sendo corrompida, e os anjos que o seguiram também começaram a perder a pureza.

Lúcifer (gritando para os anjos): "Siga-me, meus irmãos! Juntos, tomaremos o poder de Deus e governaremos sobre tudo! O reino do céu será nosso!"

E assim começou a batalha celestial, uma luta que abalaria os fundamentos do universo. Deus, com a sabedoria que possuía, sabia que Lúcifer não poderia ser derrotado tão facilmente, pois ele havia sido criado perfeito, com um poder quase imbatível. No entanto, Deus também sabia de algo que Lúcifer não sabia: a verdadeira fraqueza de sua própria criação.

Deus (pensando em sua mente): "Eu fiz Lúcifer perfeito, mas mesmo a perfeição pode ser quebrada. Ele não sabe o que é a verdadeira fraqueza. Ele não sabe que sua maior força é, ao mesmo tempo, sua maior fraqueza."

A batalha no céu durou e durou, mas no final, Deus venceu. Lúcifer foi banido para o abismo, um lugar distante e vazio, onde sua força e poder se tornaram inúteis. Mas havia algo que Deus não havia previsto - a força do ressentimento e da vingança.

Lúcifer (gritando ao ser banido): "Eu vou voltar! Não importa o que você faça, Deus! Eu voltarei para destruir tudo o que você ama! Você me fez assim, e agora vai ver o que acontece quando alguém quebra sua criação!"

Deus, sabendo da fúria e da ambição que se formavam no coração de Lúcifer, selou-o em um abismo distante, aguardando o dia em que ele poderia, eventualmente, ser redimido ou destruído. Mas Lúcifer jurou que voltaria, e que traria o caos e a destruição para todas as criações de Deus.

Deus (em silêncio, com um tom grave): "Eu dei a Lúcifer o maior dos poderes, mas ele não soube usá-los. Agora ele é mais uma arma em minhas mãos, que só posso controlar com o tempo."

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Milhões de anos se passam...

O Jardim do Éden é criado. O homem, Adão, é formado a partir da terra, e Eva, sua companheira, é feita da costela de Adão. A humanidade floresce, mas a sombra de Lúcifer ainda está presente. Ele observa tudo de longe, esperando o momento certo para agir.

Lúcifer (em silêncio, olhando para o jardim): "Ah, o homem... Ele é fraco, como eu fui antes de ser perfeito. Eles não sabem que o verdadeiro poder está dentro deles. E eu os farei cair."

E assim, com a astúcia de um demônio antigo, Lúcifer se disfarça de serpente e se aproxima de Eva. Ele planta a semente da dúvida em seu coração, levando-a a desafiar a ordem de Deus. Ao comer o fruto proibido, Eva e Adão caem, trazendo o pecado ao mundo e, com isso, a destruição.

Eva (pegando o fruto): "Mas... por que Deus nos proibiu de comer isso? O que ele tem a esconder?"

Lúcifer (como serpente, sussurrando): "Deus te mente, Eva. Ele teme o poder que você poderia ter se soubesse a verdade. Com este fruto, você será como Deus."

O homem cai, e Lúcifer ri em sua vitória. Mas ele ainda não sabia que Deus já havia previsto sua ação.

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Séculos se passam...

No futuro distante, em 2056, a batalha entre o bem e o mal continua. Lúcifer, agora um ser que desafia todas as leis da criação, observa de longe. Ele sabe que há algo em seu passado que o mantém preso, algo que ele ainda não consegue compreender.

Lúcifer (pensando em voz baixa): "Por que Deus me fez assim? Por que minha essência é essa? Eu sei que há uma fraqueza em mim... Algo que Ele fez, algo que eu ainda não entendi."

Nesse futuro, Matheus e Jesus Cristo, agora com suas forças combinadas, são os únicos capazes de resistir a Lúcifer. Eles sabem da fraqueza do diabo, mas não podem revelar o segredo a ninguém, nem mesmo aos anjos ou demônios. A luta entre eles continua, enquanto o céu e a terra tremem.

Matheus (com um olhar sério): "Lúcifer, você nunca entenderá a verdadeira fraqueza que você possui. Seu orgulho o cega. Você não pode compreender o que foi feito para você."

Lúcifer (com raiva, com os olhos vermelhos flamejantes): "Eu não preciso compreender nada! Eu sou imortal, eu sou o mestre! Nenhum de vocês pode me derrotar!"

Jesus Cristo (calmo, mas com autoridade): "A sua fraqueza, Lúcifer, está naquilo que você mais deseja: o poder. Você é consumido por ele, e é isso que o destruirá."

Lúcifer (rindo, desdenhoso): "Eu não tenho medo das suas palavras. Eu sou o que sou!"

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No entanto, a verdade começa a se revelar. A fraqueza de Lúcifer não está apenas no seu orgulho, mas na sua própria imortalidade. Deus o criou imortal, mas foi o próprio desejo de Lúcifer por poder absoluto que o condenou. Ele foi feito perfeito, mas nunca soube viver com humildade. Seu desejo de destruir a perfeição o tornou vulnerável à sua própria criação.

Deus (observando de longe, com um olhar de compaixão): "Eu dei-lhe tudo, Lúcifer, mas não soube apreciar o que lhe foi dado. O poder que você possui é o que vai te destruir. Até você, um anjo da luz, pode ser consumido pela escuridão."

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