𝐌𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐅𝐔𝐓𝐔𝐑𝐀 𝐍𝐀𝐌𝐎𝐑𝐀𝐃𝐀 | +𝟏𝟖 ( axel Kovačević x sn)

ᴛʀᴇɪᴏɴᴏ ɴᴀ ᴘʀᴀɪᴀ

POV: Sn

Eu estava deitada na cama por um tempo, minha cabeça latejando como um tambor batendo em um ritmo irritante. Tudo parecia capaz de me deixar de mau humor. Era um daqueles dias em que você só quer que o mundo te esqueça por algumas horas.

Foi nesse momento que meu celular vibrou. Peguei o aparelho de má vontade, já pronta para xingar quem quer que fosse.

Número desconhecido, mensagem de texto — Ei, Sn! Vamos na praia treinar juntos? Sei que somos de dojo diferente, mas seria legal. —

Levantei uma sobrancelha, surpresa. Um número desconhecido me chamando para treinar? Quem, em sã consciência, pensaria que eu aceitaria algo assim? Mas então, ao ler novamente, algo no tom amigável e descontraído da mensagem me fez suspeitar. Axel.

Suspirei. Claro que era ele. Quem mais teria coragem de me chamar para treinar na praia como se fôssemos amigos de infância?

Sn — Como conseguiu meu número?

A resposta veio quase instantaneamente.

Número desconhecido — Eu tenho meus jeitos. E então, vem ou não? Prometo não roubar muito do seu precioso tempo. ;)

Revirei os olhos, mas um pequeno sorriso ameaçou aparecer. Ele era irritantemente persistente, mas algo sobre ele fazia com que fosse difícil ignorar.

Sn — Você tem cinco minutos para me impressionar ou eu vou embora.

Número desconhecido — Já é um começo. Te vejo lá. ;)

Joguei o celular ao meu lado na cama e suspirei novamente. Por que eu estava considerando isso? Axel era de outro dojo, alguém que deveria estar na minha lista de "potenciais oponentes a derrubar", e não "pessoas com quem treinar".

Mas, por alguma razão, eu me peguei levantando, trocando de roupa e amarrando meu cabelo. Talvez fosse a necessidade de treinar um pouco para aliviar a irritação. Talvez fosse só curiosidade. Ou talvez fosse porque Axel sabia exatamente como me tirar da zona de conforto, e eu queria ver até onde ele iria.

Quando cheguei à praia, Axel já estava lá, fazendo alguns alongamentos. Ele parecia completamente à vontade, como se aquele fosse seu lugar no mundo. Quando me viu, abriu um sorriso despreocupado e acenou.

— Achei que você fosse desistir.

— Ainda dá tempo. — Respondi com um tom seco, mas não consegui evitar o canto dos lábios se curvando levemente.

Axel riu, como se já estivesse acostumado com minha resistência.

— Vamos ver se consigo convencer você a ficar.

Ele se posicionou, indicando que eu fizesse o mesmo. Seu olhar era sério agora, e percebi que, apesar da atitude descontraída, ele estava levando aquilo a sério.

— Está pronta? — Ele perguntou.

— Eu nasci pronta. — Respondi, assumindo minha postura de luta.

O treino começou, e pela primeira vez em dias, minha mente ficou completamente focada. Não havia dores de cabeça, irritações ou distrações. Apenas eu, Axel, e a luta.